Aracaju, 19 de abril de 2024
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Irmã de professora que suicidou diz que ela foi perseguida e sofreu pressão

Continua repercutindo o suicídio praticado pela professora Jucélia Almeida, 45 anos, ocorrido em sua residência no último domingo (03).

As informações passadas pela irmã da professora Jucélia, na manhã desta terça-feira (05),  são de que ela vinha enfrentando problemas para resolver sua situação junto à Secretaria de Estado da Educação. Ela conta que a irmã havia lhe telefonado recentemente reclamando do atendimento que vinha recebendo por parte da direção da escola onde estava lotada, o Colégio Severino Uchôa. “O estado tirou a auto estima de minha irmã. Ela foi perseguida. Ela me disse várias vezes que eles não queriam atender ela. ela foi embora e nós ficamos aqui para sofrer”, desabafou a irmã em entrevista ao programa jornal da Ilha.

Ainda segundo ela, Jucélia que morava no bairro São José e devido a crise financeira, foi obrigada a mudar para a periferia da cidade, havia dito que estava com o salário bloqueado e que ninguém a ouvia para tentar resolver o problema. “Ela me disse que estava preocupada para poder pagar o aluguel e me dizia que não estava agüentando a pressão. Ninguém a ouviu e agora ela foi embora. A encontramos no domingo porque fomos até a sua casa e encontramos ela morta em sua cama já em decomposição. Muito triste”, falou entre soluços a irmão da professora Jucélia.

Por conta da morte da professora, o Sintese publicou em seu site, uma nota onde diz que “a professora Jucélia Almeida, 45 anos, foi mais uma vítima do cenário infernal tão propagado pelo Secretário de Estado de Educação Jorge Carvalho. Jucélia se suicidou e deixou uma carta relatando apenas uma síntese do calvário em vida que enfrentou por um ano ao se deparar com um esquadrão de aço formado por chefes orientados e conscientes do seu papel de perseguir e provocar assédio moral sob o discurso do legalismo, tese do atual secretário”.

Como forma de protesto pela morte da professora, os professores farão ato nesta quarta-feira (06), em frente ao Colégio Severino Uchôa.

As informações são do programa jornal da Ilha, com Magna Santana e Valéria Santana

Munir Darrage

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