Aracaju, 1 de julho de 2025
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INSATISFEITOS COM O PCCV, SINDICATOS MANTERÃO A LUTA

Por: Iracema Corso

O anuncio da implantação do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV), feito pelo governador Jackson Barreto (PMDB), não conseguiu aplacar a insatisfação da maioria das categorias de trabalhadores do Governo do Estado de Sergipe, que seguem a mais de quatro anos sem reajuste salarial, algumas terão um impacto ínfimo em sua remuneração e outras sequer foram contempladas pelo PCCV.

Trabalhador da Fundação Renascer e dirigente do SINDASSE, Anselmo Menezes alerta para os milhares de trabalhadores celetistas e todos os demais excluídos do PCCV. “Temos uma grande preocupação em relação aos trabalhadores da Fundação Renascer. Os celetistas, que não são poucos, estão fora do PCCV. É inegável que a efetivação do plano é um avanço, mas estas disparidades precisam ser reparadas. No momento, os trabalhadores da Fundação Renascer sofrem uma situação difícil e complicada. Sou assistente social da Fundação e o meu salário base é R$ 881,85. Essa é uma realidade que inclui os agentes de segurança, estamos ganhando menos que o salário mínimo nacional, que é R$ 890”.

A categoria dos psicólogos foi uma das primeiras beneficiadas pelo recente anuncio do cumprimento do PCCV. No entanto, a dirigente do SINPSI, Inês Santana, explicou que apenas cinco psicólogos serão contemplados pelo PCCV, pois a maioria dos psicólogos do Estado é contratada sob o regime de CLT. Além disso, a dirigente sindical acrescentou que o impacto no salário dos poucos psicólogos será irrisório, visto que a categoria está numa péssima colocação na tabela de vencimentos, portanto a principal luta da maioria dos profissionais da saúde do Estado está focada na conquista de isonomia para acabar com a disparidade salarial entre trabalhadores da saúde.

Presidente do SINDNUTRISE, Graziela Andrade também avaliou que concretamente, apesar do PCCV, os nutricionistas do Estado de Sergipe vão continuar com baixos salários. A dirigente apontou que, por uma questão burocrática, os profissionais da nutrição estão vinculados à administração e não à assistência, o que gera uma perda enorme na remuneração. “O trabalho que realizamos é de assistência, mas nossa remuneração é conferida conforme trabalho administrativo, isso rebaixa nossa remuneração. A isonomia é outra luta importante para a valorização dos nutricionistas, pois a disparidade salarial entre profissionais da área da saúde com formação superior é gigantesca. entendemos que ainda temos muito por lutar”.

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