Aracaju, 19 de abril de 2024
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Do desembargador ao vereador! Qual a intenção de Clóvis Barbosa?

Como bem diz o ex-governador Albano Franco, em uma de suas reflexões, “Sergipe é terra muro baixo, onde todos se conhecem”. Antes mesmo de sua posse na presidência do Tribunal de Contas do Estado (TCE), o conselheiro Clóvis Barbosa não tem medido esforços para tornar sua passagem à frente do órgão auxiliar do Poder Legislativo como marcante junto à opinião pública. Nada demais nisso! Indicado conselheiro do TCE por deputados estaduais, dentro de um consenso político entre parlamentares governistas e da oposição, Clóvis é um legítimo servidor público, com atribuições é verdade, mas também com limites estabelecidos pela legislação.

O fato dele vir a ser combativo, fiscalizador e de querer instituir um novo método de trabalho dentro do TCE é algo louvável sim. Mas ele peca, na avaliação deste colunista, quando deixa aflorar o “coração”. Quando ele se deixa levar pela “emoção” e acaba se desvirtuando do caminho da razão. O TCE é um colegiado. Clóvis é um presidente momentâneo e que faz parte deste seleto grupo. Para ter ainda mais altivez em sua gestão, o primeiro passo seria estabelecer um bom relacionamento com seus pares. Isso até fortaleceria seu discurso, sua gestão no comando do Tribunal. Mas decidiu “bater de frente”, talvez pela tal “vaidade das vaidades” que o ex-deputado João Fontes tanto propaga nas redes sociais. Resultado? Parte de sua diretoria mantém um relacionamento difícil com alguns conselheiros da Corte.

Ainda assim, já caminhando para a metade de sua gestão, Clóvis tem colecionado êxitos do ponto de vista técnico, da efetividade de algumas fiscalizações, sobretudo sobre os gestores municipais, mas parece ter escolhido o prefeito de Aracaju, João Alves Filho (DEM), como seu “sonho de consumo”. O conselheiro não digeriu bem a suspensão do contrato de coleta de lixo da PMA com a empresa Torre. Com a cidade suja, com a população aos prantos, coube a Prefeitura fazer um contrato emergencial com a empresa Cavo. Em poucos dias, o serviço estava regularizado. Ao invés de chamar a PMA para definir um cronograma para que fosse feita uma licitação, Clóvis decidiu questionar o contrato emergencial na Justiça.

Ele até conseguiu uma decisão favorável em Março, mas o Desembargador Alberto Romeu Gouveia Leite concedeu uma liminar suspendendo o processo do presidente do TCE que anulava os efeitos do contrato emergencial. Aquilo desagradou por demais a Clóvis, que num ato desesperado e de certo descontrole, para as câmeras de televisão, bradou: “nada me intimida, nem governador, nem prefeito e nem ninguém! Quem quiser andar direito com o dinheiro público que o faça”. Na mesma entrevista, ele chegou a afirmar que “as provas são concretas, não pune se não quiser. Fizeram tudo errado para beneficiar uma empresa”, mandando um recado para o prefeito João Alves e dizendo ainda que “se não quer administrar a capital sergipana, que saia”. Mas é essa a função de um conselheiro do TCE?

Depois do prefeito, dos técnicos da PMA e do governador, o conselheiro ainda fez uma acusação forte contra dois vereadores de Aracaju que estariam criticando sua conduta em relação ao contrato emergencial com a Cavo. Também para a imprensa, o presidente do órgão auxiliar do Poder Legislativo ameaçou pontuando que “quero dizer a esses vereadores que tratem das coisas deles, que eles vão se dar muito mal. Eles não têm moral para falar do TCE. Respeitem os servidores do tribunal. Corruptos são eles dois”. Mais recente, em um novo destempero, na sessão do Pleno, Clóvis insinuou que o desembargador Alberto Romeu estaria “engavetando” o recurso do TCE e, segundo reportagem do Portal Infonet, chegou a acusar o Tribunal de Justiça de atrapalhar a atuação do Tribunal de Contas.

Agora, em meio às definições do processo eleitoral na capital, o presidente do TCE foi a Brasília (DF), segundo noticia o radialista Gilmar Carvalho, para entregar supostas provas de irregularidades do contrato celebrado entre a PMA e Cavo aos procuradores que investigam a Operação Lava Jato. Mas quais seriam essas provas conselheiro? Cadê a transparência de seus atos? E por que não entregou ao Tribunal de Justiça de Sergipe? E por que o silêncio? Se não fosse verdadeira a informação, o TCE teria emitido uma nota, um desmentido. Em meio a tantas interrogações, este colunista expõe mais algumas: onde quer chegar o conselheiro? Qual a real intenção de Clóvis? Eis um mistério, mas ao menos uma coisa ele já conseguiu: nunca se viu um membro do TCE aparecer mais na mídia, ter tanto espaço, do que do que a própria Corte e suas atribuições. Deve ser uma questão de estilo…

Veja essa!

Os três vereadores do PSDB em Aracaju, Manuel Marcos, Jailton Santana e Adriano Taxista, se reuniram na tarde de ontem (1º) para traçarem metas sobre o rumo que vão seguir nas eleições deste ano. Eles vão aguardar o anúncio oficial do prefeito João Alves Filho e se o vice José Carlos Machado (PSDB) estiver fora da chapa, eles definiram o encaminhamento para uma aliança com Valadares Filho (PSB).

E essa!

Em conversa rápida com este colunista, o vereador Manuel Marcos confirmou a reunião e as intenções. “Foi Machado quem nos recebeu no PSDB e não podemos ser injustos com ele. Vamos aguardar a decisão do prefeito sobre Machado. Se ele não estiver na chapa, os vereadores do PSDB estarão livres para procurarem qualquer caminho”.

Com Valadares

Manuel Marcos confirmou que mais cedo, antes da reunião, eles já conversaram com o senador Eduardo Amorim e com os representantes de Valadares Filho. “Machado nos deixou à vontade e com liberdade para definirmos nosso futuro. Estamos vendo essa questão da coligação porque, do ponto de vista matemático, precisamos sobreviver e não podemos jogar os nossos mandatos fora. Temos que viabilizar nossas candidaturas e essa indefinição (do prefeito) só atrapalha”.

Exclusiva!

O prefeito João Alves Filho adiou a entrevista coletiva que daria nessa segunda-feira (1º), mas a informação que chega para este colunista é que nesta terça-feira (2º), às 17 horas, no CDL, ele conversará com a imprensa e poderá anunciar seu futuro político. Uma coisa este colunista conseguiu confirmar: se João disputar a reeleição, seu vice continuará sendo José Carlos Machado.

PPS

O presidente do PPS, Clóvis Silveira, teve duas reuniões importantes nessa segunda-feira: primeiro foi ouvido pelo governador Jackson Barreto (PMDB) e pelo pré-candidato Edvaldo Nogueira. Clóvis negou que tenha sido oferecida uma secretaria em troca do apoio.

Com João

Em seguida, Clóvis Silveira informou que esteve reunido com o prefeito João Alves e que não há qualquer definição por parte dele. O presidente do PPS informou que, por enquanto, o partido apenas conversou com Edvaldo, mas que não há nada fechado e que pode conversar também com Valadares Filho. “Nesta terça poderemos ter uma definição de tudo isso”.

Bomba!

Quentinha: João Alves Filho se reuniu na noite dessa segunda-feira com o marqueteiro e seu staff para definir seu futuro político. A informação exclusiva é que o ex-governador Albano Franco está tentando convencê-lo de disputar a reeleição. Há uma “queda de braço” entre um grupo que apoia candidatura e um grupo que é totalmente contra.

HU

O senador Eduardo Amorim participou ontem de audiência no Hospital Universitário (HU) da Universidade Federal de Sergipe (UFS) a convite do reitor da instituição, Angelo Antoniolli. Na ocasião, Eduardo, Antoniolli e representantes do Ministério Público Estadual visitaram as obras paralisadas acompanhados da superintendente da instituição, Ângela Silva, e parte do corpo docente. A reunião teve o objetivo de somar esforços para dar agilidade à conclusão de obras paralisadas e pela continuidade dos equipamentos médicos na instituição.

Necessidades

Em reunião, o reitor Angelo Antoniolli apresentou as necessidades atuais e agradeceu o trabalho realizado pelo senador. “O senador tem se esforçado para nos ajudar. E esse esforço é reconhecido por todos que fazem parte da universidade. E espero que a população sergipana também reconheça. A nossa missão é trabalhar pela saúde do sergipano. Quem ganhará é o povo. A finalização dessas obras vai servir para uma nova dinâmica, para contratar novos servidores. Estamos pedindo a permanência dos aparelhos aqui”, afirmou Antoniolli.

Auditoria

Os municípios de Canhoba, Itabi, Japaratuba, Santa Rosa de Lima e Santana do São Francisco passarão por auditoria operacional do Tribunal de Contas do Estado (TCE) no quesito Atenção Básica. As localidades se somam a outras 26 que também serão auditadas por decisão do Pleno após apresentarem resultados insatisfatórios em análise preliminar.

São Cristóvão

A informação que chegou antes do fechamento da coluna é que a secretária municipal de Saúde, mônica Aragão, entregou o cargo. Existem denúncias de infiltrações nas unidades de Saúde, lixo infectante no chão, equipamentos deteriorados e servidores contratados com salários atrasados há quatro meses. Ela havia assumido a secretaria em fevereiro passado.

Lagarto I

Na Convenção Municipal do PSC e da demais legendas que compõem o arco de alianças visando a eleição em Lagarto, foi lançada ontem a chapa com o deputado estadual Valmir Monteiro (PSC) como pré-candidato a prefeito e Hilda Ribeiro (PRP) como vice. “Numa alegria contagiante, a esperança está visível no rosto dos lagartenses. Os relatos aqui são os piores possíveis sobre a atual gestão. Há mais de dois meses os servidores não recebem salário. Está na hora de reverter esse quadro!”, bradou o senador Eduardo Amorim, presente no ato político.

Lagarto II

O pré-candidato Valmir reafirmou sua vontade de fazer por Lagarto da mesma forma de quando ele esteve à frente da gestão municipal. “O que mais me deixa decepcionado é que o nosso município já serviu de exemplo no quesito Educação, não só para o nosso Estado como para o Brasil. Fomos o primeiro município a pagar o piso dos professores, e nessa gestão, além dos atrasos no pagamento salarial, não houve reajustes desde 2013”, reclamou.

CRÍTICAS E SUGESTÕES

habacuquevillacorte@gmail.com e habacuquevillacorte@hotmail.com

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