Aracaju, 6 de maio de 2024
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O Brasil atravessa um dos momentos mais críticos de sua democracia: corrupção desenfreada desencanta a população!

Vítima da crise política e econômica que assola o País, o brasileiro está sofrendo muito vendo o seu poder de compra ir para o espaço junto com seu emprego de carteira assinada. Enquanto ecoa a “Aquarela do Brasil”, dos poderes constituídos de Brasília (DF), não se apresenta qualquer perspectiva, qualquer solução imediata para contrapor as adversidades. O presidente interino Michel Temer (PMDB) ainda não apresentou resultados efetivos e consistentes. Mas não faz a maioria da população sentir falta de Dilma Rousseff (PT). Há sim, implantando, um processo de profundo descrédito dos brasileiros com as suas instituições.

Existem aqueles que torcem para o “quanto pior, melhor” e que passam o tempo inteiro conspirando contra o governo de Michel Temer acusando-o de “golpista”; tem a parcela que aposta em Temer todas as fichas para por a “cal” nos governos petistas no Brasil; tem o segmento que não quer em hipótese alguma o retorno de Dilma, mas que também não apoia a permanência do PMDB no comando do País; tem a “tropa de choque” do novo presidente que está junto a ele no governo federal; e temos os “pseudo-independentes” que defendem a teoria de novas eleições no Brasil.

A verdade é que quando um governo perde a sua legitimidade, a sua condição de governar, quando demonstra não ter aptidão para a função e que não tem mais o apoio popular com densidade, ele fica praticamente insustentável do ponto de vista da capacidade de melhorias, de apresentar resultados efetivos. Para Politizando, dentro das razões que já foram colocadas e ratificadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), não há mais condições, moral e ética, para Dilma Rousseff retomar o comando do País, e, com idas e vindas, com disse me disse, Michel Temer ainda não “engrenou” e até já deu algumas “patinadas”.

O problema em questão é: se Temer não ficar e se Dilma não deve voltar, o que fazer, afinal? Aécio Neves (PSDB) se apresentou como uma alternativa forte para um País em pleno recesso, mas está sob várias investigações e pode ter seu nome comprometido para as próximas eleições. Fora ele, aparentemente, o PSDB não teria outra opção tão competitiva. Álvaro Dias (PV), por enquanto, é uma alternativa séria. Muito contestado, Jair Bolsonaro (PSC) à surdina vai ganhando espaço, principalmente, por conta da radicalização das ruas. Odiado por muitos, já foi batizado por “Mito” entre sua legião de seguidores que está em ascensão.

Ciro Gomes (PDT)? Um dos grandes mentores das obras de transposição de parte das águas do Rio São Francisco, que até hoje, quase 10 anos depois, ainda não conseguiu colocar em funcionamento. Marina Silva (REDE)? A mesma que chegou a intensificar na televisão uma campanha midiática por novas eleições, mas que viu seu partido atuando em silêncio para um “golpe contra a democracia”, defendendo sim a condenação do deputado Eduardo Cunha (PMDB), mas buscando anular seus atos, inclusive o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, ou seja, para o povão a REDE defende novas eleições, mas participou de uma articulação que poderia manter a petista no cargo.

Em síntese, o fato é que o Brasil atravessa um dos momentos mais críticos de sua democracia: a corrupção desenfreada desencanta a população! Muitos não querem nem debater mais política e outros já mudam de canal quando se deparam sobre o assunto.  A perspectiva não é boa e esse “desânimo” leva a crer que teremos um dos maiores índices de abstenções de votos este ano. A crise é política e econômica e s pessoas estão perdendo o gosto pelo processo. Quem investe no ramo, está temeroso e quem está no exercício do mandato, terá que agir com a maior cutela. Há uma “crise de alternativas” também. É preciso encontrar a “luz no fim do túnel”, antes que seja tarde demais…

CRÍTICAS E SUGESTÕES

habacuquevillacorte@gmail.com e habacuquevillacorte@hotmail.com

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