Aracaju, 26 de abril de 2024
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COMÉRCIO SERGIPANO APRESENTA NOVA QUEDA NO VOLUME DE VENDAS

Por: Márcio Rocha

O comércio varejista sergipano apresentou nova queda no seu volume de vendas no mês de fevereiro deste ano, de acordo com os números da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), analisados pelo Departamento de Economia da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Sergipe (Fecomércio-SE).

Fevereiro apontou uma queda de -2,7% em relação às vendas do comércio varejista de janeiro deste ano, mantendo a tendência de queda, sendo o líder da região Nordeste, no saldo negativo das vendas do comércio. Na comparação com o mês de fevereiro de 2015, o número mostra uma queda acentuada. O comércio varejista sergipano vendeu -12,8% em relação ao ano passado. A diminuição do volume de vendas deixa os empresários do comércio de Sergipe ainda mais preocupados com os problemas decorrentes da crise econômica que se instalou no estado. A retração das vendas do comércio chegou a 12,7%, somando-se os meses de janeiro e fevereiro.

A redução no poder de compra das famílias sergipanas afetou ainda mais o comércio varejista ampliado, que engloba as vendas de veículos e materiais de construção. O varejo ampliado atingiu o percentual negativo de -14,6%, em comparação ao mês de fevereiro do ano passado e já acumula queda de -16,2% somente neste ano. A expectativa é de mais depreciação das vendas do comércio local, com a possibilidade de em três meses, o acumulado do ano chegar a um quinto de vendas do comércio do ano passado, na próxima análise, podendo ultrapassar os 20% de resultado negativo.

O presidente da Fecomércio, Laércio Oliveira alertou sobre as dificuldades sérias enfrentadas pelo comércio local. O número de pessoas desempregadas, que somente cresce e prejudica ainda mais o fluxo do comércio sergipano.

“O comércio no estado de Sergipe continua com dificuldades para melhorar, ou mesmo equilibrar o seu nível de vendas em um ponto que a receita seja favorável para manter os negócios com mais tranquilidade. Está sendo muito difícil garantir a manutenção do emprego dos trabalhadores.A recessão continua firme e está exigindo do empresário criatividade e sabedoria para manter seus negócios e preservar os empregos de seus funcionários. Pois, sem receita circulando no comércio, não há condição de manter o nível de emprego. Essa realidade mostra que o nosso mercado está frágil”, comentou o presidente.

As vendas do comércio têm sido afetadas por vários fatores decorrentes do processo de recuo da economia sergipana. A renda da população está com menor poder de compra, o que foi percebido pelas famílias sergipanas, que tem buscado comprar menos e também regularizar suas dívidas, temendo perder ainda mais a sua capacidade de compra, com a moeda menos valorizada e a inflação crescente.

 

 

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