Aracaju, 25 de abril de 2024
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Projeto do HU acolhe mães de bebês com microcefalia (Foto: assessoria)

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O Hospital Universitário da Universidade Federal de Sergipe (HU-UFS) iniciou neste mês o projeto Acolhendo com Amor, organizado por uma equipe que envolve fisioterapeutas, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais. De acordo com uma das coordenadoras do projeto, a fisioterapeuta Tainã Klinger, a finalidade é acolher, apoiar e orientar as famílias de crianças com microcefalia, fornecendo um suporte no cuidado com o bebê e no autocuidado.

“Sabemos que as crianças com microcefalia apresentam sinais evidentes de comprometimento motor. A fisioterapia trabalha a estimulação precoce, reforçando sempre que os estímulos são muito importantes para o desenvolvimento da criança, essa conscientização é um dos pontos que trabalhamos com as famílias dos bebês”, resume.

Estímulo

A fonoaudióloga Liz Duque é outra profissional que está envolvida no projeto. Ela conta que o trabalho com crianças que têm a microcefalia associada ao Zika Vírus é muito recente. “Cada criança tem uma característica peculiar, nosso trabalho é observar e orientar as famílias a fazerem estimulações em casa, ajudando em aspectos como a mastigação e a deglutição, para assim desenvolver a fala dessa criança e fazer com que ela interaja e desenvolva a sua linguagem”, explica.

Uma das mamães atendidas pelo Acolhendo com Amor é a hoje dona de casa Amanda Oliveira. Ela, que antes exercia a função de professora da Educação Infantil, deixou de trabalhar para se dedicar integralmente ao filho, diagnosticado com microcefalia. “Desde quando o meu bebê tinha 27 dias que estou sendo atendida pela equipe do Hospital Universitário. A gente passa por fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo, pediatra e muitos outros profissionais. Meu filho já está com cinco meses e o atendimento no HU tem sido muito bom”, declara.

Os resultados dos atendimentos por esses profissionais são relatados pela terapeuta ocupacional Patrícia Lins. “A gente já consegue perceber melhoras nos bebês. A função manual, trabalhando a abertura das mãozinhas, para que ele pegue no brinquedo, na mamadeira, passe a mão no rosto, enfim, desenvolva movimentos comuns para os bebês que não apresentam a doença. Fazemos muito também a estimulação visual e orientamos as famílias sobre como fazer essa estimulação em casa, mostrando à criança objetos coloridos, luminosos. O estímulo que o bebê tem que receber em casa é fundamental”, comenta.

Encontros

Os encontros do projeto Acolhendo com Amor acontecerão mensalmente, e serão oferecidas oficinas, palestras e rodas de conversa, com trocas de experiência e espaço para tirar dúvidas. O primeiro dia do projeto abrangeu também a comemoração pelo Dia das Mães, como forma de valorizar e homenagear as mães dos bebês com microcefalia atendidos no Hospital Universitário.

Andreza Azevedo

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