“Os empresários estrangeiros continuam com os olhos voltados para o nordeste brasileiro”, garante o diretor-secretário do Conselho Federal de Corretores de Imóveis (COFECI) e presidente do CRECI Sergipe, Sérgio Sobral. Mais uma vez, o mercado imobiliário sergipano foi representado no Salão Imobiliário de Lisboa (SIL), que ocorreu entre os dias 5 e 9 de outubro, no Parque das Nações, em Portugal. Foram dias de programação intensa promovendo a dinamização do setor através de debates, conferências, palestras, rodadas de negócios e exposições.
Paralelamente ao SIL, ocorreu o Encontro de Outono da Direção da Confederação da Construção e do Imobiliário de Língua Oficial Portuguesa (CIMLOP). Na ocasião, foram empossados os eleitos para o triênio 2016-2018 dos Órgãos Sociais da entidade, entre eles, Sérgio Sobral, que assumiu mais uma vez a vice-presidência. O deputado federal Valadares Filho foi reeleito representante oficial na Confederação. “Saber que Sergipe integra esta equipe é motivo de orgulho para nós. Nós podemos ampliar as redes de contato, partilhar informações, estimular a criação de parcerias e abrir portas a novas oportunidades e ideias de mercado”, frisou Sérgio Sobral.
A CIMLOP tem como um dos fundadores o Sistema COFECI-CRECI e é composta pelos corretores, imobiliárias, construtoras e todo o mercado imobiliário das nações integrantes. “Esse intercâmbio com países de língua portuguesa nos permite absorver experiências já vivenciadas com a retração do mercado imobiliário nesses países e compartilhá-las com os corretores de imóveis brasileiros”, pontuou Sobral.
Nordeste promissor
Nesta edição do SIL, durante seminário realizado pela Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), o diretor-secretário do COFECI ministrou uma palestra sobre o trabalho que foi realizado para reerguer o mercado imobiliário português e como tal experiência serve de inspiração para retomar o crescimento do setor no Brasil.
“Há algum tempo, o mercado imobiliário de Portugal passou por uma crise semelhante à que passamos hoje no Brasil. Ao angariar investidores estrangeiros, conseguiram contornar a situação e retomar o crescimento. O Brasil é um país de grande potencial e o Nordeste continua sendo a ‘bola da vez’, atraindo a atenção de muitos empresários por ser uma região que conta com sol o ano todo, mão de obra farta, praias nativas e outros fatores que favorecem os negócios. O Brasil ainda tem um déficit de aproximadamente 12 milhões de moradias. E mais: o valor da moeda também é um incentivo para os estrangeiros, que conseguem comprar imóveis e terrenos mais baratos no Brasil. Ou seja, temos muito trabalho pela frente”, afirmou Sobral.
Confiante, ele ressaltou também que uma das propostas da CIMLOP é interligar os mercados europeu, africano e asiático. “Identificamos quatro perfis de investidores: aquele que vem para construir, o que vem em busca da segunda moradia, o que investe em flats e resorts e, por fim, aquele que compra por especulação. As parcerias devem servir de inspiração e a meta é investir em feiras, salões, fundos imobiliários, rodadas de negócios e portais imobiliários. Isto é: aplicar aqui, especialmente no Nordeste, o mesmo trabalho que a CIMLOP realizou em Portugal. “Nós queremos trazer a Sergipe uma comitiva de empresários e investidores. Devemos ainda buscar mais apoio nas autoridades locais para criar uma estrutura de atração de investidores”, concluiu.
T.Dantas Comunicação e Marketing