Aracaju, 26 de abril de 2024
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Conheça como a música pode ser uma grande aliada da reabilitação (Foto ascom)

musicoterapia

A música tem o poder de mexer com nossas emoções. Encontramos nas canções identificações com os nossos sentimentos, como tristes, felizes, tranquilidade, angústia, e elas também têm o poder de unir as pessoas. É certo que a música não passa despercebida por aqueles que a ouvem, isso se dá porque a região cerebral que capta a música fica muito perto da área responsável pelas emoções, então, fazemos a associação dos sons com os afetos.

A musicoterapia tem como proposta o uso da música e seus elementos (som, ritmo, melodia e harmonia) como terapia para a reabilitação física, mental e social de indivíduos ou grupos. Emprega instrumentos, canto e ruídos para tratar pessoas com distúrbios da fala, audição ou deficiência mental. Atua também na área de reabilitação motora, no restabelecimento das funções de acidentados ou de convalescentes de acidentes vasculares cerebrais.

Luzimari Dantas, psicóloga do Hapvida, fala sobre os benefícios dessa técnica que tem proporcionado alívio e bem-estar para os pacientes. “A música ajuda a melhorar o sistema imunológico, diminui a quantidade do hormônio do estresse e, especialmente em caso de hospitais, ela faz com que a pessoa se sinta mais à vontade e aceite melhor o tratamento, principalmente em pacientes pré-cirúrgicos. Ela relaxa, abaixa a taxa cardíaca, reduz a ansiedade, atenua temperamentos agressivos e ajuda na interação social.”, esclarece.

É importante frisar que cada caso pede um ritmo e música diferente. As pesquisas indicam que a música clássica é mais indicada para recuperação, desde que ela não seja nem muito lenta e nem muito empolgante. Segundo a psicóloga, para os pacientes o tempo passa devagar e isso causa estresse. A música entra nesse contexto e já não pode ser a mesma música da pré-cirurgia, tem que ser uma que ele goste, para isso, é preciso conhecer bem o paciente.

“Foram relatados vários casos de pessoas que tiveram uma analgesia, especialmente em pacientes de câncer terminal. Eles têm 50% de analgesia quando escutam a música que gostam. A música faz com que eles se sintam mais relaxados e aumenta a produção de endorfina, que vai fazer com que a quantidade de analgésicos usados seja menor”, acrescenta.

No entanto, a psicóloga alerta que existem pacientes que não podem ouvir determinadas músicas, inclusive podem ser prejudiciais no tratamento.

“Pacientes com epilepsia não podem ouvir música com batida forte e nem alguns tipos de sons, pois existe um tipo de epilepsia rara que é provocada pela música. Alguns pacientes que escutam música muito alta ou muito frenética vão ter crise. Então, na recepção de neurologia, nem pensar em música, pois ela ativa muitas áreas do cérebro, o que não pode ocorrer em um paciente epilético. Existem pacientes com Alzheimer, que têm de ouvir música do gosto pessoal. Ele vai ter lembranças daquela música e vai se sentir melhor. Se colocar uma que ele não conhece, pode piorar o quadro de Alzheimer.”, orienta.

D COMUNICAÇÃO ESTRATÉGICA

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