Aracaju, 16 de abril de 2024

DILMA DESTRUIU O PT E O LULISMO. E DAÍ?

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Diógenes Braynerplenario@faxaju.com.br

Sob o título acima, o cientista político Murillo Aragão constata que chegamos ao inevitável: a votação da admissibilidade do impeachment contra a presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados. Não há nenhuma surpresa no que está acontecendo. E não será surpresa se a admissibilidade for aprovada na Câmara e, na sequência, no Senado.

De forma incansável, Dilma destruiu todas as pontes com o mundo político. Destruiu, também, o software político do lulismo e o substituiu por coisa nenhuma. Nem mesmo a oposição seria capaz de tamanha proeza: destruir, ao mesmo tempo, o mito Lula e seu modelo de fazer política.

Evidentemente, a Operação Lava-Jato tem imensa responsabilidade no naufrágio do lulismo. Arno Augustin também deu grande ajuda ao jogar no lixo a responsabilidade fiscal. Ambos os fatos colocaram o governo no corner. Mas, com um mínimo de competência, teriam adiado o desfecho.

Lula sempre entendeu que coalizão era o segredo da governabilidade. Uma coalizão que englobasse partidos, caciques políticos, empresários, trabalhadores, movimentos sociais, banqueiros, entre outros, seria a chave para governar o Brasil tendo o Estado como árbitro. Dilma jamais entendeu isso.

Porém, para o PT, a situação é mais grave. O partido está vivendo um processo de desidratação e pode se fragmentar. Mais de 1/3 da bancada na Câmara ameaça se desfiliar e criar uma nova agremiação. Esses parlamentares estão agrupados na facção Muda PT e podem fundar um novo partido. O PT vai pagar a conta mais alta do fracasso de Dilma.

MANIPULA

Dilma Rousseff disse a Jackson Barreto que a oposição e a mídia estão manipulando números favoráveis ao impeachment para influenciar junto à sociedade.

O Planalto tem dados que comprovam que o impeachment não passa.

PESQUISA

Só depois de fazer pesquisa com seus eleitores nas cidades que é votado, incluindo Aracaju, foi que o deputado Adelson Barreto (PR) decidiu votar no impeachment.

Nessa pesquisa, 70% dos eleitores pediram para ele votar contra Dilma.

CONVERSAS

Com a pesquisa em mão, Adelson Barreto conversou cinco vezes com a direção do PR, inclusive Waldemar Costa Neto, que se manteve irredutível contra o impeachment.

Só ontem pela manhã o partido o liberou para votar contra a presidente.

COM TEMER

Na quarta-feira à noite, Adelson Barreto esteve com Michel Temer, no Palácio do Jaburu, e ouviu dele que já sabia da interação de Adelson com o povo.

Disse-lhe que na Presidência, todos os meses estará em sessão da Câmara.

LAMENTA

O ex-deputado Jorge Araújo (PSD) lamenta a decisão do seu partido em ser favorável ao impeachment. Realmente, não se faz mais partido como antigamente.

Segundo Jorge, falta solidariedade.

ESQUECE

Jorge diz que espera que alguns deputados lembrem que o PSD foi criado na base de apoio à presidente Dilma Rousseff.

Jorge se engana: o PSD nasceu apadrinhado por José Serra e Geraldo Alckmin.

FÁBIO

O deputado Fábio Reis (PMDB) esclareceu ontem que ainda não tomou decisão sobre a questão do impeachment, cuja votação acontecerá no próximo domingo.

– Não tomarei nenhuma decisão sem consultar Jackson Barreto, disse.

WHATSAPP

Fábio enviou whatsapp a deputados da bancada, que diz em um trecho: “Quero informar que irei repensar meu posicionamento na votação do impeachment”.

A mensagem foi enviada na quarta-feira.

E MAIS

Fábio disse ainda que discutiria com Jackson Barreto e o líder Picciani e com o grupo que faço parte dentro do bancada, que caminho deveremos seguir conjuntamente.

Fábio resolveu decidir tudo até domingo.

SERGIPE

A informação é de fonte do Governo: o deputado federal Sergio Reis desembarca hoje em Aracaju para uma conversa com Jackson Barreto.

Logo após retorna a Brasília.

SALTOS

Uma pesquisa recente, saída agora do forno, fez com que o précandidato a prefeito pelo PMDB desse “saltos triplos” com o seu resultado.

O partido encheu-se de euforia e otimismo.

CONSTATAÇÃO

Há uma constatação em qualquer levantamento de probabilidade eleitoral, que 50% das pessoas de Aracaju não conhecem Zezinho Sobral.

Zezinho terá que andar muito pelos bairros da cidade.

MENDONÇA

Ex-secretário da Segurança, Mendonça Prado, foi nomeado para a Agência Reguladora do Estado – Agreve, que era ocupado por Edvaldo Nogueira (PCdoB).

Mendonça já assume na segunda-feira.

PARABÉNS

O presidente regional do PT em Sergipe, Rogério Carvalho, parabenizou o deputado sergipano FabioMitidieri1 (PSD) por optar pela defesa da democracia.

Mitidieri está firme no voto contra o impeachment.

EDVALDO

O ex-prefeito Edvaldo Nogueira (PCdoB), précandidato a prefeito de Aracaju, acha que é o melhor que se encaixa no perfil que Jackson Barreto traçou para o candidato.

Seria: ter densidade eleitoral e possibilidade de ganhar do prefeito João Alves Filho.

AMORIM

Eduardo Amorim (PSC) está em Aracaju e ontem se reuniu com précandidatos a vereador pelo seu grupo para definir chapas e chapinhas.

Deixa claro que sua candidatura não tem recuo.

FRANCO

O presidente nacional do PSDB, Aécio Neves, assinou ontem nomeação do ex-prefeito José Franco para presidente regional da legenda em Sergipe.

Franco pretende expandir o partido no Estado.

BERZOINI

O ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini (PT), chamou o deputado Adelson Barreto três vezes para conversar. No Ministério quem o atendeu foi um assessor.

Em nenhuma das vezes, Adelson aceitou falar com assessor.

CONTAGEM

O deputado federal André Moura (PSC) disse ontem que a contagem dos votos pró-impeachment, feita em conversas com deputados, já são 373 parlamentares que votam contra a permanência de Dilma Rousseff no Governo.

O Governo conta com 130 deputados favoráveis.

 

Notas

Norte – A nova decisão determina que os deputados serão chamados para declarar oralmente seus votos a favor ou contra o pedido começando por um estado da Região Norte e, em alternância, seguido por um estado da Região Sul, continuando-se assim, sucessivamente, passando pelos demais estados.

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Frente – Foi protocolada ontem, na Câmara dos Deputados, a Frente Parlamentar Mista em Defesa da Democracia, composta por parlamentares declaradamente contra o pedido de abertura de processo de impeachment da presidente da República, Dilma Rousseff, por crime de responsabilidade.

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Desonera – O Projeto de Lei 4426/16, em análise na Câmara Federal, garante às micro e pequenas empresas (MPEs) a desoneração da folha de pagamento. O PL estabelece que a contribuição previdenciária será sobre o faturamento bruto, e não sobre a folha de salário, o que beneficia as pequenas empresas.

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A favor – Maior bancada na Câmara dos Deputados, o PMDB anunciou que vai orientar a bancada pela votação a favor, no próximo domingo (17), do parecer que pede a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. A informação foi dada pelo líder do partido na Casa, Leonardo Picciani (RJ).

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Sequestro – O juiz Sérgio Moro decretou o sequestro da casa em Passa Quatro, no interior de Minas onde vive a mãe do ex-ministro José Dirceu, condenado por corrupção no mensalão e preso na Pixuleco, 17ª fase da Lava Jato, no ano passado acusado de receber propinas no esquema Petrobras.

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Janot – O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou parecer ao STF a favor da anulação do indiciamento da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) pela Polícia Federal em um dos inquéritos da Operação Lava Jato que tramitam na Corte. Segundo Janot, autoridades com foro privilegiado não podem ser indiciadas pela PF.

Conversando

Anulação – Sargento Edgard diz que o PT, tão seguro da vitória no domingo, e na quinta-feira tenta uma anulação do processo de Impeachment.

Tenso – O País parou em torno da votação do processo de impeachment. Este será um final de semana tento em caso de aprovação ou não.

Emprego – Fabio Henrique (PDT) diz que não está buscando emprego para deputada Silvia Fontes. Afirma que pessoas querem agregar nome do PDT às suas chapas.

Pressões – Presidente estadual do PMDB, João Gama, diz que não aceita pressões e quem quiser que faça sua candidatura. Reafirma preferência por nome de Zezinho.

Verdade – Fabio Henrique diz que saída de Dilma não é a solução, mas, independente do resultado de domingo, “algo precisa ser feito”.

“Não dá” – Sobre possível ida de André Moura (PSC) para o PMDB, Gama desabafa “não dá não”. Diz que deputado não tem histórico de democracia.

Seletiva – Cláudio Nunes diz que se o impeachment passar, a partir de segunda-feira será o “Fora Temer” ou a “indignação” contra corrupção será seletiva?

Indeciso – Georgeo Passos diz que ainda estaria na bancada dos indecisos sobe impeachment caso fosse deputado federal.

Fábio – Jailton Santana salienta credibilidade de Fabio Mitidieri. Diz que ele só voltaria atrás no impedimento caso fosse imposição do PSD.

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