Aracaju, 25 de abril de 2024
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Falta de diálogo: o erro capital de João Alves!

Na coluna publicada ontem veio a informação que em reunião com seu staff político, o prefeito de Aracaju, João Alves Filho (DEM), teria decidido que enfim concederia uma entrevista coletiva para a imprensa no final da tarde dessa terça-feira (2). Naquele momento a informação era que o democrata deveria anunciar que estaria desistindo da disputa. Logo cedo, o assunto já era comentado nos programas de rádio. Todos queriam saber se João Alves apoiaria alguma pré-candidatura, se lançaria alguém do seu próprio grupo ou se liberaria sua base para cada um seguir seu caminho.

Desde cedo em todas as rodas políticas não se falava outra coisa: a possível desistência de João Alves o seu futuro político. Se essa foi uma estratégia do democrata, há de se reconhecer que ao menos seu nome voltou a ficar em evidência na eleição. É inegável sua importância e seu peso político. Mesmo fazendo uma gestão abaixo do que se esperava por sua experiência, o democrata é uma liderança com muita expressão popular e que se relaciona muito bem com o povo, sobretudo com os mais pobres. Política não é uma ciência exata, mas todos têm a percepção que com ele na disputa, a eleição caminha para um segundo turno naturalmente.

No meio da tarde, quando já se falava que não haveria mais a tal coletiva porque João tinha uma audiência em Brasília (DF) com o ministro da Saúde, viabilizada pelo deputado federal Laércio Oliveira (SDD), os questionamentos só aumentavam, tanto por parte dos adversários, mas principalmente dos aliados, em especial, dos pré-candidatos a vereador que esperam desesperados por uma definição da majoritária. Eis que surge a informação em alguns setores da imprensa que o prefeito, antes de embarcar para BSB, assumiu o compromisso, para a irmã e secretária de governo, Marlene Calumby, para o secretário Igor Albuquerque, para o vereador Vinícius Porto (DEM) e para o deputado Augusto Bezerra (PHS), já no aeroporto, que disputaria a reeleição e que faria o anúncio quando retornasse a Aracaju.

A notícia caiu como uma “bomba” e movimentou de vez os bastidores da política sergipana. Havia surpresa do lado do pré-candidato Valadares Filho (PSB), que com uma desistência do democrata, absorveria a maioria dos votos do agrupamento do prefeito. Do lado de Edvaldo Nogueira (PCdoB) a leitura era de alívio, tendo em vista que a saída de João Alves só fortaleceria Valadares Filho e o colocaria com certo favoritismo para vencer a eleição no 1º turno. Para botar um “tempero” a mais na polêmica, embarcaram no mesmo voo o deputado estadual Róbson Viana, o governador Jackson Barreto e o empresário Edivan Amorim. Um “prato cheio” para as especulações…

Em síntese, ainda há uma enorme interrogação no ar: João será mesmo candidato em 2016? Muitos adversários levantam esta dúvida e até alguns de seus mais próximos aliados não conseguem “bater o martelo”. Tem muito “gato escaldado” e preferem esperar o anúncio do próprio prefeito. Mas, se há quem defenda uma candidatura de João Alves, alguns aliados externam dúvidas, descontentamentos. Muitos já estavam, inclusive, alinhados e decididos a apoiar outra pré-candidatura. Os vereadores fazem contas e previsões, preveem dificuldades para se reelegerem. Tem muita gente chateada com o prefeito.

Mas, justiça seja feita, mesmo com as dificuldades para administrar a cidade, é inegável que João é um nome competitivo em qualquer eleição. Ele pode ser candidato, mas certamente entraria mais forte na disputa se tivesse ouvido mais, se tivesse dialogado mais, delegado mais e até participado com mais intensidade da política. Os tempos são outros, a eleição é cada vez mais disputada hoje em dia e não se pode esperar até o último minuto para decidir. Mesmo porque, por trás de qualquer candidatura, existe toda uma estrutura e todo um agrupamento. João apostou na velha tática. Se vai dar certo ou não, só o tempo poderá responder. Para este colunista, a falta de diálogo tem sido seu erro capital. No mais, façam suas apostas…

Veja essa!

Em conversa com este colunista, Clóvis Silveira confirma que na reunião que teve com o prefeito João Alves ficou definido que, se ele for candidato à reeleição, está mantida a chapa com José Carlos Machado. “Machado é nossa condição para que haja um acordo”.

E essa!

Entre os vereadores do PSDB o clima é de impaciência. Se ficarem com João Alves, o partido fará uma composição com o DEM. Vão esperar o anúncio do prefeito. Se o democrata não for candidato, fecham com Valadares Filho e vão compor numa chapa com Solidariedade e o PEN de Róbson Viana.

Fazem quatro

Numa chapa com Jailton Santana (PSDB), Manuel Marcos (PSDB), Adriano Taxista (PSDB), Roberto Morais (SDD), Daniela Fortes (PEN) e Emília Correia (PEN), além dos demais pré-candidatos, a conta é que se elegem quatro vereadores, no máximo.

Outra chapa

Ainda do lado de Valadares Filho, está batido o martelo pelas chapinhas com: PSC e PTB; e a outra com PDT, PP, PPL e PSDC. Nesta última a leitura é que na composição eleja dois vereadores. Disputam neste caso Jason Neto (PDT) e o Sargento Vieira (PDT). No PPL quem deve ser candidato é o também militar Sargento Edgar.

São Cristóvão

Com a desistência de Armando Batalha de disputar a eleição em São Cristóvão, veio a tona o rumor que o pré-candidato Adilson Júnior (PDT) também estaria impedido de disputar por conta da legislação eleitoral. Uma fonte da coluna revelou que ele está bastante animado, que é pré-candidato sim e que tem chances reais de vencer. Vai rivalizar muito com Marcos Santana (PMDB) e Lauro Rocha (PRB).

Com Edvaldo

Na coligação de Edvaldo Nogueira a informação é que na eleição proporcional, o PMDB irá coligado com o PRB. A leitura é por eleger três vereadores. O partido do governador tem os vereadores Bigode do Santa Maria e Dr. Gonzaga, dentre outros; já os evangélicos apostam em nomes como o Pastor Alves e Anderson Góes.

Os demais

Por sua vez, estarão coligados na outra chapa da coligação o PSD, PT, PCdoB e o PRP. Nitinho (PSD), Evandro Franca (PSD), Lucimara Passos (PCdoB), Bittencourt (PCdoB), Emmanuel Nascimento (PT), Iran Barbosa (PT), Camilo (PT), dentre outros, disputam cerca de quatro vagas no parlamento municipal.

Golpistas?

Detalhe: se confirmada estas chapas na coligação de Edvaldo Nogueira, e relembrando o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), de um lado estarão o PT, PCdoB e o PSD de Fábio Mitidieri que são contrários a saída da petista da presidência; e do outro lado estarão Jony Marcos (PRB) e Fábio Reis (PMDB) que votaram pelo seu afastamento.

Servidores

Servidores da SEED (Vigilantes, Executores de Serviços Básicos, Administrativos e Merendeiras) fizeram na manhã dessa terça-feira (2), um ato de protesto na Assembleia Legislativa. Os servidores foram pedir apoio dos deputados na intermediação junto ao governo do Estado sobre a devolução dos 23 dias descontados, referente a greve que fizeram no mês de Junho.

Apoio

Os deputados estaduais Antônio dos Santos (PSC) e Ana Lúcia (PT) fizeram um apelo ao governador Jackson Barreto para que ele atenda ao ofício pedindo (ANISTIA) dos 1,2 mil grevistas. Esse ofício foi protocolado no último dia 25, no Palácio dos Despachos. “Cobramos ainda o calendário de pagamento do mês de Julho que ainda não foi divulgado”, disse um dos coordenadores do movimento, Iraldir Silva.

Amorim

Eduardo Amorim (PSC) destacou no plenário do Senado Federal a criação da Comissão Especial de Obras Inacabadas, para muito em breve. Na ocasião ele destacou as obras do Hospital Universitário da Universidade Federal de Sergipe. Na segunda-feira (1º), ele esteve no HU visitando as obras paralisadas da Unidade Materno Infantil e de um Centro Médico para tratamento do câncer e realização de transplantes.

Propriá

A informação que vem do município ribeirinho é que está fechada a chapa entre Paulo Dantas (DEM) e Ninha da Feira (PSDB), para prefeito e vice, respectivamente. O atual prefeito Zé Américo (PSC) decidiu recuar e apoiar o projeto da família de Dona Menininha.

Adriano Taxista

O vereador de Aracaju, Adriano Oliveira (PSDB), o “Adriano Taxista”, ocupou a tribuna da Câmara Municipal, na manhã dessa terça-feira (2), para denunciar que empresas do transporte coletivo da Grande Aracaju estão demitindo os profissionais rodoviários que participaram do ato de protesto contra a violência e assaltos a ônibus no último dia 14, quando o serviço foi suspenso na capital. O tucano cobrou ações das autoridades, mas também culpou a omissão do Sinttra, sindicato dos rodoviários, por tantos descasos com os trabalhadores.

Demissões

Adriano denunciou que as empresas do transporte coletivo estão demitindo os trabalhadores que participaram das manifestações contra a violência, mês passado. “Os trabalhadores não aguentam tanta violência. Após a morte de David, eles foram as ruas para protestar. A empresa Atalaia Transportes está demitindo alguns profissionais que participaram daquele protesto. A empresa Tropical deu justa causa num rodoviário que concedeu entrevistas naquele dia. E isso tudo ocorre sem que o sindicato se pronuncie”.

CRÍTICAS E SUGESTÕES

habacuquevillacorte@gmail.com e habacuquevillacorte@hotmail.com

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