Aracaju, 25 de abril de 2024
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PERDA DE RELEVÂNCIA DA INDÚSTRIA É SENTIDA NO ESTADO DE SERGIPE

Entre 2010 e 2013, o setor industrial registrou queda na participação do Produto Interno Bruto (PIB) em 22 estados e no Distrito Federal. Essa é a revelação do estudo Perfil da Indústria nos Estados, elaborado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Os números revelam que a participação do segmento no PIB nacional caiu de 27,4% para 24,9% no período. Para o estudo foram consideradas as seguintes atividades industriais da transformação, extrativa, construção e serviços industriais de utilidade pública.

Em Sergipe, a estatística também apresenta esse viés de baixa. A variação na participação no PIB do Estado caiu 3,3% entre 2010 e 2013. O setor industrial é responsável por 25,7% do PIB estadual, sendo o estado com maior participação nesse quesito em toda região nordeste. Com relação ao resto do país, a indústria sergipana ainda tem uma participação pífia de apenas 0,7% do PIB nacional. Ainda de acordo com o estudo, o salário médio do trabalhador da indústria é de R$ 1.907,60 – 15,7% abaixo da média nacional – e os principais setores são o da construção (32,5% de participação), extração de petróleo e gás natural (19,3%) e serviços industriais de utilidade pública (10,7%). No ano passado, o volume de exportações foi mais de  US$ 95 milhões.

“A perda na relevância da indústria de forma tão disseminada é reflexo da deterioração da competitividade de toda economia brasileira. É um quadro preocupante que reforça a urgência da adoção de medidas capazes de resgatar a confiança do empresariado, impulsionar o investimento e melhorar o ambiente de negócios com foco no longo prazo. Isso só será alcançado com as reformas trabalhista, tributária e administrativa”, afirma o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.

O presidente da FIES, Eduardo Prado de Oliveira, corrobora com esse pensamento. “A rigidez trabalhista, falta de infraestrutura, tributação excessiva, queda na produtividade da economia e expansão desmesurada do gasto público são alguns dos fatores que minaram a capacidade competitiva da indústria brasileira e que está levando o segmento para um período assombroso caso não sejam discutidas e aprovadas novas reformas econômicas”, finalizou Prado.

UNICOM/FIES

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