Aracaju, 18 de abril de 2024
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Jackson Barreto é uma “cruz” para Edvaldo Nogueira carregar nesta eleição!

É no mínimo “intrigante” a situação financeira do Estado de Sergipe. O governador Jackson Barreto (PMDB), recentemente, para não cair em total descrédito perante o funcionalismo público, anunciou a implantação do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV). Fez toda uma festa para anunciar a “boa nova” que, diga-se de passagem, é a realização de um sonho antigo dos servidores estaduais. Este colunista já explicou a “mágica” que o chefe do Executivo usou para ter êxito, mas isso não vem ao caso. A torcida de todos é que as categorias fossem plenamente contempladas, que o trabalhador fosse de fato, valorizado.

Mas a história não estava tão “bem contada”, não era exatamente como ela estava sendo propagada. Para assumir o desgaste e tocar a difícil missão, coube o secretário “Rolando Lero” do governo do Estado, o secretário da Fazenda, Jeferson Passos, que fala, fala e no final das contas, talvez nem ele se convença do que está tentando defender. É fato: Jackson inchou a administração estadual em 2014 e conseguiu seu objetivo: massacrou o senador Eduardo Amorim (PSC) nas urnas e obteve a sonhada reeleição. Mas logo veio o ônus: praticamente “quebrou” o Estado!

Desde então as finanças do governo de Sergipe entraram em colapso. Vieram os inéditos parcelamentos e atrasos sucessivos dos salários dos servidores, até que, para conter a “sangria”, o governador adotou uma medida ainda mais danosa: estabeleceu como o dia 11 de cada mês a data para o pagamento dos salários de toda a administração pública. Sem contar que apenas “brincou” com o sistema financeiro, anunciando o fim de cargos de secretário adjunto e subadjunto e criando os cargos de secretários especiais com remunerações similares. Ou seja, mudou apenas a nomenclatura.

Sobre o PCCV, o que parecia ser motivo de festa acabou “azedando” ainda mais a relação com os servidores: a proposta foi aprovada pelos deputados estaduais ainda em 2014, ou seja, o que o governador está pagando agora é um valor completamente defasado, com perdas que beiram os 25%. E o que estava ruim, ficou ainda pior: o Estado passou a dever demais. Fornecedores passam meses sem receber. Uns estão demitindo, outros quebrando contratos e outros estão fechando as portas. O governo de Jackson Barreto está “quebrando” muita gente.

Agora, este mês, mais uma pérola: o governo do Estado anuncia o pagamento de até R$ 4,5 mil para essa terça-feira (12). Quem recebe acima deste valor, tem apenas a promessa que, até sábado (16), o Executivo vai anunciar a data que pagará o restante. Em síntese: para quem já havia perdido com a mudança da data para o dia 11, agora terá que esperar por volta do dia 20 para receber o que é de direito. E tudo isso é transmitido pelo secretário da Fazenda com a maior frieza, com a maior naturalidade, como se o servidor não tivesse compromissos para honrar. Isso é falta de planejamento!

Pois bem, pasmem que estamos nos aproximando das eleições municipais. A campanha já vai começar o Diário Oficial do Estado é carregado de nomeações e nomeações. A história ao que parece, vai se repetindo. O governador já definiu Edvaldo Nogueira (PCdoB) como seu pré-candidato a prefeito em 2016. Como se não bastasse ter que carregar o “peso” do Partido dos Trabalhadores e da presidente Dilma Rousseff (PT), profundamente desgastados com a opinião pública, Edvaldo agora tem mais essa “cruz” para carregar que vem ainda mais pesada, das férias no Caribe. Os mais próximos do comunista devem estar dizendo que ele vai pagar “todos os seus pecados” nesta eleição. E ele dizendo: “eu acredito!”…

CRÍTICAS E SUGESTÕES

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