Aracaju, 18 de abril de 2024

HOUVE IMPEACHMENT E SERGIPE NÃO VIU

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DIÓGENES BRAYNER – plenario@faxaju.com.br

O Brasil mudou. Houve o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) e posse do interino Michel Temer (PMDB). Momentos difíceis para um País em crise e histórico pelo fato de mais um ocupante do Planalto ser despejado. Não é lá um ‘dia feliz da nossa história’, porque o impedimento do tipo abala a estrutura democrática de todo o País.

Principalmente quando apresenta sintomas de uma ação para usurpar o poder por força conservadora que não conseguiu vencer nas urnas.

De qualquer forma, a ex-presidente Dilma Rousseff fora abandonada por seu grupo político e, principalmente, por seu partido. Ficou sozinha no Planalto e foi abafada por decisões que provocaram uma crise profunda na economia, deixando claro que o modelo administrativo que expunha havia se exaurido.

A inflação em alta, desemprego incontrolável, queda da produção e consumo, além da exibição de atos de corrupção em segmentos importantes do País, envolvendo aliados e correligionários, levaram Dilma ao descrédito e a esse clima que terminou por favorecer à vontade de uma elite política que ansiava por vê-la fora do Planalto.

Sergipe praticamente não se manifestou sobre o assunto. Alguns deram entrevistas e até o deputado João Daniel, do PT ligado ao MST, está retornando a Sergipe sem saber se fará alguma manifestação em protesto à saída de Dilma. Claro que nada terá, porque em Aracaju fechou-se uma coligação em que PT, PCdoB e PMDB estão juntos, ao lado de outras legenda, que não podem ser favorável ao afastamento de Dilma e nem contra.

Como não houve – e nem haverá – nenhum manifesto contra ou a favor, o fato passa como ‘uma onda no mar’. Ontem à noite, via whatsapp, Eliane Aquino (PT), candidata a vice de Edvaldo Nogueira (PCdoB), se manifestou: “hoje [ontem] é um dia triste para este País. Uma data que vai entrar na história pela mancha trazida à nossa democracia”.

CANDIDATA

A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) manteve seus direitos políticos e públicos através de decisão da decisão do mesmo Senado que lhe puniu com o impeachment.

Será a candidato do partido a presidente em 2018.

PODE VOLTAR

Com o discurso de que foi ‘golpeada’ pela segunda vez e fazendo-se vítima de grupos conservadores da elite, Dilma pode mexer com a sensibilidade do eleitorado.

Caso Temer não faça um bom Governo, ela volta com facilidade.

TRAMA

Em Brasília, nos bastidores, o requerimento aprovado e que manteve direitos políticos de Dilma fora tramada pela manhã, inclusive com o presidente Renan Calheiros.

Tanto que Renan agradou ao PMDB, sem deixar de satisfazer ao PT.

PRESENÇA

Ontem, durante a votação do impeachment, o senador Eduardo Amorim (PSC) teve presença constante na TV, próximo a senadores que faziam os debates.

O deputado Laércio Oliveira (SD) também apareceu rápido.

COM TEMER

O deputado Laércio Oliveira também esteve ao lado do presidente Temer quando ele caminhava no Senado para a sua posse definitiva.

Pegou-lhe pelo braço e cochichou alguma coisa em seu ouvido.

VALADARES

Já o senador Valadares (PSB) cumprimentou Temer logo após assumir o cargo. Disse-lhe: “sei que dias difíceis virão, mas sua experiência política vai ajudá-lo muito”.

Temer sorriu e bateu-lhe nos ombros.

CONFIRMA

O senador Valadares (PSB) confirma que votou a favor da permanência dos direitos políticos de Dilma, ‘porque não condenaria uma mesma pessoa duas vezes’.

– Também porque ela tem o direito de exercer suas atividades como cidadã, disse.

ALÍVIO

Um assessor do Governo viu com alívio o impeachment de Dilma: “o Brasil precisa começar um processo de recuperação e parar de cair”.

– O País não poderia continuar nessa aflição, disse.

LENTA

Segundo a mesma fonte, o processo de reaquecimento da economia vai se iniciar de forma muito lenta, só a partir do próximo ano.

Tem quem acredite que os meses de novembro e dezembro já serão melhores.

ALBANO

O ex-governador Albano Franco disse ontem que o impeachment de Dilma Rousseff já era esperado por um placar de 58 a 62 votos. Deu 51.

Acha que o País a partir de agora vai entrar em sua normalidade.

JOÃO DANIEL

O deputado federal João Daniel (PT) saiu ontem do Palácio do Planalto ao lado do ex-presidente Lula. Só hoje deve desembarcar em Sergipe.

Ainda não sabe se haverá mobilização contra o Impeachment em Aracaju.

UM GOLPE

João Daniel corrobora que Dilma Rousseff (PT) foi vitima de um ‘golpe’ e que seu impedimento ‘não tem nenhuma legitimidade’.

– A história vai mostrar que se puniu uma mulher sem crimes, disse.

MAIS UM ANO

– Dentro de mais um ano apenas a sociedade verá a dimensão do golpe, disse João Daniel, que denuncia a ‘armação da elite para tirar Dilma do Planalto.

Admite que Dilma perdeu a popularidade, ‘mas não por desonestidade’.

MITIDIERI

O deputado Fábio Mitidieri (PSD) foi contra e continua sendo ao impeachment da presidente Dilma, mas hoje diz que o Brasil tem que começar uma nova fase.

– Principalmente abrindo caminhos para o diálogo…

HISTÓRIA

Mitidieri espera que ninguém esqueça esse episódio ‘triste’, mas ‘nós precisamos ter a maturidade para começar a dialogar’.

– Nesse momento a palavra certa é maturidade, disse.

CONVERSA

Fábio Mitidieri teve conversa amistosa com o senador Valadares (PSD) e desfizeram os desentendimentos através de provocações meramente eleitoreiras.

– Agora vamos trabalhar para cada um eleger seu candidato, disse.

ELIANE

Candidata a vice de Edvaldo, Eliane Aquino diz que ‘Temos um grande desafio, que é fazer política e não politicagem’.

– E ter uma gestão eficiente, transparente e inovadora, disse.

CAMPANHA

As ruas ainda não se agitam com eleições municipais, mas grupos na internet encenam um debate de assessores ou simpatizantes, que fazem insinuações grosseiras.

Só entre eles, de forma interna, o pau canta.

Notas

Progressão – O governador Jackson Barreto (PMDB) pediu que a cúpula da Secretaria de Segurança anunciasse que o Governo iria encaminhar, no próximo mês, o Progressão de Carreira dos Militares e, em janeiro, o projeto que altera para um salário mínimo a bolsa de estudos para quem estuda em academia fora do Estado.

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Desconforto – Segundo fonte da SSP, essa decisão do Governo teria provocado grande desconforto a algumas associações, ‘porque elas estavam alimentando lideranças que se aproveitavam dessa questão’. A decisão do governador Jackson Barreto, segundo a mesma fonte, ‘pôs fim a ação dos atravessadores’.

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Caiado – A atuação de Renan Calheiros e de parte do PMDB na manutenção dos direitos políticos de Dilma Rousseff foi a gota d’àgua para o líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado. Menos de duas horas após o impeachment ele já anunciou que não fará parte da base do governo e terá uma atuação independente. (fonte Radar)

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Roubando – O ex-presidente do STF, Joaquim Barbosa, voltou a criticar o processo de impeachment que afastou a presidente Dilma Rousseff. Ele chamou os partidos políticos de “facções” e afirmou, sem citar diretamente o PMDB de Michel Temer, que o grupo que tomou o poder o fez para se proteger e continuar roubando.

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Discurso – Em discurso inflamado no Palácio da Alvorada, duas horas após o Senado aprovar seu impeachment, a ex-presidenta Dilma Rousseff afirmou ter sido vítima de um golpe “misógino”, “homofóbico” e “racista”. Ela afirmou que não gostaria de estar na pele dos que “se julgam vencedores”.

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Previdência – O presidente Michel Temer justificou, ontem, algumas ações tomadas enquanto estava na interinidade, entre elas a proposta que cria teto para os gastos públicos, e disse que se não houver uma reforma da Previdência, “em poucos anos o governo não terá como pagar os aposentados”.

Conversando

Cazuza – Capitão Samuel diz que em Sergipe o PT abandonou o vermelho, a estrela e é unha e carne com o PMDB golpista. “Ideologia, quero uma pra viver”, Cazuza.

Contra – Michel Temer (PMDB) assume de fato a Presidência da República e deve enfrentar uma série de mobilização pública contra ele.

Velas – Antônio Samarone diz, via twitter, que voto do senador Valadares (PSB) não agradou aos novos aliados. ‘|O senador acendeu a duas velas’.

Povo de bem – Clovis Silveira diz que enquanto o povo de bem não entrar para a política, continuaremos elegendo corruptos que se passam por salvadores da pátria!

Confronto – Em seu discurso a ex-presidente Dilma parte para o confronto: “Haverá contra eles a mais determinada oposição que um governo golpista pode ter”.

Líder – Pelo discurso da ex-presidente Dilma, o também ex-presidente Lula da Silva perde força dentro do PT. Dilma assume a liderança do partido.

Adesão – Jurista Cezar Britto diz: Encerro esta triste fase da vida democrática como comecei: Não tatuei em minha História a marca da adesão golpista.

Trincheira – Cezar continua: “e assim seguirei no tempo, fazendo da advocacia a minha mais resistente trincheira de luta”.

Esdrúxulo – Maria Eugênia Déda diz que rasgaram a Constituição. Basta uma rápida leitura pra entender pela impossibilidade desse fatiamento esdrúxulo.

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