Aracaju, 26 de abril de 2024
Search

Insegurança pula o muro das escolas, escreve Lacerda Junior (Foto ilustração)

lutoeducaçao

*Lacerda Junior

Manchetes do tipo: “Professor é baleado na escola”, “Diretora de escola é agredida a canetadas”, “marginais fazem arrastão em unidade de ensino”, se tornaram algo rotineiro no nosso cotidiano.

A violência que já estava bastante visível nas ruas, agora pulou os muros de nossas escolas e colocam em risco a segurança de nossas crianças e tiram delas o prazer de frequentar as aulas.

Porém o que mais intriga é que apesar do número exorbitante de episódios violentos nada é feito pelo poder público, este apenas se resguarda a informar que tudo não passou de um fato isolado e que as medidas de segurança já estão sendo adotadas por parte das autoridades policiais.

No dia seguinte aos atos criminosos, quando nossos filhos chegam às unidades de ensino percebem que “nada mudou”, que tudo continua favorável a novas ações de marginais.

As escolas (com ênfase nas públicas) são totalmente inseguras, a visibilidade da área interna é impedida pela presença de muros, que por serem baixos sequer inibem a ação de marginais, pelo contrário servem de tapumes às suas atividades delituosas.

A portaria por vezes fica desguarnecida, quando há um “vigilante”, o mesmo não possui nenhuma possibilidade de impedir a ação dos marginais, já que não possuem a qualificação devida no quesito segurança.

O acesso é aberto a qualquer pessoa, bastando apenas dizer que quer ir à secretaria ou que é pai de algum aluno. Após estarem dentro das unidades os marginais tocam o terror, pois sabem que suas ações estão encobertas pelos muros e que os alunos dificilmente oferecerão resistência.

A bandidagem descobriu que a escola é um alvo frágil, que o poder público é totalmente omisso e que as autoridades repressivas estão acovardadas diante da ousadia da marginalidade.

Deixo aqui um apelo:

“Governador, Secretários de Educação e Segurança, Comandante da Polícia Militar: Garantam ao filho do pobre ao menos o direito de ir à escola com segurança.”

*Lacerda Junior – Jornalista e Professor

Leia também