Aracaju, 19 de abril de 2024
Search

Debate na CDE discutiu a Agenda para o Brasil sair da crise (Foto assessoria)

IMG_0328

Segundo o presidente da Cdeics, Laércio Oliveira, a ideia é reunir contribuições para encontrar alternativas para o desenvolvimento do país

O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, foi convidado à audiência na Câmara dos Deputados pelo novo presidente da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços, deputado Laércio Oliveira (Solidariedade-SE), para iniciar um ciclo de audiências que serão realizadas para debater a crise econômica com os principais segmentos empresariais do País. O evento realizado nesta quarta-feira, 18, teve destaque na imprensa nacional, a exemplo do Jornal da Indústria, Comércio e Serviços (DCI) que publicou uma matéria destacando importantes temas debatidos na reunião.

“Estamos reunindo contribuições para encontrar alternativas ao quadro em que o País se encontra”, justificou o parlamentar, que é empresário do setor de serviços e vice-presidente da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Andrade aproveitou a audiência para distribuir entre os parlamentares o documento “Agenda para o Brasil sair da crise” divulgado ontem pela entidade sobre as sugestões entregues ao presidente da República interino, Michel Temer, no início deste mês, com 36 medidas sugeridas para ser implementadas pelo governo federal, no período de 2016-2018.

Além da reforma da Previdência, o presidente da CNI defendeu temas polêmicos, a exemplo da terceirização de mão de obra em todas as atividades das empresas.

Andrade também defendeu, entre outros pontos, a valorização da negociação coletiva sobre as leis trabalhistas.

“As empresas estrangeiras veem o Brasil como um celeiro de oportunidades, mas vão investir em outros países por causa da insegurança jurídica nas relações trabalhistas”, afirmou, alegando que cada juiz decide de forma diferente.

Na Agenda da Confederação Nacional da Indústria estão ainda as seguintes propostas: sustar ou alterar o texto da Norma Regulamentadora nº 12 (sobre segurança no trabalho em máquinas e equipamentos); adotar o princípio do crédito financeiro do PIS-Cofins; convalidar os incentivos fiscais do ICMS; rever o regime de partilha em óleo e gás; simplificar o licenciamento ambiental: assegurar que os recursos para a inovação cheguem às empresas.

Apoio à reforma

Robson Andrade, manifestou descontentamento com o governo do presidente interino Michel Temer (PMDB) por ter conversado apenas as centrais sindicais para discutir a reforma da Previdência Social.

Depois da crítica, a CNI divulgou pesquisa dando conta de que 65% dos brasileiros concordam com a idade mínima para aposentadoria.

Na Câmara, Andrade elogiou como “acertadíssima” a decisão de Temer ao transferir a Previdência para o Ministério da Fazenda, ao comando do ministro Henrique Meirelles. “Só ali [Fazenda] pode sair alguma coisa, mas tenho preocupação quando vejo a Fazenda conversando só com as centrais sindicais e chamando elas, porque elas sindicais vão ser contra”, criticou.

Dos entrevistados, a pesquisa mostra que 75% preferem mudanças nas regras da aposentadoria para garantir a sustentabilidade do regime.

Por: Carla Passos

Leia também