Aracaju, 25 de abril de 2024
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O POVO E O IMPEACHMENT

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Diógenes Braynerplenario@faxaju.com.br

O processo de impeachment que está em andamento contra a presidente Dilma Rousseff, tem excesso de confiança de que desleixos administrativos não levariam a nada. Assim como ocorreu em outros Governos. Dilma e seus marqueteiros sabiam que o PSDB queria um terceiro turno. Não teve competência para isso. Quem assumiu o front foi o PMDB e partidos aliados. Obtiveram êxito pela corrupção presente, a crise econômica e a bagunça política incontrolável no País.

O Tribunal de Contas da União (TCU) pôs mais lenha no fogaréu em identificar e condenar as chamadas “pedaladas” fiscais. Trocando em miúdos, elas revelam que o Tesouro Nacional atrasou, de forma proposital, o repasse de dinheiro para bancos (públicos e também privados) e autarquias, como o INSS.

O objetivo do Tesouro e do Ministério da Fazenda era melhorar artificialmente as contas federais. Ao deixar de transferir o dinheiro, o governo apresentava todos os meses despesas menores do que elas deveriam ser na prática e, assim, ludibriava o mercado financeiro e especialistas em contas públicas. Daí a fraude.

Dilma negou isso durante a campanha para reeleição em 2014 e anunciava um País em desenvolvimento, quando na realidade ele já estava com a economia em frangalhos. O golpe resultou na abertura do impeachment, com a ira peemedebista levantada pelo sujo Eduardo Campos. Junto-se a ele a opinião popular, que começava a sentir o peso da inflação, do desemprego e do aumento insumos básicos como água, energia, gasolina e até de alimentos, o que fez cai drasticamente a popularidade da presidente.

O povo passou a recusar Dilma pela mentira nas pedaladas, pelas crises política e econômica. Com a Lava Jato prendendo aliados do Governo e do seu partido, ricos pelo dinheiro da Petrobrás, além de petistas da sua intimidade envolvidos em propinas para facilitar a atuação das empreiteiras em licitações viciadas.

Dilma e Lula não deram uma palavra em relação ao rombo financeiro e sequer lamentou o envolvimento de aliados em todas as falcatruas cometidas, que os fizeram milionários, além de expôr a desconfiança de que eles estariam envolvidos. Se Dilma e Lula tivessem reagido contra a corrupção e, em nome do Governo e do PT, pedissem desculpas ao povo, talvez nada disso estivesse acontecendo.

Mas os dois e o seu partido preferiram ficar contra quem prendia ladrão.

O impeachment é baseado nas pedaladas e foi levado adiante pelo oportunismo político. Mas, para o povo, que hoje odeia Dilma, a sua saída é pela corrupção, pelas propinas, pela conivência e pela falência de um País de terra arrasada.

SILVIO

Silvio Santos (PT) deixa a Presidência do Ibama em Sergipe, cargo para o qual fora nomeado pela cota do seu partido. Em seu lugar assume Genival Nunes, que foi secretário do Meio Ambinte e também dirigiu o Ibama.

A posse está marcada para segunda-feira.

LIGAÇÕES

O ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) ligou para Jackson Barreto ontem e pediu que ele fosse a Brasília. A mesma coisa fez Jaques Wagner, da Casa Civil.

Compromissos no interior impediram a viagem do governador.

JONY

O deputado federal Jony Marcos (PRB) não resistiu aos encantos de Michel Temer. Esteve com ele no Jaburu, levado pelo deputado federal André Moura (PSC).

Além disso, seu partido aprova o impeachment.

INTERVENÇÃO

Durante conversa com Temer, o deputado Jony Marcos disse que circulava informação em Sergipe de que o Diretório Nacional do PMDB interviria em Sergipe.

Sem querer, Temer pôs o dedo na ferida.

TELEFONEMA

Em razão dessa informação de Jony, Michel Temer teria ligado para Jackson Barreto, negando qualquer possibilidade de intervenção no PMDB de Sergipe.

Temer inclusive fez elogios à postura democrática de Jackson Barreto.

ANTES

Dias antes de se decidir pelo impeachment, Jony Marcos havia decidido votar contra o impeachment, depois de uma audiência com Dilma Rousseff.

Mas, entre uma visita e outra, o seu partido resolveu votar contra o Governo.

ANIMADO

O governador Jackson Barreto (PMDB) ficou muito contente com um levantamento recente, que melhorou muito a avaliação do seu Governo.

Houve uma redução de quase 50% no item rejeição.

FÁBIO

Fábio Reis (PMDB) continua declarando que está indeciso, mas correligionários seus em Sergipe acham que essa dúvida não caberia em razão do apoio que tem de Jackson.

JB já teria dito que Fábio é seu candidato a deputado federal em 2018.

ADELSON

O deputado Adelson Barreto (PR) também ficou vislumbrado com a conversa que teve com Michel Temer e a sua dúvida foi para o ar. Vota pelo impeachment.

Alega como causa uma pesquisa feita por seus leitores.

ANDRÉ MOURA

O deputado federal André Moura (PSC) disse que o Governo, além de oferecer cargos em troca do voto contra, também estaria oferecendo vantagens aos deputados.

– Mesmo assim ainda não tem número para barrar o impeachment.

POSIÇÃO

Sergipe é ponto estratégico para quem ainda esteja indeciso. Será o penúltimo Estado a votar e já se tem noção de quem ganha ou não a batalha do Impeachment.

O voto do indeciso será dado a quem estiver ganhando, contra ou a favor do processo.

LUCIANO

O deputado Luciano Bispo (PMDB) não perdeu o mandato, como foi divulgado ontem de forma equivocada, o processo que tramita em Brasília é de quando ele era prefeito.

Luciano apenas vai pagar a multa estipulada pela ministra.

ASSESSORIA

Segundo a assessoria de Luciano Bispo, ela tinha sido condenado ao pagamento de multa e recorreu do processo e não conseguiu extingui-la.

– O mandato que estava em discussão era o de prefeito de Itabaiana.

JACKSON

Apesar da esperança do ex-prefeito Edvaldo Nogueira (PCdoB) ser o indicado de Jackson Barreto para disputar a Prefeitura de Aracaju, o nome certo será o de Zezinho

É que o diretório do PMDB fechou questão em torno do seu nome.

VERDADE

É absoluta verdade que Edvaldo Nogueira aparece bem em todas as pesquisas, mas o nome de Zezinho (PMDB) passou a ser exigência do partido.

Edvaldo terá de recorrer a outra aliança.

BETINHO

O précandidato a prefeito de Socorro, Zé Franco (PSDB), convidou o vereador Betinho (PMDB) para ser seu vice na disputa pela Prefeitura do município.

Betinho é muito ligado ao governador Jackson Barreto.

EXPECTATIVA

O deputado Laércio Oliveira (SDD) disse, ontem, que está otimista mas não tranquilo e nem parado, porque toda disputa é acirrada. Laércio vota pelo impeachment.

Tem que ficar atento até o último voto, disse.

MITIDIERI

O deputado Luiz Mitidieri está bem cotado entre todos os segmentos de esquerda, em razão da posição que adotou em favor de Dilma.

Ainda ontem ele foi tentado a mudar de opinião, mas manteve sua posição.

CLÓVIS

O presidente regional do PPS, Clóvis Silveira, disse que não precisa ser vidente para prevê que “Dilma e levar Eduardo Cunha e Temer”.

A Justiça vai pegar Aécio e mais uma centena…

SEGURANÇA

O secretário da Segurança, João Batista, disse que a polícia está de prontidão. E admite que é apenas por precação como acontece em todos os eventos.

Os grupos vão se aglomerar na Atalaia e na 13 de Julho.

CONDIÇÕES

Segundo João Batista, o objetivo da Polícia é acompanhar as manifestação, seguindo orientação do governador Jackson Barreto, de da condições a todas as tendências.

Admite que está tudo projetado e espera que haja tranquilidade.

PICHAÇÃO

Sede do PSDB amanheceu pichada ontem com palavras de ordem contra impeachment e a frase “não vai haver golpes”. Pintaram as paredes e a placa de crílico.

O prédio do PSDB foi pintado recentemente.

Notas

Está certo – O juiz federal Sérgio Moro, que conduz os processos em primeira instância da Operação Lava Jato, disse ontem, em Curitiba, que tirar a presidente Dilma Rousseff (PT) do poder não é a solução para o país. A declaração do deputado ocorreu em palestra na Associação Médica do Estado.

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Recua – A presidenta Dilma Rousseff cancelou o pronunciamento que faria hoje à noite, em cadeia nacional de rádio e televisão, depois que o Solidariedade anunciou que entraria com ação para impedir a transmissão, alegando desvio de finalidade no uso da prerrogativa presidencial de convocar a rede para falar à nação.

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Expulsão – O Partido Progressista decidiu ontem punir até com expulsão os deputados que votarem contra o impeachment de Dilma Rousseff. A determinação atinge em cheio o vice-presidente da Câmara, deputado Waldir Maranhão (MA), que declarou em vídeo gravado que vai votar contra o afastamento da presidente.

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Greve geral – João Pedro Stédile, integrante da coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra fez um duro discurso contra o processo de impeachment e propôs uma greve geral no País antes de o impeachment ser votado no Senado, caso ele passe pela Câmara no próximo domingo.

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Burguesia – João Pedro Stèdile, que já declarou condições de promover uma batalha armada no País, disse que “se o impeachment for para o Senado, antes dele ser debatido lá, temos de fazer um dia de greve nacional nesse País para mostrar para a burguesia que quem produz a riqueza são os trabalhadores”, afirmou.

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Matéria – O  “The New York Times” publica extensa reportagem na edição de ontem em que destaca que o processo de impeachment contra a presidente da República, Dilma Rousseff, está sendo liderado por políticos que enfrentam uma série de acusações como corrupção, fraude eleitoral e até abusos de direitos humanos.

Conversando

Votação – Domingo haverá manifestações em Aracaju para a votação do impeachment. Os contra vão se concentrar na Atalaia, os favoráveis ficarão na 13 de Julho.

Objetivo – O Movimento Sem Terras (MST) está fazendo um trabalho de interdição das rodovias, com o objetivo de intimidar.

Contra – A impressão é que nesses momentos de tensão, interditar rodovia depõe contra quem o MST defende, porque isso chega aos deputados.

Admite – Segundo Miriam Leitão, José Eduardo Cardozo admite erros do governo, mas nega que houve crimes de responsabilidade.

Pena – Fernando Negrão: Tô com pena do vice-presidente Temer. Qualquer que seja o resultado da votação no domingo, a vida dele será um inferno à partir de segunda.

Parar – A CUT também está propagando que o Brasil vai parar se houver impeachment. Em nome de um “golpe”, fere-se a democracia.

Daniel – O deputado federal João Daniel afirma, em entrevista que “quem vai vencer não é a presidente Dilma, é a democracia”.

Rebelião – Nas ruas, contra o golpe diz: Se Temer/Cunha derem golpe, única saída será a rebelião – diante de um governo ilegal.

Sombras – Silvio Santos ‏(PT) cita frase de Lula: “quem trai compromisso selado nas urnas, não vai sustentar acordos feitos nas sombras”.

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