A senadora licenciada Maria do Carmo Alves (DEM) – que retorna ao cargo ainda este mês – defendeu hoje (5) uma ampla discussão sobre a caótica situação do sistema prisional brasileiro. “As penitenciárias são verdadeiros barris de pólvora. As estruturas são desumanas, a começar pela superlotação. Elas não cumprem o seu papel ressocializador”, lamentou a democrata.

A difícil situação, ressaltou Maria, é registrada em todo o país. “Em Sergipe, assistimos diversas fugas, expondo toda a sociedade a riscos. Na semana passada, assistimos àquela barbárie em Manaus com a chacina de diversos detentos. É um quadro bastante preocupante e exige de todos nós uma reflexão e medidas urgentes para que possamos encontrar uma alternativa que vise minimizar os impactos disso”, afirmou a senadora.

Para ela, faz-se necessária – e de forma urgente – a elaboração de uma agenda para a construção de debates e de iniciativas que contribuam para essa mudança de quadro. “O Conselho Nacional de Justiça, através da sua presidente, a ministra Carmem Lúcia, tem prestado um relevante serviço, ao fazer visitas surpresas a presídios do país”, destacou a senadora.

Além do alto custo de um preso, de acordo com Maria do Carmo, as penitenciárias são extremamente deploráveis e não promovem a devida cidadania. “Os presídios são verdadeiros depósitos de gente. São pessoas que vivem no ócio e que por isso não constroem e nem conseguem sair dessa condição miserável que lhe fora imposta, por uma série de fatores de ordem político-econômica e social”, disse.

Segundo a parlamentar, “no Senado, vamos defender uma debate amplo. Buscar especialistas e tentar montar uma agenda que consiga atender as essas demandas. Não é uma discussão fácil; é uma luta extremamente árdua, mas precisamos ter a coragem de sair da zona de conforto para encará-la, na perspectiva de criarmos uma cultura prisional menos nociva e mais humana”.

Da assessoria