Aracaju, 29 de março de 2024

Vereador pede mais acessibilidade para as pessoas com deficiência (Foto: Heribaldo Martins)

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HERIBALDO_MARTINS

Por: Maraisa Figueiredo

O vereador Lucas Aribé (PSB) discursou na tribuna da Câmara Municipal de Aracaju (CMA), na manhã desta quarta-feira, 18, sendo o porta-voz das pessoas com deficiência, fazendo uma análise da conjuntura docotidiano que esses cidadãos vivem e as perspectivas de melhorias na qualidade de vida.

De acordo com o Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as pessoas com deficiência representam 45,6 milhões de brasileiros, em torno de 24%da população. Aribé afirmou que, durante muito tempo, esses cidadãos ficavam fora do convívio social. “Essa população ainda espera ser reconhecida como cidadãos. Há algum tempo, muitos deles eram impedidos de ir à escola pública, porque não existia acessibilidade, nem professores preparados, nem livros em braile ou com letra ampliada, nem  tecnologias assistivas”, explica.

Lucas continua dizendo que a partir da Constituição de 1988, todos os cidadãos passaram a ser iguais em direitos, mas a prática não mudou muito. “Em 1996, a pessoa com deficiência  passou a ter um atendimento educacional especializado nas escolas e mesmo com esse avanço, existia despreparo em todos os sentidos, além da falta de acesso ao livro. Uma pessoa surda em sala de aula fica sem se comunicar com ninguém, a pessoa com deficiência intelectual ou  física que utiliza a cadeira de rodas não tem acesso à sala de aula por falta de acessibilidade e ainda possuem outras dificuldades no dia a dia”, pontua.

Para Aribé, a caminhada é longa, mas os avanços continuaram no campo das leis. “Ano passado foi sancionada a Lei Brasileira da Inclusão, que trouxe novas  garantias. Não se deve olhar para essas pessoas com pena, mas como cidadãos”, elucida.

Aribé comenta sobre a importância da Secretaria Nacional de Defesa dosDireitos da Pessoa com Deficiência e a possibilidade de ser extinta. “Representantes das pessoas com deficiência do Brasil lamentam a possibilidade  da extinção da secretaria. Isso representa um retrocesso, deixar de trazer a agenda política para discussão. Essa Secretaria  é de grande importância como a da Educação, da Segurança Pública e da Saúde. Acessibilidade é prioridade, é o que diz a Lei e não podemos permitir que qualquer gestor não debata esse tema e vire as costas para acessibilidade, para as pessoas com deficiência e as minorias em geral”, explana.

Segundo o vereador Lucas, existem desafios para as PCDs no município de Aracaju e é necessário uma política mais bem direcionada para essas pessoas. “Temos paratletas que ganham medalhas fora do Estado, mas não possuem um Centro

Poliesportivo. Esse é o pleito para as próximas gestões. A gente vê a realidade da pessoa surda, que não tem uma escola bilingue, oferecendo para eles a oportunidade de aprender todos os assuntos que aprendemos. Eles merecem ser lembrados pelas gestões. Falta acessibilidade nas calçadas, não temos os semáforos sonoros, nem os terminais com a acessibilidade, nem postos de atendimento para os surdos. Tudo isso está garantido na lei, mas não funciona”, questiona.

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