Aracaju, 24 de abril de 2024
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Doenças do trabalho preocupam especialistas (Foto: Assessoria)

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O excesso de esforço físico e mental no trabalho tem prejudicado milhares de pessoas ao redor do mundo. Cada vez mais a cobrança por produção, lucratividade e proatividade de forma excessiva tem resultado no surgimento de doenças e aumento de outras. Entre os fatores para o desenvolvimento das doenças, as péssimas condições de trabalho é um deles.

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) divulgou que as mortes e acidentes laborais chegam a 2,02 milhões de trabalhadores por ano. Isso acarreta em uma despesa de 16 bilhões para o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) em 11 anos. O Brasil ocupa o 4º lugar do ranking entre os países com mais acidentes de trabalhos fatais.

Às vésperas do Dia do Trabalhador os cuidados com os trabalhadores e as condições para desempenhar o trabalho entra nas reivindicações de sindicatos e movimentos sociais, além disso tem preocupado cada vez mais os especialistas.

Segundo o ortopedista da Hapvida Saúde, Márcio Farias, tem crescido o número de pessoas acometidas por doenças relacionadas ao excesso de trabalho. O especialista chama a atenção para os tipos enfermidades.

“As doenças ocupacionais vem ganhando força nos últimos anos. Elas abrangem um leque importante de patologias que normalmente se relacionam ao excesso de trabalho. As principais são os transtornos mentais (ansiedade, depressão, estresse), lesões por esforço repetitivo, cefaléias tensionais (enxaquecas), dores musculares crônicas (fibromialgias), problemas da visão (pacientes que se expõe a longas jornadas de trabalho em frente aos computadores) e problemas dermatológico (exposição ao sol ou produtos químicos)”, ressalta o especialista.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) aponta que mais de 10% dos casos de incapacidade por perda de movimentos associados ao trabalho são problemas em nervos, tendões, músculos e coluna. Estas são decorrentes da postura inadequada, má estrutura física nos postos de trabalho e movimentos repetitivos (a exemplo da LER/DORT – Lesão por Esforço Repetitivo e Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho), causadas principalmente pela mecanização do trabalho.

O médico orienta que para sanar tais problemas é preciso investir em políticas públicas de conscientização, tanto de empregados como de empregadores.

“O trabalhador que está com sua saúde prejudicada precisa ser entendido pelo seu empregador e receber ajuda para resolver o problema”, alertou Márcio Farias.

Laila Thaíse Batista de Oliveira.

ASCOM/Hapvida Saúde

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