Aracaju, 19 de abril de 2024
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Governador visita Escola Agrícola e garante melhorias para a unidade (Foto: Marcelle Cristinne)

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Escola funciona no sistema de comodato entre a Seed e a Associação Mantenedora da Escola Família Agrícola (Amefal)

Numa manhã dedicada à pauta da Educação, após cumprir agenda em Nossa Senhora do Socorro, o governador Jackson Barreto se deslocou até o município de Japoatã, mais precisamente ao povoado Ladeirinhas, para conhecer as instalações da Escola Família Agrícola, que oferece o ensino médio profissionalizante de Técnico em Agropecuária para 66 jovens. A escola funciona no sistema de comodato entre a Seed e a Associação Mantenedora da Escola Família Agrícola (Amefal).

A visita do governador, juntamente com o secretário de Estado da Educação, Jorge Carvalho, atende a um pedido dos gestores e estudantes, que aproveitaram a ocasião para apresentar uma pauta de reivindicações de melhorias na estrutura da unidade e nas condições de ensino.

Dentre os itens solicitados, alguns já foram garantidos durante a visita, como um veículo para o transporte escolar, a manutenção da bomba de água, e a verificação da reestruturação da sala de informática e da possibilidade de instalação de sinal wifi para internet. Os demais itens, em sua maioria relacionada à estrutura física da unidade, serão verificados pelo governo e Seed.

“Compreendemos que temos responsabilidade com este projeto da Escola Família Agrícola de Ladeirinhas e eu, pessoalmente, estou muito feliz de ter conhecido a escola e sua proposta. Se vê aqui jovens qualificados, rapazes e moças preparados, pessoas de bom nível de formação sabendo passar as informações para o governo, reivindicando para melhoria da escola, no sentido de que a escola possa atingir os seus objetivos”, disse o governador Jackson Barreto, após conhecer todas as instalações.

Inclusão

A escola atende filhos de assentados agrícolas, filhos de quilombolas, do Movimento de Pequenos Agricultores (MPA), entre outros movimentos sociais, que tem na unidade a oportunidade de qualificar mão de obra para o trabalho no campo. “Mas, muito mais do que isso, é a formação da consciência sobre a importância da terra na vida das pessoas, porque esses jovens, quando estiverem formados. eles não vão buscar ir para a cidade, eles vão aplicar os seus conhecimentos na própria terra que lhe deu a condição de estar qualificado como técnico e como profissional. Pode até buscar mais qualificação, mas nunca vão cortar o cordão umbilical com a terra”, completou o governador.

Ainda segundo Jackson Barreto, o governo vai avaliar a pauta de reivindicações para tornar viável o campo de estágio dos estudantes, que são as estruturas para a prática das atividades rurais e agrícolas. Essas áreas, como a pocilga, estufa para mudas, estão danificadas e precisando de reparos, o que compromete a formação dos estudantes. “O Estado pode dar esta contribuição. Nós estamos com dificuldades de ordem financeira, mas temos muitos itens aqui que podemos atender e viabilizar o ensino mais qualificado. Estou entusiasmado com a escola, com a proposta, com a qualificação dos alunos e com o amor de todos com este projeto da Amefal”, concluiu.

A escola

A unidade é acompanhada pelo Serviço de Educação Profissionalizante – SEPRO, através do Núcleo de Educação do Campo (Necam). Os estudantes passam 15 dias na escola e 15 dias na comunidade. No período em que estão na escola, estudam a base curricular, além de aulas práticas de agroecologia com experimentos realizados com hortaliças, aves, suínos, produção de mel de abelha e produção de sementes. Na comunidade, desenvolvem os conhecimentos adquiridos durante o Tempo Escola, colocando em prática o que aprenderam na escola. Os alimentos produzidos são utilizados, em parte, na complementação da alimentação escolar e outra parte é comercializada na feira da Comunidade Ladeirinhas.

A Escola já formou cerca de 70 técnicos em agropecuária, que hoje atuam em empresas de assistência técnica atendendo a pequenos agricultores e assentados. O secretário Jorge Carvalho disse que o objetivo da visita, além de conhecer, foi dialogar com alunos e professores sobre os problemas da escola. “Nós ouvimos e dentro deste diálogo iremos buscar avançar no sentido do aperfeiçoamento das atividades da escola”, garantiu.

O estudante do segundo ano, Francisco de Souza, 17 anos, morador do povoado Brejão dos Negros, terá este e mais um ano até a formatura. Ele diz que estudar na Amefal é uma oportunidade única. “Porque é totalmente diferente das escolas de outras cidades. Aqui tem ensino técnico e médio, muito importante porque o aluno já sai capacitado para trabalhar no mercado. E aqui ensina tanto para a vida profissional, como para a vida em si, o aluno aqui faz tudo o que não faz em casa. Nos dias 15 dias que passo em casa, a gente tem o plano de estudo, onde leva questões para responder perguntas da comunidade para trazer para a escola, se chama ação reflexão. O que tem na comunidade pratica aqui e o que tem aqui pratica na comunidade”, contou o jovem, que pretende ser um agrônomo para continuar trabalhando na área.

Também acompanharam a visita, o monitor Diretor da Amefal, Sérgio Cardoso Borges, o prefeito de Japoatã, Gilmarcos; e a dirigente do MPA, Elielma Vasconcelos. O presidente do DER, Antônio Vasconcelos, além de gestores da Seed e líderes agrícolas da região.

Fonte: ASN

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