Aracaju, 19 de abril de 2024
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JB usa Belivaldo para atacar Valadares e não perder o PMDB!

Não é novidade para ninguém o estilo de fazer política do governador Jackson Barreto (PMDB). A história expõe isso com clareza. É inegável que o peemedebista tem sido uma das principais lideranças populares do nosso Estado nas últimas décadas, mas os tempos mudaram, o eleitorado está cada vez mais exigente e, a cada discurso, JB dá demonstrações que está certíssimo em anunciar sua aposentadoria em 2018. Percebe-se que o governador faz uso de práticas antigas, eleitoreiras, que deram muito certo lá atrás, e que até funcionaram em 2014, mas que diante do desgaste do mundo político nacional e, principalmente, diante da ineficiência de seu governo, o que ele tem dito não tem tido mais o mesmo reflexo de outros tempos.

Quem foi para a urna e depositou um voto de confiança no governador, há dois anos, está esperando dele resultados, compromisso com a Saúde, Educação e, principalmente, com a Segurança Pública. Espera-se de JB uma alternativa para o déficit da Previdência Social, uma solução para os anos consecutivos sem reajustes para os servidores públicos. O País inteiro atravessa um momento difícil. O brasileiro, sobretudo o sergipano, está sofrendo com a violência crescente, com a onda de desemprego assustadora e, possivelmente, com mais desigualdades sociais e menos qualidade de vida. Abrindo um parêntese, ‘roubaram tanto o nosso País, que hoje entramos no vermelho’.

Em meio a tantos problemas, atrasando e parcelando salários, o governador vem a público para atacar gratuitamente seus adversários na ânsia de tumultuar o processo eleitoral na capital. Sem ter conseguido emplacar seu favorito, Zezinho Sobral (PMDB), agora o governador quer a todo custo colocar um “tempero” em Edvaldo Nogueira (PCdoB), que visivelmente, sofre muito sem a presença de um Marcelo Déda (in memoriam), do ponto de vista da oratória e da liderança, ao seu lado. E Jackson quer apenas provocar os adversários de Edvaldo para tentar desestabilizá-los e trazê-los para um campo onde ele domina como ninguém.

O problema é que os senadores Eduardo  Amorim (PSC) e Antônio Carlos Valadares (PSB)já assimilaram a estratégia do governador e decidiram não alimentar essa discussão. Não compraram uma briga que, para este colunista, é extremamente de desnecessária. Os poucos eleitores que ainda ser ligam na política, que ainda acreditam e apostam em uma eleição bastante propositiva. Não é apenas o resultado da disputa que está fortemente em jogo, mas também as metas estabelecidas por cada candidato para a nossa querida Aracaju.

Desde quando rompeu politicamente com o senador Valadares, este colunista percebeu que o governador estava esperando o momento certo para usar uma de suas “cartas na manga” que é o seu vice Belivaldo Chagas (PMDB). Nessa segunda-feira (15), ele (Belivaldo) filiou-se ao PMDB a convite de JB que, com o gesto, tinha dois objetivos claros: o primeiro deles provocar o senador Valadares, buscando desestabilizar a candidatura do deputado federal Valadares Filho em Aracaju;

O segundo objetivo do governador é mais estratégico: com a iminência da saída de Dilma Rousseff (PT) com o impeachment, e sabedor que não detém o mesmo prestigio de outrora com Michel Temer (PDMB), JB aposta tudo para 2018, filiando um nome com potencial de disputar o governo em dois anos e ele não perder o comando do partido em Sergipe. Em síntese, está claro que Jackson não está preocupado com os problemas que verdadeiramente afligem os sergipanos, mas apenas em não ser o grande derrotado da eleição que se aproxima.

Veja essa!

Em seu discurso após a filiação ao PMDB, Belivaldo provocou, indiretamente, o senador Valadares. “Quando era menino ouvia minha mãe dizer que era para pedir desculpas quando eu fizesse alguma coisa errada. Como não estou fazendo nada errado, nenhuma coisa feia, não tenho que pedir desculpas a ninguém, tenho que dizer obrigado ao PMDB, por me receber de braços abertos. Obrigado a Gama a Jackson e a todos”, falou o vice-governador.

E essa!

Em seguida, o vice-governador foi ainda mais provocativo, mas sem fazer qualquer direcionamento. “Eu fico onde estou, não estou indo para outro lugar. Me botaram aqui e aqui estou, ao lado dos meus amigos. Nós estávamos nas ruas dizendo que o projeto era esse, e agora, dois anos depois, vou estar lá. Fomos eleitos por este grupo, somos uma família?”, garantiu Belivaldo.

Agora é Temer?

Depois de uma semana percorrendo alguns Ministérios em BSB, o governador Jackson Barreto esqueceu o termo “golpista” quando se referiu ao governo interino do presidente Michel Temer. Talvez, já prevendo a saída em definitivo de Dilma, JB tenta se reaproximar do Palácio do Planalto a todo custo. PT e PCdoB devem estar adorando isso…

Temer em Sergipe

Falando nisso, caso se confirme a permanência de Michel Temer na presidência da República, já há quem defenda sua vinda a Sergipe para participar da campanha eleitoral, mais precisamente em Aracaju. Será que ele virá para o palanque do PSB e do PSC ou virá para apoiar o candidato de JB? Como perguntar não ofende, se Temer vier, JB estará em Sergipe para recebe-lo?

Valadares

Em resposta as provocações do governador, o senador Valadares emendou nas redes sociais: “A dor de cotovelo é de Jackson Barreto, que foi obrigado a abortar a candidatura de seu próprio partido pela rejeição popular ao seu governo”, disse, acrescentando que “sempre tive respeito aos que, ao final da carreira, escolhem o lazer, o descanso e as praias caribenhas para gozar sua merecida aposentadoria”.

Troco

“Como o governador Jackson Barreto já decretou a sua própria aposentadoria não me sinto confortável em dar resposta aos seus ataques. A candidatura de Valadares Filho pelo seu caráter de independência e renovação preocupa e deixa aperreados o governo e seus aliados”, acrescentou o senador.

Alívio

Por fim, diante da declaração em entrevista no rádio, ontem, onde JB disse que “a raiva do senador é porque não apoio o filho dele para prefeito”, Valadares voltou às redes sociais e emendou novamente: “Nunca quis, não pedi, nem tampouco esperei o apoio de Jackson para Valadares Filho. Não tive raiva! Pelo contrário! Eu me senti aliviado“.

Cadê João?

Enquanto o governador Jackson Barreto e os senadores Eduardo Amorim e Valadares “roubam a cena” do cenário político, tirando os holofotes dos candidatos Edvaldo Nogueira e Valadares Filho, ninguém houve uma declaração do prefeito João Alves (DEM), que decidiu buscar a reeleição. O silêncio é inexplicável…

Perde tempo

Na avaliação deste colunista, o prefeito de Aracaju perdeu uma oportunidade especial de se posicionar no cenário político, de marcar posição. Foi ironizado por Jackson Barreto e ainda assim silenciou. Pelo visto, o prefeito segue tratando sua candidatura com muita serenidade, mas com muita frieza também…

Registro

Falando em João Alves, em meio a muitas dúvidas que ainda pairavam sobre ele, nessa segunda-feira (15) a coligação do prefeito protocolou o registro de sua candidatura junto à Justiça Eleitoral.

Sales Neto I

O Secretário de Estado da Comunicação, jornalista Sales Neto, entregou na manhã dessa segunda (15), pedido de auditoria nas próprias contas à Conselheira do TCE, Susana Azevedo. Sales Neto alega que sua atitude é uma resposta às denúncias de irregularidades em contratos na sua Pasta, proferidas pelo empresário e jornalista André Barros.

Sales Neto II

“Para que não paire dúvidas, eu trouxe os contratos questionados pelo empresário e jornalista. Estou solicitando oficialmente que eles sejam matéria de investigação pelo Tribunal de Contas de Sergipe. Estou entrando com algumas queixas crime contra esse jornalista para que possamos esclarecer também esses fatos na Justiça. Quem não deve, não teme”, disse Sales Neto. O secretário está encaminhando o mesmo pedido para a Controladoria Geral do Estado e para o Ministério Público Estadual.

Denúncias

Nessa segunda-feira (15), o jornalista André Barretos fez uma série de denúncias contra Sales Neto e supostas gravações de conversas. Tudo através das redes sociais. O secretário diz que pretende reagir judicialmente.

Bomba!

Dando o que falar, nos bastidores do Samu sergipano, a nomeação de Glícia Ramos para a superintendência. Há quem diga que a relação dela com os médicos da área não tem sido das melhores. Um gestor vinha revertendo este cenário. Talvez por isso ele acabou sendo afastado.

CRÍTICAS E SUGESTÕES

habacuquevillacorte@gmail.com e habacuquevillacorte@hotmail.com

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