Aracaju, 25 de abril de 2024
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FISCALIZAÇÃO DETECTA IRREGULARIDADES EM HOSPITAIS DE ARACAJU

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Por: Deise Dias

Operação de fiscalização da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Sema) junto com a Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb), na manhã desta terça-feira, 10, detectou uma grave irregularidade nos depósitos de armazenamento de resíduos sólidos dos principais hospitais da capital sergipana:  todos estão com problemas na coleta seletiva de lixo, ou seja, não estão separando o resíduo infectante do comum. Foram fiscalizados os hospitais Santa Izabel, HUSE, Policia Militar, Unimed e de Cirurgia.

O lixo hospitalar representa sério risco à saúde humana e ao meio ambiente.  Há procedimentos técnicos adequados, instituídos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária ( Anvisa), para o manejo dos diferentes materiais provenientes de unidades hospitalares, necrotérios, laboratórios e outros estabelecimentos de saúde.

“Basta apenas uma agulha infectada para ser considerado um lixo especial”, explica o coordenador de fiscalização da Sema, Rubens Menezes.

De acordo com o coordenador, a separação do resíduo sólido infectante do resíduo comum era inexistente nos hospitais fiscalizados. Quando indagados pela fiscalização da Sema sobre a irregularidade, alguns diretores, a exemplo do Hospital de Cirurgia e da PM,  alegaram que estão com dificuldade em incutir a cultura da coleta seletiva nos funcionários. O Hospital de Cirurgia já foi, inclusive, autuado  por irregularidades na coleta do lixo no início desse ano. Já a direção do hospital Santa Izabel alegou que não tinha ciência do fato e que ia instaurar processo administrativo interno para apurar os responsáveis.

A fiscalização da Sema deu um prazo de 24 horas para que os hospitais façam as devidas adequações nos processos de coleta seletiva. Também ficou acordado que, devido os riscos que o lixo jogado desordenadamente nos depósitos desses hospitais podem causar, os trabalhadores da Emsurb não realizarão a coleta, até que sejam separados os resíduos sólidos infectantes do comum.

O secretário Municipal do Meio Ambiente, Eduardo Matos, disse que a operação nos hospitais da capital permanece. “A fiscalização retornará, após o prazo estabelecido, para verificar se os hospitais  regularizaram a coleta. Caso haja reincidência, será lavrado auto de infração”, adverte.

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