Com um déficit de aproximadamente R$ 10 milhões, o Hospital São José, em Aracaju, pode suspender o atendimento à população a partir desta terça-feira (26).
O Ministério Público de Sergipe preocupado com a possível paralisação do Hospital São José, realizou uma audiência com representantes da Secretaria Municipal de Saúde de Aracaju (SMS). Segundo o MP, o Hospital informou que parará todos os serviços, inclusive a emergência psiquiátrica, porque não tem condições de manter o funcionamento por causa da falta de repasses.
A unidade vem enfrentando graves problemas financeiros devido aos atrasos nos repasses da Prefeitura de Aracaju e do Ipesaúde que, segundo a direção, inviabilizam a continuidade da prestação do serviço.
A questão da dívida e a situação do hospital será discutida em audiência extrajudicial no Ministério Público de Sergipe (MP) nesta sexta.
Segundo nota divulgada no site do Ministério Público, uma das clínicas que presta serviço para o Hospital relatou que a equipe médica não recebe honorários desde agosto de 2015 e tem trabalhado em respeito aos pacientes atendidos pelo Hospital, mas já ameaçou parar. Mesmo tendo feito empréstimos no Banese e no Banco do Brasil, a situação é grave.
A alegação do Hospital é que não dispõe de recursos financeiros para pagar a dívida com a Clínica, pois o dinheiro que entra é para pagamento dos funcionários. A Secretaria da Saúde de Aracaju só repassa cerca de R$ 600 mil por mês, sendo que a folha é de R$ 800 mil.
A informação do São José é de que o Município de Aracaju deve R$ 3 milhões, em razão do cofinanciamento, e o IPES, cerca de R$ 7 milhões, pois ficou um ano e três meses sem efetuar nenhum pagamento regular.
A Saúde informou que está pagando as parcelas devidas, tendo, inclusive pago cerca de R$ 480 mil ao Hospital, incluindo os serviços da Clínica, referente ao mês de março de 2016. A pasta alega ainda que os valores recebidos pelo Ministério da Saúde são repassados sem nenhum atraso, mas se comprometeu a apresentar o valor real da dívida com o Hospital São José para negociar um parcelamento. Já o Ipesaúde reconhece a dívida, mas alega que vem pagando o débito de forma parcelada, mediante acordo firmado em audiência no MP.
As informações são do site do MP