Aracaju, 6 de maio de 2024
Search

Sindpen solicita à Alese instauração de CPI na Secretaria de Justiça de Sergipe

Pedido foi feito durante audiência pública realizada nesta quinta-feira,15

Durante a Audiência Pública realizada na Sala das Comissões da Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese) nesta quinta-feira, 15, o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários e Servidores da Sejuc (Sindpen), Luciano Nery, solicitou a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Secretaria de Justiça para verificar as diversas irregularidades existentes na pasta. A reunião contaria com a presença do secretário Antônio Hora, mas ele não compareceu.

“Acionamos a Alese para fazer a CPI para realmente verificar as irregularidades que existem lá, como desvio de cargos, pagamentos indevidos, dispensa de licitação em vários contratos, entre outras”, afirmou Luciano Nery.

Segundo ele, os deputados estaduais presentes, entre eles Georgeo Passos, idealizador da audiência pública, aprovaram a iniciativa e se comprometeram a levar o pedido para o plenário depois do recesso.

“Nós colocamos a situação, o colapso do sistema prisional, as faltas de investimento na última década. O governo precarizou o sistema para justificar uma terceirização”, pontuou o presidente do Sindpen.

Audiência pública

Superlotação, profissionais mal remunerados e sem segurança, presídios com guaritas desativadas e falta de regime semiaberto foram alguns dos pontos discutidos durante a reunião.

Para o deputado Georgeo Passos, o sistema prisional atingiu um patamar que pode ser definido como ‘caos’. Ele também lamentou a ausência do secretário de Justiça Antônio Hora. “O Estado não tem mais onde absorver esses delinquentes. Se deixou o sistema prisional chegar a um nível e não há mais segurança nem mesmo para os agentes penitenciários”, disse.

O presidente do Sindpen destacou que a categoria está desmotivada por conta do descaso com a segurança dos agentes e por possuir uma das remunerações mais baixas do funcionalismo público.

“O sistema está um caos, temos presídio sem nenhuma guarita funcionando. Há celas planejadas para oito detentos, mas que abrigam entre e vinte e vinte e cinco detentos. Temos unidades superlotadas e o Estado não inaugura a unidade de Areia Branca, com capacidade para 395 detentos, porque não realizou concurso”, pontuou Nery.

NV Comunicação

Leia também