Aracaju, 28 de março de 2024

ADMINISTRAR DIFICULDADES

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DIÓGENES BRAYNERplenario@faxaju.com.br

A presença de dezenas de prefeitos eleitos e reeleitos em Brasília é a fotografia exata da situação precária da maioria dos municípios sergipanos. Todos eles aflitos e tentando abrir portas para resolver problemas que já haviam detectado antes mesmo de disputar o pleito. Não dá para usar palavras doces em situações amargas: muitos dos que assumem em primeiro de janeiro não conseguirão limpar ruas durante três meses.

Como sempre acontece, esses novos prefeitos terão que aprender a usar pires nas mãos com a mesma habilidade e frequência com que os seus antecessores faziam. Será um período extenso de ‘sofrência’. O eleitor não vai entender isso. Todos eles foram eleitos prometendo resolver dificuldades, principalmente no que se refere a pagamento de salário.

Não conseguirão por em ordem a folha mensal porque, certamente, vão assumir o cargo tendo como herança maldita o atraso com servidores, que vivem de minguado salário. Será dramático. E todos os que foram a Brasília sentiram isso nas andanças pelos corredores do Congresso e até de alguns Ministérios. Alguns se animaram com a possibilidade das emendas orçamentárias, mas sabem que uma coisa é sugerir e outra, muito difícil, é liberar. O Governo Federal trancou os cofres e jogou as chaves fora.

A maioria das cidades não tem certidões porque está negativada. E, nesse estado, todas estão impedidas de receber recursos federais. Sem a perspectiva de grana junto aos Ministérios e conscientes de que as arrecadações municipais são raquíticas, como levar adiante o mínimo projeto que propôs ao eleitor para conquistar seu voto?

Será muito difícil administrar o caos, porque a recuperação da economia não dá sinais que se possa projetar algo melhor até o término do mandato. Nisso tudo, entretanto, fica apenas uma pergunta: Se sabiam das dificuldade, por que investiram tanto para elegerem-se e assumir problemas?

A política tem desses mistérios…

INFELIZ

Presidente do TCE, Clóvis Barbosa, disse ontem que João Gama foi infeliz ao dizer que decisão do TJ sobre pagamento do pessoal em dia, ‘deveria vir com o cheque’.

Segundo Clóvis, “Gama deveria pedir desculpas ao Tribunal de Justiça”.

APARECER

João Gama, secretário de Planejamento e Gestão, rebateu: “Clóvis quer aparecer” e acrescenta que se trata de um “negócio tão ridículo que não deveria ocupar a mídia”.

– Clóvis está chateado porque o TCE-SE é um dos que mais gasta no País, disse.

CONDÃO

Segundo Gama, se o Governo tivesse “um condão para conseguir recursos, éramos os primeiros a fazer o pagamento dentro da normalidade”.

– O que paga ao servidor não é decisão judicial, é caixa, disse.

EDVALDO

O candidato do PCdoB à Prefeitura, Edvaldo Nogueira, disse ontem que não compactua com corrupção e nem nunca se envolveu em nenhum caso de desonestidade.

– Fiz licitação do lixo em Aracaju e farei novamente, com seriedade.

VALADARES

O candidato do PSB, Valadares Filho, diz que Aracaju precisa de um choque de gestão para fazer os projetos saírem do papel e retomar o crescimento.

Diz que vai revitalizar o centro comercial para atender melhor ao povo.

PREFEITOS

A avaliação é de que os 74 prefeitos eleitos e reeleitos de Sergipe estão em Brasília e conversam com deputados federais e senadores, a busca de apoio e emendas.

O movimento nos gabinetes é grande.

PROBLEMA

Os novos prefeitos estão com sérios problemas em seus municípios, porque a maioria não tem certidão para adquirir recursos federais.

A situação desses municípios é muito difícil de solucionar.

PRISÃO

Segundo o deputado federal Fábio Mitidieri (PSD) a sensação da prisão do ex-presidente da Casa, Eduardo Cunha, é de que já era esperada para qualquer momento.

Não houve muita repercussão.

PODE AFETAR

Fábio Mitidieri admite que a prisão de Eduardo Cunha (PMDB) pode afetar setores do Governo, caso ele faça opção pela delação premiada.

Isso faz com que se crie alguma expectativa.

ELEIÇÃO

Falando sobre as eleições em Aracaju, Mitidieri acha que a primeira semana foi positiva para Valadares Filho. Mas a segunda semana favoreceu a Edvaldo Nogueira.

– A terceira semana ainda está em andamento…

CARMÓPOLIS

Caso haja uma outra eleição para escolha do novo prefeito de Carmópolis, o provável candidato será o deputado estadual Luis Mitidieri (PSD).

É o nome mais cotado do grupo que integra no município.

BAIXARIA

Membro do marketing de um dos candidatos a prefeito de Aracaju, falando em off, disse que Edvaldo e Valadares não baixaram o nível da campanha em seus programas de TV.

– Os grupos sociais e setores da imprensa é que promovem a baixaria.

PLANALTO

O senador Eduardo Amorim (PSC) esteve ontem no Planalto com prefeitos de Sergipe para tratar sobre problemas de municípios sergipanos.

Amorim fez um diagnóstico da situação de cada cidade.

EVENTO

Será realizado um evento em Aracaju, dia 02 de dezembro, em parceria com a UFS e a Caixa Econômica Federal para orientar todos os prefeitos eleitos e reeleitos.

Vai mostrar como agilizar obras e buscar recursos.

RICARDO

O empresário Ricardo Franco deve trocar o DEM pelo PP. Ele admira o estilo político do deputado Venâncio Fonseca, pela clareza nas suas decisões.

Ricardo anima-se para candidatar-se a governador em 2018.

ATUAÇÃO

Empresários sergipanos, que se reuniram com o governador Jackson Barreto para tratar sobre a questão do ICMS, gostaram da atuação de Ricardo Franco.

Seu projeto político para 2018 toma pé.

ASSUME

Sergio Viana é o novo secretário de Relações Política da Prefeitura de Aracaju. Assume em lugar do vereador eleito Juvêncio Oliveira.

Foi indicado pelo irmão, Robson Viana (PEN).

DANÇANDO

Segundo informa o repórter Amós Menezes, a Polícia Federal apreende documentos de Prefeituras sergipanas na seda da banda Aviões do Forró.

– Alguém poderá sair dançando, diz.

Notas

Suspensão – Agentes penitenciários ameaçam suspender visitas íntimas no sábado , no presídio de São Cristóvão . (Copencam) a medida seria por conta de algumas perseguições que agentes vem sofrendo por conta do Desipe, e da Sejuc , transferência indevidas , assédio moral,  e perseguições.

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Estratégia – Para evitar levar o noticiário da prisão de Eduardo Cunha para dentro do Planalto, a estratégia adotada pelo governo foi não comentar o episódio. “Se um ministro falasse, levaria o caso para o colo do governo. Seria uma estratégia errada”, disse ao Blog de Camarote um auxiliar do presidente Michel Temer.

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Muro – Circula na redes, segundo Ancelmo Góes, a pergunta difícil de responder: Da internet: Com a possível delação do Cunha o que será que fica mais barato: levar todo mundo para Curitiba ou fazer um muro em Brasília? Um muro gigante no centro do poder em Brasília talvez fosse a resposta mais certa.

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Dois temas – A prisão de Eduardo Cunha, ontem, trouxe à tona entre deputados outros dois temas, como a possibilidade de Cunha firmar um acordo de delação premiada e a especulação de que a prisão dele antecederia uma ordem de prisão do juiz Sergio Moro contra o ex-presidente Lula, também réu em processo da Lava Jato.

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Lula – Pesquisa realizada ontem pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), mostra a liderança do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na intenção de voto para eleição presidencial de 2018, tanto na intenção espontânea quanto na intenção de voto estimulada nos cenários para o primeiro turno.

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Rebatem – Associações de magistrados e de integrantes do Ministério Público rebateram ontem novas críticas feitas pelo presidente do TSE e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, à Lei da Ficha Limpa, norma que impede a candidatura de políticos condenados pela segunda instância da Justiça.

Conversando

Delação – A prisão de Eduardo Cunha (PMDB) ainda vai render muitas manchetes na mídia, caso ele decida por uma delação premiada.

Bomba – Eduardo Amorim é o homem-bomba que pode explodir e atingir a cúpula política do País. Muitas novidades virão por aí.

Baixaria – A campanha não mexe com o eleitor, mas irrita políticos dos dois lados que optaram pela baixaria nas campanhas de Edvaldo e Valadares.

Crise – A crise põe a cara com maior intensidade nos municípios sergipanos e apavora os novos prefeitos e até os reeleitos.

Tarantella – João Tarantella diz que Executiva Estadual do PMN atropelou sua decisão na Executiva Municipal: “eu não jogo no lixo o meu enfrentamento”.

Rebate – Presidente do PMN, Augusto César, rebate críticas de João Tarantella e diz que apoio a Valadares Filho foi escolha democrática dos filiados.

Vaquejada – A vereadora eleita Kitty Lima diz que vaquejada não é mais admissível. Lembra que na época da escravidão esse trabalho também era “cultura”.

Contas – Clóvis Barbosa alerta a prefeitos que o TCE estará fiscalizando com rigor o fechamento de contas de todas as gestões.

Exceção – O presidente do TCE, Clovis Barbosa, também diz que “a honestidade é que tem que ser a regra e a corrupção a exceção”.

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