Aracaju, 29 de março de 2024

Conselho do Idoso conscientiza sobre maus tratos (Foto: Pritty Reis)

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De acordo com o Departamento de Atendimento a Grupos Vulneráveis, somente em Aracaju, há 48 casos confirmados de violência contra a pessoa idosa

Uma ação de conscientização foi realizada pelo Conselho Estadual dos Direitos e Proteção do Idoso, na quarta-feira, 15, Dia Mundial de Conscientização da Violência Contra a Pessoa Idosa. Vinculado à Coordenadoria de Direitos Humanos da Secretaria de Estado da Mulher, Inclusão e Assistência Social, do Trabalho e dos Direitos Humanos (Seidh), o Conselho distribuiu panfletos informativos com dicas de segurança, na praça Fausto Cardoso, onde  a população pode discutir a questão, esclarecer dúvidas e debater a valorização do idoso na sociedade.

A data foi instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) para incentivar o combate à violência, que ocorre de diversas formas. Segundo o presidente do Conselho Estadual dos Direitos e Proteção do Idoso, Durval Andrade, os órgãos governamentais e não-governamentais devem trabalhar coletivamente na promoção de atividades e políticas públicas, principalmente relacionadas à convivência com a pessoa idosa.

“Fazemos esse trabalho para que as pessoas em suas respectivas casas lembrem que os idosos já foram aqueles que deram a mão aos que hoje se tornaram adultos, e, enquanto crianças, sentiam-se protegidos – sentimento dado aos que hoje são velhos. A Constituição brasileira diz que cabe aos pais cuidar dos seus filhos com responsabilidade enquanto crianças. Agora o processo se inverte. Ser velho não significa estar na condição de encostado ou descartado. Eu costumo dizer que ser velho é ser uma biblioteca viva, pois é um acúmulo de saberes”, diz Sr. Durval.

Ainda de acordo com ele, independente do nível escolar que possua, o idoso pode transferir conhecimento, através de experiências vivenciadas em benefício da sociedade na qual está inserido.  “Quanto ao combate, é um trabalho contínuo e necessário. Posso afirmar que mais de 90% dos casos de violência – física ou psicológica – ocorrem dentro das residências em que os idosos habitam. Eu entendo que é na família que a situação está. O estatuto prevê que, desde a tenra idade, deve existir um processo educativo que trate sobre o envelhecimento. O idoso merece mais atenção, uma vida digna e ativa”, ressalta Durval.

Dona Josefa Paulina conta que, às vezes, sente negligência por parte da sociedade. Ela considera a data importante, mas observa que não adianta lutar sem apoio, daí a importância da conscientização. “Tenho uma vida ativa, mas mereceria ser respeitada mesmo que estivesse debilitada em decorrência da idade. Apesar da tristeza de ver o idoso em situações de humilhação, agradeço muito por ter chegado à terceira idade. É maravilhoso ter essa lucidez e poder lutar como cidadã pelos meus direitos”, relata.

De acordo com o Departamento de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAGV), somente em Aracaju, há 48 inquéritos instaurados, ou seja, casos confirmados [entre maus tratos e agressão] de violência contra a pessoa idosa. Em contrapartida, o número de denúncias realizadas ao “Disque 100” contabiliza o dobro desse número.

Fonte ASN

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