Aracaju, 18 de abril de 2024

“BANANEANDO” PARA O POVO

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DIÓGENES BRAYNERplenario@faxaju.com.br

Há uma angústia no País, pela incerteza de como estará o Brasil já no próximo ano. Nada que seja tão diferente dos Governos de Lula e Dilma. Há uma depressão geral, porque a crise econômica dá sinais de que pode se aprofundar e a corrupção – que antes se vendeu como exclusividade petista – atinge vários outros partidos e expõe legendas como PMDB, PSDB e outras.

As delações de ex-executivos da Odebrecht põe no mesmo saco os mesmos políticos que combatiam exageros ilícitos do PT. Eles passaram a integrar a linha de frente de uma quadrilha de propineiros bem organizada, que hoje quer definir o que seja moral e bons costumes. Por trás deles, exóticos codinomes, natural entre assaltantes de bancos e traficantes.

O Governo tenta melhorar sua imagem ‘bananeando’ para o povo e presenteando a elite com projetos que a favorecem. A má política (feita, lógico, por maus políticos) começa a influenciar na questão econômica e, quando isso acontece, dificulta encontrar o melhor caminho para fazer chegar ao povo a brisa das mudanças. O presidente Temer não transmite confiança e o seu ministério se bate sem encontrar a porta de saída.

Sergipe, o menor Estado da federação, sofre consequencias de tudo isso. Um comércio retraído na época que mais se compra, em consequência de atrasos de salários, onde se inclui o décimo terceiro, e pela prudência nos gastos com receio do que venha a acontecer já no início do próximo ano. Sem o mercado girar há queda na produção. O desemprego bate à porta e apavora a quem vive de parcos salários.

O quadro é quase de desespero, com as pessoas ficando sem planos de saúde, apelando para o ensino público, trocando seus carros por ônibus e reduzindo o consumo de alimentos. Um Deus nos acuda que o Temer e seus aliados não se sensibilizam para resolver uma situação emergencial. As classes sociais vêm decaindo em consequência da incompetência, da falta de visão e da desonestidade de alguns poucos que se mantêm no ápice da pirâmide. Estamos todos entrando em um colapso fatal.

REFORMA

O governador Jackson Barreto (PMDB) já conversa internamente sobre mudanças no Governo, que devem ser anunciadas até o final de dezembro.

Não ainda um nome para a Fazenda, em lugar de Jéferson Passos.

TÉCNICO

Passa pela cabeça do governador Jackson Barreto convidar um técnico do Tesouro Nacional para a Fazenda, como fez o governador de Alagoas, Renan Filho.

O novo secretário teria mais acesso em Brasília a favor do Estado.

PEC DE GASTOS

Os senadores sergipanos Valadares (PSB) e Eduardo Amorim (PSC) votaram favoráveis a chamada PEC de gastos, que limita em 20 anos as despesas do Governo.

Virgínio Carvalho (PSC) não registrou voto.

CRITICA

O deputado federal Valadares Filho (PSB) posta que “infelizmente começamos a ver o filme se repetir”. Referia-se à nomeação de Mendonça Prado para a Emsurb.

– A política tomará conta de um órgão tão importante para Aracaju, disse.

MITIDIERI

Deputado Fábio Mitidieri (PSD) diz que o seu partido não está dando muita importância às especulações sobre formação de chapa majoritária para 2018.

Acha que é prematuro falar sobre isso agora.

PRESIDÊNCIA

O PSD tem dois vereadores eleitos que disputam a Presidência da Câmara Municipal – Nitinho e Evando Franca. Mitidieri diz que apóia os dois e eles se apóiam.

– Mas, se for da vontade de Edvaldo o nome de outro partido, o PSD apoia, disse.

VINÍCIUS

O atual presidente da Câmara, Vinicius Porto (DEM), também trabalha pela reeleição para continuar comandando a Casa e conversa com atuais e futuros colegas.

Diz que a oposição tem 14 votos e acredita que pode conquistá-los.

ENCONTRO

Clovis Barbosa (PSB), ao lado do vice José Carlos Machado (PSDB) esteve ontem com Ricardo Franco. Clovis o convidou para ingressar no partido.

As conversas vão continuar até decisão de Ricardo.

PARTIDO

Ricardo Franco está sem partido mas sugere que primeiro se faça um grupo que assuma compromissos de administrar o Estado para depois pensar em legenda.

Mesmo sabendo que sem partido nenhum projeto político funciona.

DIFÍCIL

Apesar de certo alívio no final do ano, as Prefeitura de Sergipe, com poucas exceções, vão deixar dívidas para o sucessor que terá dificuldades para colocá-las em ordem.

A dedução é de um técnico qualificado do TCE.

FISCALIZA

Além disso, os novos prefeitos serão mais observados pelos órgãos de fiscalização e terão sobre eles ações da PM, PF, MPF, MPE, TCE e TCU. Um inferno.

Todos estarão de olho nos atos e ações administrativas.

ARREPENDIDOS

Segundo o técnico do TCE, em julho do próximo ano, parte dos novos prefeitos vai sentir um desgaste grande com as cobranças de cada cidadão dos municípios.

Tanto que alguns podem se arrepender de ter sido eleitos.

APREENSIVOS

Deputados estaduais de Sergipe estão apreensivos com o momento em que o País vive, sob delações e envolvimento de políticos com a empresa Odebrecht.

Segundo um parlamentar, tem muita gente assustada.

ESTADO

Há também uma preocupação com o Estado e os município, disse o parlamentar, porque a situação continua difícil e com poucos sinais de recuperação.

– A crise política não pode sufocar a economia, disse.

NATAL

Empresário da área do comercio disse ontem que a expectativa da classe é que haja uma melhora nas vendas a partir deste próximo final de semana

Explicou que sempre ocorreu isso durante o Natal.

COMPARAÇÃO

Até segunda-feira, o indicativo de vendas deste ano mostrava índices inferiores ao do ano passado, o que vem frustrando os donos de lojas.

A queda é de 05%, mas espera-se uma recuperação até o dia 30.

A FAVOR

Um deputado federal falou em off que no processo do impeachment de Dilma Rousseff (PT), votou favorável ao seu impedimento para presidir o País.

– Hoje, se houvesse um impeachment de Temer, também votaria a favor.

Notas

Abuso – Segundo Andréia Sadi, o cálculo dos senadores em relação ao projeto de Abuso de Poder, é de que essa é uma briga pessoal do Renan, que eles não têm por que assumir agora. E defendem que seja retomado ano que vem. (NP) – Com certeza a maioria dos senadores pretendem desistir de aprová-la.

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Concessões – Governo terá que fazer mais concessões a aliados e deve adiar a nomeação do substituto de Geddel Vieira na articulação política. Cotado para assumir a vaga, deputado Antonio Imbassahy se transformou no maior alvo do chamado ‘centrão’, grupo que representa cerca de 200 deputados e disputa a presidência da Câmara.

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Reformula – O plenário do Senado aprovou ontem o projeto de lei que reformula a Lei de Licitações e contratos com a administração pública. O projeto faz parte da chamada Agenda Brasil, que tem por objetivo dar celeridade a matérias que possam auxiliar na retomada do crescimento econômico e da geração de emprego.

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Bate-boca – Após mais um bate-boca entre o juiz Sério Moro e os advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) saiu ontem em defesa do magistrado e criticou os responsáveis pela defesa do petista. A nota foi assinada pelo presidente da entidade, Roberto Veloso.

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Histórica – A aprovação da PEC que limita crescimento dos gastos públicos é uma medida histórica que segurará o crescimento da dívida pública brasileira, disse há pouco o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Em entrevista coletiva, o ministro disse que a realidade mostrou que as previsões do governo estavam corretas.

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Disposto – O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse ontem que o Ministério Público “passou a fazer política” e que isso prejudica a função “de ser fiscal da lei”. Renan também fez críticas ao vazamento de delações premiadas na Operação Lava Jato e se mostra disposto a enfrentar os procuradores.

Conversando

Junior Torres – Estranhamente, hoje (ontem) 13 de dezembro, é aprovado a PEC do mal, que congela durante 20 anos investimentos em saúde, educação e outras áreas.

PEC – Para senadores de oposição, PEC do golpista Temer, que congela por 20 anos gastos públicos em educação e saúde é maior retrocesso aos direitos do povo.

Turbina – O governo anunciará, nos próximos dias, um conjunto de medidas para turbinar a economia e desviar o foco da crise política.

Refis – A ajuda aos empresários poderia vir da reabertura de um novo Refis para parcelamento de dívidas com a Receita.

Espaço – Mendonça Prado vai ocupar e Emsurb e diz que regra precisa ser cumprida para ocupação de espaços públicos por ambulantes.

Em ordem – João Alves Filho critica privilégio dado pela União aos governos estaduais e diz que trabalha para deixar município em ordem.

Trabalhar – Prefeito João Alves Filho também afirma que pretende trabalhar até o último dia de vida, pois se considera um “workaholic” (pessoa viciada em trabalho).

Recado – Ana Lúcia avisa a Benedito Figueiredo que Lula foi o único presidente a tirar 40 milhões de pessoas da linha de pobreza.

Pedalada – Tiraram Dilma Rousseff da Presidência porque ela pedalava, mas colocaram Michel Temer que sequer anda de bicicletas.

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