Não se pode negar a capacidade intelectual e a desenvoltura política do presidente da República interino, Michel Temer (PMDB). Mesmo porque ninguém é eleito e reeleito numa chapa para o Palácio do Planalto sem qualquer mérito ou só acumulando deméritos. Temer é daqueles políticos frios, ou melhor, gelados! Um estrategista de mão cheia e um excelente articulador político. Tem sido de uma perfeição impressionante no exercício da presidência após o afastamento da presidente Dilma Rousseff (PT). Está claro que cada um dos seus passos é bem pensado, articulado e bem concedido.

Sem muita popularidade, diferente de muitos outros, Temer não se preocupou em fazer a “gracinha” para deixar transparecer que é outra pessoa. Mantem a coerência nos discursos, tem um comportamento bastante polido e “joga o jogo” como ele deve ser jogado! Temer chegou à presidência dizendo o que o povo brasileiro gostaria de ouvir. Não aparece excessivamente e, quando o faz, sabe deixar seu recado, sem altos e baixos, sem comprometer, transmitindo equilíbrio e competência para a função. Não está preocupado em tentar ir além. Respeita o tempo, o seu estilo e, sobretudo, o momento político.

Demonstrou essa sapiência quando do vazamento de um áudio de sua autoria, pouco tempo antes do julgamento do afastamento de Dilma Rousseff pelo Congresso Nacional. Enquanto ela destoava publicamente de um destempero desesperado diante da iminente saída da presidência, a gravação revelava aos paramentares e ao País um Michel Temer com as credenciais exatas que o País precisava, naquele momento, para tentar conter ou amenizar os efeitos da crise, em meio a tanta instabilidade. E para enfrentar tantos problemas, tamanho desafio, precisa contar com alguém que dominasse o sistema financeiro do País.

Não jogou o Partido dos Trabalhadores e seus aliados do penhasco, mas também não faz esforço algum para tirá-los daquela situação difícil. Não vai para o embate, não precisa entrar em debate. Este é um julgamento que não lhe cabe e mais uma vez acerta quando dá autonomia ao Congresso Nacional. Sem contar que o tratamento junto ao Palácio do Planalto tem sido diferenciado, sem distorções entre governo e oposição, com muito respeito entre as partes, compromisso e atenção. Temer sabia que não seria fácil. E não o é! Mas ele a volta da credibilidade dos investidores já soa como uma “luz no fim do túnel”.

Nessa sexta-feira (5) mais uma vez ele foi o Michel Temer estrategista, bem articulado e desenvolto. Ou melhor, já vinha se preparando bem para esse dia. Quando da renúncia dos demais ex-presidentes de participarem da solenidade de abertura dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, o presidente interino, que nasceu em São Paulo, literalmente fez a linha “Carioca”, revivendo o mágico Nelson Rodrigues, com a magia do Maracanã, dizendo publicamente que “estou preparadíssimo para as vaias”, e parafraseando o escritor e jornalista brasileiro disse que “no Maracanã se vaia até minuto de silêncio”. Uma resposta genial e que atinge o psicológico de quem preparava-se para vaia-lo na solenidade.

Habilidoso com as palavras, um estrategista nos bastidores. Michel Temer, na abertura dos Jogos Olímpicos, não teve sua presença registrada pela locução oficial. Logo isso virou assunto e debate nas redes sociais. Pobre brasileiro, que se ilude com tão pouco. Nas rápidas aparições do presidente na televisão, eis que um ou outro estava a gritar “Fora Temer” e, para a surpresa de muitos, foram vaiados em determinados momentos. Isso mostra que a população está dividida sim, mas um tanto esperançosa. Quando deu por abertos os Jogos, entre vaias e aplausos, o presidente Temer ficou inteiro, vitorioso e sem arranhões. Conteve o desgaste popular e agora vai ficar na expectativa se assume o não o comando do País. Façam suas apostas…

Veja essa!

Cerca de 12 horas após comunicar aos membros de seu agrupamento que não disputaria a reeleição, o prefeito João Alves (DEM) reuniu seus seguidores na sede do DEM para “desistir de desistir” e anunciar que iria para a disputa. A celeuma ficou apenas em torno do vice. E essa!

Num primeiro momento, tentou-se o vereador Manuel Marcos (PSDB) para a vaga, mas ele encontrava-se operando (ele é médico) e teria agradecido o convite. Entre idas e vindas, com alguns membros do PSDB querendo seguir outro caminho, eis que se chegou ao entendimento que o também vereador Jailton Santana (PSC).

Intermediaram

Os vereadores Vinícius Porto (DEM) e Adriano Taxista (PSDB) foram decisivos na articulação em busca de um entendimento entre os dois partidos. Diante dos impasses, na reunião dentro do DEM, o atual vice-prefeito José Carlos Machado (PSDB) foi chamado para se chegar a um consenso. Findou dando certo.

Vai e vem

Com as indecisões de João Alves, o PTN e o PTdoB decidiram apoiar a pré-candidatura de Edvaldo Nogueira (PCdoB); já o Solidariedade fechou com o pré-candidato Valadares Filho (PSB). Ficaram com João Alves, além do DEM e PSDB, o PEN, PPS, PV e PHS.

Chapas

Com a definição ficou certo que DEM, PSDB e PEN vão compor uma chapa para vereador, podendo eleger quatro; outra chapa será formada por PV e PHS podendo eleger um ou dois vereadores; o PPS irá sozinho, podendo eleger um ou dois vereadores.

Machado

O vice-prefeito de Aracaju, José Carlos Machado, está encarando com tranquilidade a polêmica sobre o vazamento de um áudio, supostamente editado, gravado de uma conversa sua sem autorização. Ele explicou que não foi intimado pela Polícia Civil sobre a necessidade de ouvi-lo para esclarecer as declarações no suposto áudio, mas garantiu que “vou com muito prazer e estarei na hora e no local que for determinado. Prestarei as informações que estiverem ao meu alcance. Sou um péssimo ator e só sei falar a verdade”, disse.

Autor

Machado continua especulando que possui algumas suspeitas sobre o autor da gravação, mas não quer se precipitar. Acha que na audiência que terá com a delegada Daniela Garcia, ela poderá ajudá-lo nas investigações para identificar quem teria gravado ou editar suas conversas.

Parâmetros

Sobre o momento político que atravessa, sem clima para compor na chapa com o prefeito João Alves, Machado respondeu dizendo que “quatro parâmetros norteiam a minha vida pública: coerência, ética, espírito público e atendendo aos ensinamentos de Frei Miguel, a concentração de todo meu esforço na busca de soluções para os problemas dos mais pobres”.

PSB

Na sede do PSB a convenção homologou os nomes de Valadares Filho e Pastor Antônio dos Santos como pré-candidatos a prefeito e a vice de Aracaju, respectivamente. “Estamos começando esse novo desafio, com um grupo novo, de pessoas comprometidas e que têm grande preocupação com nossa capital. Então, agora, é seguir rumo ao sucesso. O desespero da oposição, meus amigos, é porque eles sabem que a renovação chegou para ficar”, disse.

PCdoB

Por sua vez, no plenário da Assembleia Legislativa, foram homologados os nomes de Edvaldo Nogueira para prefeito e Eliane Aquino (PT) para vice. “Aqui estão os homens e mulheres que agem com dignidade e ñ aceitam conchavos ou barganhas. Este grupo está unido pelo povo”, disse o comunista, acrescentando que “aprendi com minha mãe, Belivaldo, a ter coragem, lealdade e dignidade. Traços que vemos em você e que nortearão a nossa campanha.

Ataque

Em seguida, Edvaldo Nogueira fez um ataque duro ao prefeito João Alves Filho e sua equipe de trabalho. “O que levamos mais de 30 anos para fazer, num projeto de construção popular, João Alves destruiu em quatro anos. Essa coligação não é uma arrumação de última hora. Não começamos agora. Essa construção começou com Jackson Barreto em 1985”, pontuou o pré-candidato do PCdoB.

Eliane Aquino

“A minha responsabilidade é carregar o legado de Marcelo Déda, que também está representado em cada um de vocês. Não pude fugir à responsabilidade. Vou trazer para Aracaju o respeito de volta. É uma honra estar ao seu lado, Edvaldo. Não é sorte, é missão. Vamos fazer Aracaju feliz de novo”, propôs a pré-candidata a vice-prefeita, Eliane Aquino.

Zé Franco

O pré-candidato a prefeito de Nossa Senhora do Socorro, Zé Franco (PSDB), respondeu a provocação do deputado federal Jony Marcos (PRB), na adesão de seu partido à pré-candidatura do deputado estadual Padre Inaldo (PCdoB).

Ultrapassado

Na oportunidade, Jony Marcos classificou Zé Franco como “ultrapassado” para a política de Nossa Senhora do Socorro. Em resposta, o pré-candidato do PSDB cobrou respeito por parte de seus adversários.

 Resposta

“Espero que o deputado federal Jony Marcos olhe mais para a vida dele. Deixe que eu me preocupo com a minha. Eu nasci na maternidade Francino de Melo, em Aracaju, Sergipe. Onde Jony nasceu?”, questionou o pré-candidato a prefeito de Socorro.

Respeito

Em seguida Zé Franco pediu que o deputado federal respeite sua sergipanidade. “Jony que me respeite pelo o que já passei em minha vida pública. Por que ele não quer ser pré-candidato em Socorro para disputar comigo e com o Padre Inaldo? Me chamar de ultrapassado? A palavra de Deus é muito forte. Respeite os outros para ser respeitado”, concluiu.

Valadares I

Através de uma rede social, o senador desabafou dizendo que “o PSB fará uma campanha leve, alegre e propositiva. Abaixo a baixaria. Repulsa a quem ñ tem proposta e prefere desqualificar o adversário. Aos oportunistas, covardes e traidores que abusaram de nossa boa-fé e confiança, devemos responder apenas com o nosso desprezo”.

Valadares II

O senador também fez críticas ao governador Jackson Barreto (PMDB). “A emenda de bancada no valor R$ 100 milhões para as obras do aeroporto não pode ser dividida como quer JB. É emenda impositiva. Um governador solitário que vai a uma audiência com o presidente da República sem qualquer parlamentar, onde pede o que não pode e fala o que não sabe”.

CRÍTICAS E SUGESTÕES

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