Aracaju, 19 de abril de 2024
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Transferência de Saumineo provoca troca de farpas entre Jackson e Amorim

O governador Jackson Barreto mostrou profunda indignação com a notícia da transferência do superintendente estadual do Banco do Nordeste, Saumineo Nascimento, para Alagoas. A transferência tem a influência política direta do Senador Eduardo Amorim que deseja trazer para Sergipe Antônio César de Santana, para ocupar o lugar de Saumineo.

Para o governador, trata-se da consolidação de um golpe que o irmão do senador, o empresário Edvan Amorim, realizou no Banco do Nordeste de Minas Gerais e que tenta agora trazer o problema para a agência do Banco do Nordeste em Itabaiana e resolvê-lo com a complacência do superintendente indicado pelo irmão.

“Em 2014, Edvan Amorim pegou R$ 100 milhões emprestados no Banco do Nordeste em Minas Gerais pra comprar bois. Nunca comprou boi nenhum. Usou esse dinheiro na campanha de Eduardo Amorim para governador. Perdeu a eleição e agora não tem como pagar. Alega falência e quer se beneficiar de um perdão que o Governo Federal deu àqueles que tomaram empréstimos no Nordeste e perderam tudo com a seca. Uma malandragem digna de Al Capone. Tentou trazer a operação do empréstimo de Minas Gerais para Itabaiana para facilitar seu intento, mas foi barrado pelo Tribunal de Justiça a pedido do Banco do Nordeste daqui. Agora encontrou essa saída de mudar o superintendente para resolver seus problemas. Senador Eduardo Amorim, deixe de ser um falastrão irresponsável que vive acobertando os golpes do seu irmão”, disse o governador Jackson Barreto.

JB disse ainda que o senador Eduardo Amorim adota uma postura perante a opinião pública dizendo-se um homem ético, mas que isso é da boca pra fora. “Eduardo Amorim falando parece um santo, mas ele é o maior beneficiário dos diversos golpes do irmão. Ele usa seu mandato para acobertá-lo, pois se beneficia de todas as malandragens. Tenta o senador agora consolidar o golpe com a transferência de Saumíneo”, alertou o governador.

“Todos os setores produtivos do estado foram beneficiados pelo trabalho de Saumineo Nascimento, seja a indústria, o comércio, a agricultura e os serviços. Por que tirar um executivo que tanto ajuda o desenvolvimento de Sergipe? É para trazer alguém que aceite calado a transferência do processo do empréstimo de R$ 100 milhões que tomou no Banco do Nordeste de Minas Gerais e não pagou? Achou pouco as carretas com os laranjas? Achou pouco as propriedades em nomes de laranjas? Achou pouco o escândalo do Banestado no Paraná onde Edvan Amorim foi condenado pela Justiça? O povo de bem de Sergipe precisa se unir e não aceitar esse golpe”. Jackson finalizou ironizando: “E viva a ética do senador Eduardo Amorim”.

Nos grupos – As declarações do governador Jackson Barreto (PMDB) provocou uma movimentação nos grupos de WhatsApp neste domingo (08). O grupo “Café com Política” conseguiu fazer a pauta de sites de notícias, após umas publicações feitas pelo empresário Edvan Amorim, em resposta ao governador Jackson Barreto.

Edvan acusou que Jackson Barreto estaria recebendo propina de empresário: “não tomei nenhum empréstimo no BNB, e esse governador de plantão não aguenta uma delação de um empresário ligado a história do lixo de Aracaju e muito menos de uma agência de publicidade. Aliás, quem recebe dinheiro de empresário no privado escondido não tem moral para nada”.

Segundo Edvan Amorim, “esse governador já o conheço muito quando só andava atrás de mim e do meu dinheiro. Quem recebe dinheiro de empresário no privado, às escondidas não sou eu. Este governo passará para história de Sergipe como o mais corrupto de Sergipe e só iremos saber a verdade quando esse ele terminar. Aliás, quem recebe dinheiro de empresário no privado escondido não tem moral para nada”, disse.

Edvan Amorim concluiu afirmando: “pois é! Mas comigo é mais embaixo, conheço Jackson e todos a serviço, e repito: esse governo quando terminar virá a público todas as mazelas e corrupção das mais variadas formas. E mais, difamar a mim e minha família, não ficará sem resposta, não vivo de política e muito menos do poder público, quem paga minhas contas sou eu diferente de muitos que se dizem arautos da moralidade. Não tenho nenhum medo dele, respeito a função pública do governador, mas ele se dê ao respeito para ser respeitado”.

Munir Darrage

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