Aracaju, 26 de abril de 2024
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UM CENÁRIO DE DIFICULDADES

DIÓGENES BRAYNERplenario@faxaju.com.br

A primeira impressão, logo na manhã de ontem, é que as tribos desceram do palanque. Natural que houvesse discursos via emissoras de rádio, mas que passaram rápido. Os grupos sociais silenciaram. Não se viu euforia nem lamentações, até porque não é o momento de se identificar culpados. Agora cabe a Edvaldo preparar sua equipe de transição e iniciar o processo de posse, que se dará em primeiro de janeiro.

Já no domingo à noite, depois do resultado, se sentiu o clima de aceitação das urnas. No Instagram, uma das equipes de marketing fotografou momento feliz de descontração. Em uma fotografia do grupo, lia-se: “estamos derramando lagrimas de vinho”. À mesa, vários rótulos importados de bons tintos cabernets. Sinal de que estavam todos bem assimilados.

Agora é seguir adiante. Preparar a transição, cuidar da Câmara Municipal e partir para o trabalho árduo de por as coisas em seus devidos lugares. Seria muito bom despolitizar a escolha do secretariado, colocando ‘capazes’ e não ‘capatazes’ das composições políticas, para que se conduza a administração com extrema seriedade. Ninguém imagine que encontrará facilidades pela frente, mas um ‘em trem de dificuldades’ que se tem de por em ordem para evitar o descarrilamento. Não será fácil.

Repito aqui o que disse antes: há crise. E é profunda. Dificilmente haverá um mínimo de equilíbrio nos primeiros seis meses, a ponto de se começar a enxergar alguma luz no final do túnel.

VIAGEM

O prefeito eleito Edvaldo Nogueira (PCdoB) participou de várias reuniões ontem e já trata sobre a formação da equipe de transição.

Edvaldo viaja amanhã para descansar. Durante a campanha ele perdeu 6 quilos.

VALADARES

O deputado federal Valadares Filho (PSB) também viaja amanhã e retorna no início da próxima semana. Acha que passa a ter maior responsabilidade com Aracaju.

– Agora é olhar para frente e fortalecer o partido.

RETORNA

Valadares Filho reassume o mandato na Câmara Federal e diz que ficará vigilante em relação à Prefeitura de Aracaju, fazendo uma oposição responsável.

Valadares perdeu sete quilos durante a campanha.

JACKSON

O governador Jackson Barreto, em discurso na festa de Edvaldo Nogueira, já mandou um recado forte para o deputado Robson Viana (PEN), que ficou contra ele.

Vai afastar todos os indicados por ele da Administração.

EQUÍVOCO

O maior equívoco da maioria dos políticos que apoiou Valadares Filho – incluindo-se o marketing – foi imaginar que o governador Jackson Barreto estivesse morto.

Jackson é a maior liderança de Aracaju. Um fazedor de prefeitos.

RESISTÊNCIA

Políticos ligados a Jackson Barreto não concordam que a vitória de Edvaldo Nogueira em Aracaju tenha sido por força da ‘resistência democrática’.

– A vitória foi da militância que acompanhou Jackson Barreto, disse.

MUDANÇAS

O governador Jackson Barreto fará mudanças em sua equipe já, com o objetivo de oxigená-la. Isso passa a ser uma necessidade urgente.

Percebe-se que o Governo não está uníssono…

EMENDA

O secretário João Augusto Gama (Seplag) diz que se a bancada federal não ficar de alerta, o senador Valadares (PSB) retira a emenda impositiva para Aracaju.

– Se não tiver cuidado ele transfere para a Codevasf.

CÂMARA

Vereadores eleitos já começam a tratar sobre a Presidência da Câmara de Aracaju. O prefeito eleito Edvaldo Nogueira tem 10 aliados e faltam três para eleger a mesa.

A futura bancada acha que não será difícil.

VIOLÊNCIA

A deputada Ana Lúcia (PT) cobra dos senadores sergipanos uma posição firme para tratar sobre a violência em Sergipe.

Não basta critica, têm que fazer suas partes.

OPOSIÇÃO

A atuação de oposição tem que ser revista para o bem do eleitor que também votou em seus representantes. Não deve ficar extasiada pelo fracasso do adversário.

A questão da violência é de todos, porque só a crítica prejudica o povo.

EXONERA

A Prefeitura de Aracaju vai exonerar CCs, reduzir o expediente e devolver servidores requisitados. A medida é para reduzir gastos.

A prioridade é pagar a folha de pessoal até dia 31 de dezembro.

AMORIM

O senador Eduardo Amorim (PSC) arruma as malas para ingressar no PSDB, não o fez ainda porque tem coisas a resolver no seu atual partido.

Retorna ao Senado, depois do recesso de final do ano, já na bancada tucana.

PARA 2018

As lideranças políticas que tem pretensões para o pleito de 2018 já começa a se preparar com esse objetivo, a fim de cair em campo.

Eduardo pensa em disputar o Governo do Estado.

CONDENADOS

Um dos vereadores afastados do mandato por decisão judicial acha que foi ‘condenado’ antes mesmo da conclusão do processo.

– A derrota nas urnas ocorreu em razão do afastamento, disse.

PREJUDICAR

O vereador admite que o afastamento de suas atividades parlamentar, sob acusação de uso indevido da verba de indenização, próximo ao pleito teve o objetivo de prejudicar.

– O povo antecipou a sentença, disse.

NÃO PRECISARIA

Segundo ainda o vereador, a Câmara Municipal funcionaria normalmente com apenas 14 vereadores, os quais podem votar até uma lei complementar.

– Só não pode votar lei orgânica, ensinou.

ASSEMBLEIA

Com o final das eleições, abriram-se apenas três vagas na Assembleia, com vitória dos deputados Gilson Andrade, Valmir Monteiro e Padre Inaldo.

Assumem Tijói Barreto, Gilmar Carvalho e Moritos Matos.

PREFEITOS

A maioria dos prefeitos, mesmo os que conseguiram equilíbrio razoável nas contas, já estão conscientes de que não entregarão suas Prefeituras sem dívidas.

Esforçam-se para pagar a folha dos servidores.

Notas

Pedrinho – Vereador Pedrinho Barreto, durante sua posse na Câmara Municipal, disse que se inspirava no modo correto do ex-governador Gilton Garcia, que estava no ato: “Foi então, bem moço, que fui fascinado pela política partidária”. A sua colocação foi retribuída pelos aplausos dos demais convidados.

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Caciques – O ex-presidente José Sarney (PMDB) e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), importantes caciques políticos nordestinos, saem derrotados, respectivamente, das eleições em São Luís e Maceió. Os dois não conseguiram eleger os candidatos a prefeito que apoiavam nas capitais dos seus Estados.

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Inchaço – Jornalista Marcio Rocha conclui que ‘enquanto não houver o enxugamento da máquina pública, as administrações de estados e municípios continuarão sendo inviabilizadas. O modelo atual, que promove o inchaço das contas públicas, irá obliterar as finanças de qualquer ente da federação, inclusive a própria’.

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WhatsApp – STF abriu inscrições para participação em audiência pública determinada a discutir bloqueios judiciais do WhatsApp. Ainda sem data definida, a sessão será utilizada para ajudar o ministro Edson Fachin, relator de ação sobre o tema, a entender se é possível quebrar o sigilo das mensagens de usuários específicos.

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Fies – O prazo para a renovação de contratos do Fies neste segundo semestre foi prorrogado para 15 de dezembro. O processo seria encerrado ontem. De acordo com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), dos 1,5 milhão de estudantes que devem renovar o financiamento, 980 mil o fizeram ontem.

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Emprego – Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse ontem que com a confiança na economia brasileira aumentando, há indicações de retorno do crescimento em 2017. Em entrevista ao programa A Voz do Brasil, ele disse que o crescimento econômico trará como “consequência natural e inevitável” a retomada do emprego.

Conversando

Redes – Os grupos apaixonados que circulam na Internet geralmente não convencem o eleitor através das agressões e tentativa de desmoralizar o candidato.

Fatos – Esses grupos e redes são mais eficientes quando divulgam fatos e fazem da informação um serviço significante para a população.

Cobrança – Capitão Samuel avisa que já a partir de janeiro vai cobrar tudo que foi promessa de Edvaldo Nogueira, não dará nem seis meses de confiança.

Cavo – Na realidade a Cavo iria parar na segunda-feira da semana passada, mas atendeu a pedido de um senador para esperar o pleito passar.

Natal – A radialista Magda Santana informa que André Brito, assessor da Energisa, diz que tudo sinaliza para que este ano não tenha o famoso Natal Iluminado da Sementeira.

Reveillon – Para Magda, Seguindo o raciocínio de que não terá decoração na cidade e nem o Natal da Energisa na Sementeira, ‘também não teremos Reveillon’.

Forro-caju – O coronel Henrique Rocha sugere: “já que não temos mais pre-caju, poderíamos sobreviver também sem o carnaval e sem o forro-caju”.

Varreu – Sargento Edgard pergunta: “e agora, vamos chamar quem de golpista?” O povo através do voto, praticamente varreu o PT da política.

Direita – Com resultado do segundo turno, o Brasil dá uma guinada radical à direita. Partidos de esquerda vão ter que recomeçar.

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