Aracaju, 29 de março de 2024

Jackson debate desafios e soluções de desenvolvimento em gestões no NE

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JB-BNB

O governador Jackson Barreto debateu os desafios e possíveis soluções de desenvolvimento em gestões governamentais no Nordeste, nesta terça-feira, 21, durante o evento ‘Nordeste 2030 – Desafios e caminhos para o desenvolvimento sustentável’, organizado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) na capital do Ceará, Fortaleza. O encontro acontece no Centro Administrativo Presidente Getúlio Vargas (CAPGV), sede do Banco do Nordeste (BNB), nesta terça e quarta-feira, 22, e reúne os nove governadores da região, representantes do BNB e do TCU.

Jackson foi um dos palestrantes do terceiro painel do evento, que abordou o tema ‘Reconstruindo a Confiança no Setor Público para a Implantação de Políticas Públicas Prioritárias em prol do Desenvolvimento Sustentável’ e, em sua fala, defendeu a necessidade de investimentos maciços na educação para que o Nordeste possa superar as desigualdades existentes em relação às demais regiões. O painel foi mediado pelo ministro substituto do TCU, Marcos Bemquerer, e contou com a presença dos governadores Flávio Dino (Maranhão) e Renan Calheiros Filho (Alagoas).

“Sem investir pesado em educação, não há como diminuir as diferenças regionais. O desnível é muito grande. Houve melhoras a partir do governo Lula. Sergipe passou de uma universidade federal para quatro e ampliou, também, o ensino médio profissionalizante, mas ainda é pouco perante as desigualdades históricas”, enfatizou, acrescentando que não há como discutir desenvolvimento regional sem discutir o papel da educação e citou, como exemplo, a Lei do Piso.

“A Lei diz que o Governo Federal é solidário aos Estados e Municípios no pagamento dos reajustes do piso dos professores, mas na prática isso não acontece. Nenhum Estado ou Município recebeu essa solidariedade e, aqui no Nordeste, a maioria não possui as condições financeiras para repassar esses aumentos pra toda carreira do magistério. Se não temos as condições de dar aos professores os salários que eles merecem, como podemos avançar na educação?”, questionou.

O governador insistiu no tema durante suas participações e deixou claro sua opinião sobre os incentivos nas áreas de ciência, tecnologia e inovação. “Esse é um outro gargalo. Como podemos avançar na ciência, tecnologia, nas pesquisas e na inovação, se os grandes fomentadores intelectuais como Capes e CNPQ concentram seus investimentos em outras regiões? Quantas bolsas de estudos são direcionadas ao Nordeste?”, perguntou Jackson Barreto.

No mesmo painel, discutiu-se a importância do fortalecimento das instituições públicas, além da construção de capacidades estatais para regulação e operação de projetos de infraestrutura. Nesse contexto, Jackson Barreto cobrou que se repense o papel da Sudene. “Devíamos orientar nossas discussões para a recriação da Sudene, que sempre foi uma força que congregava todas as demais forças da região e as elevava ao patamar que garantia desenvolvimento”, finalizou, destacando a importância do Banco do Nordeste para o crescimento regional. “Temos que amar o Banco do Nordeste pelo grande papel que essa instituição desempenhou e ainda desempenha no desenvolvimento da nossa região”. Na ocasião, o governador recebeu medalha comemorativa pelos 125 anos do TCU.

O ministro do TCU, José Múcio Monteiro, que é pernambucano, fez um apelo para que os governadores nordestinos unam forças para buscar marcos capazes de desenvolver o Nordeste. “O PIB do Nordeste em 2013 já era maior do que muitos países da América Latina. Juntos, somos fortes. Precisamos buscar estratégias que transformem a força dessa união em melhorias e desenvolvimento para nossa região”, disse, informando que o debate começará em Sergipe. “Vamos iniciar essa discussão em Sergipe e depois expandir a discussão para os demais estados nordestinos”.

O primeiro dia do evento ‘Nordeste 2030 – Desafios e caminhos para o desenvolvimento sustentável’contou com a presença do presidente do Banco do Nordeste, Marcos Costa Holanda e do vice-presidente do TCU, ministro Raimundo Carreiro; o ministro do TCU Augusto Nardes, Benjamin Zymler, além de representantes do Banco Mundial, Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) e do Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão.

 

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