Aracaju, 20 de abril de 2024
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Marketing “pobre” de João e Valadares só beneficia Edvaldo!

A escola do Marketing Político preceitua que: “não é a propaganda que vai vencer uma eleição, e sim o candidato, mas ela tende a ajudar o próprio quanto a uma estratégia eficiente junto ao eleitorado para atendê-lo”. Em síntese, o profissional do marketing precisa se atentar para a realidade, para o momento político em que vivemos e, principalmente, precisa transmitir uma mensagem que as pessoas entendam e sintam que seus anseios sejam contemplados com aqueles programas eleitorais de rádio e televisão. Muitas vezes, o “marqueteiro” foca mais no perfil do candidato que, muitas vezes, diverge da maioria do eleitorado, que cobra uma campanha mais aguda.

Como a campanha eleitoral no rádio e tv este ano está mais curta, aí o desafio para o profissional do marketing é muito maior. Ele tem que sintetizar as propostas ainda mais e precisa realmente transmitir aquilo que as pessoas precisam ouvir ou querem sentir de seus respetivos candidatos. Na eleição municipal de Aracaju, entre os nomes mais cotados para chegar ao 2º turno, conforme as pesquisas eleitorais recentes, quem melhor tem se destacado é Edvaldo Nogueira (PCdoB). Mas não que o estrategista Carlos Cauê tenha feito uma “revolução” na campanha. É “mais do mesmo”, mas é esse “mesmo” que tem sido eficiente na maioria das últimas eleições. Cauê está um passo a frente pela sensibilidade que demonstra ter da realidade. O mesmo que aconteceu em 2014…

Por sua vez, temos duas outras propostas brigando pelo segundo turno que não transmitem no marketing exatamente aquilo que seus respectivos eleitores esperam. O prefeito João Alves Filho (DEM), por exemplo, que busca a reeleição, carrega consigo dois problemas: divide seu tempo entre a eleição e a gestão administrativa da PMA, onde enfrenta muitas dificuldades, e ainda faz no rádio e na tv uma de suas campanhas mais “pobres“, diferente dos pleitos anteriores, sem muitos recursos e, sobretudo, sem transmitir efetivamente suas realizações, distante do momento político e, visivelmente, sem qualquer mapeamento dos interesses e expectativas das pessoas.

Já Valadares Filho (PSB) comete o mesmo erro de 2012, quando também disputou a Prefeitura de Aracaju, lançado pelo então prefeito Edvaldo Nogueira, diga-se de passagem. O candidato do PSB acertou em fazer uma campanha mais propositiva, mas falta ao seu marketing fazer a leitura mais adequada da realidade política, sobretudo, do momento de transformações que o País atravessa e, principalmente, sobre a realidade administrativa em que o Estado se encontra. A mensagem que Valadares transmite em seu programa de tv e rádio é leve, mas muito fria, “pobre” e que não demonstra agregar valor junto ao eleitorado. Para exemplificar: em seu programa, Edvaldo o que seu eleitorado pensa sobre Valadares, mas neste caso, a “recíproca não é verdadeira”.

Como já fora colocado aqui antes, a campanha este ano é mais curta e o planejamento precisa ser muito mais objetivo. Mas nem por isso os princípios do Marketing Político precisam ser colocados de lado. Este colunista decidiu fazer o devido mapeamento nas ruas de Aracaju. O eleitorado, de uma forma geral, anda desestimulado com o processo político. Muitas pessoas não gostam de falar sobre o assunto e outros estão dispostos a votar em branco ou nulo na eleição que se aproxima. Mas quem se resume a comentar os programas no rádio e na tv deixa implícito que está insatisfeito com o que tem visto e ouvido. O eleitorado questiona porque este ou aquele assunto nunca é abordado por determinados candidatos.

Em síntese, a análise deste colunista sobre o marketing político da campanha não quer dizer que Edvaldo Nogueira está caminhando para a vitória, mas não se pode deixar de reconhecer que, neste aspecto, sua caminhada está a frente dos demais. Para se fazer justiça, nem sempre o candidato se adequa ou respeita o profissional do marketing para seguir suas orientações. Mas o segredo não é transmitir a mensagem que o próprio pensa, mas aquilo que as pessoas esperam. Discursos exaustivos cansam, não agradam. Os programas precisam ser atrativos, criativos e com uma mensagem forte, mas agressões ou excessos. Precisam, acima de tudo, transmitir credibilidade.

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