Ana Lúcia acompanhou, ainda durante a sessão plenária, o pronunciamento com médico mastologista, Maurício de Aquino Resende no grande expediente. A palestra é parte da programação alusiva à Campanha Outubro Rosa.

O médico informou que apenas 27% das cirurgias de câncer de mama em Sergipe são realizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Após lamentar o dado, Ana Lúcia cobrou um modelo de saúde em que os serviços públicos sejam prestados à população com qualidade, seja na prevenção, seja no tratamento das doenças. “Se o SUS não está dando conta nem das cirurgias, nem do tratamento, nem da restauração, imagine agora com os cortes nas políticas públicas impostos pela PEC 241”, preveniu.

“À medida que uma nação tem políticas públicas que promovem a saúde, ela promove a cura. Historicamente, países da Europa e Leste Europeu tiveram uma política da social democracia, onde o Estado prioriza a política pública e, portanto, a saúde, a educação, a cultura, a assistência social, a segurança não são mercadoria”, exemplificou.

Em sua palestra, Maurício Aquino Resende relatou que o Hospital Universitário dispõe de estrutura para a realização do procedimento, porém, não possui material para isso, a exemplo da prótese de reparação da mama. Neste sentido, a deputada propôs que a Frente Parlamentar em Defesa das Políticas Públicas para as Mulheres apresente uma moção coletiva solicitando que os deputados federais e senadores de Sergipe apresentem emendas orçamentárias que destinem recursos para solucionar este problema no Hospital Universitário.

Também acompanharam a palestra representantes do Grupo Mulheres de Peito, da Associação dos Amigos da Oncologia (AMO), Comissão dos Direitos da Mulher da OAB, Academia Sergipana de Letras Jurídicas, além de outras entidades da sociedade civil organizada.

Por: Débora Melo