Aracaju, 25 de abril de 2024
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DIA DA ÁGUA É MARCADO DE LUTA CONTRA PRIVATIZAÇÃO DA DESO

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Por: Iracema Corso

Da porta da Companhia de Saneamento DESO, passando pelas ruas do Centro até a Assembleia Legislativa de Sergipe, a Caminhada pela Água reuniu trabalhadores, movimento sindical e social na manhã desta quarta-feira, dia 22 de março, Dia Internacional da Água.

Professor Roberto Silva, vice-presidente do SINTESE e Diretor de Formação da CUT/SE, chamou a população de Sergipe a reagir contra a privatização da DESO, o fim da previdência pública e dos Direitos Trabalhistas. “Pela valorização dos servidores públicos massacrados pelo governo Jackson, o governador insiste em massacrar os servidores públicos e agora quer entregar a DESO a empresas multinacionais que querem controlar a água em Sergipe. É importante que as trabalhadoras e trabalhadores estejam unidos contra a privatização da DESO e a Reforma da Previdência e Trabalhista”.

Além dos trabalhadores da DESO que participaram massivamente do ato, dirigentes de vários sindicatos participaram da caminhada e prestaram seu apoio, a exemplo do SINDIJUS. “Parte dos trabalhadores assumiram o discurso do golpe e achavam que o golpe era contra uma cor e contra um partido. Hoje a população já reconhece que este golpe é contra todos os trabalhadores seja através da Reforma da Previdência – que retira direitos de todos do setor público ou privado; a Reforma Trabalhista, que faz que a gente retorne ao período anterior ao de Getúlio Vargas em relação ao direito dos trabalhadores; ou seja pela terceirização. É um conjunto de projetos tramitando contra os trabalhadores… Nós que estamos aqui na rua já compreendemos esta dimensão do golpe, mas toda a população precisa compreender”, alertou o dirigente Gilvan Santos (SINDIJUS).

Servidor da DESO e ex-presidente da CUT, Antônio Góis afirmou que privatização não é solução. “O processo de privatização sempre foi contaminado pela corrupção. Por isso estamos fazendo este debate sobre o serviço público de saneamento. Água é vida e privatizar a Deso é golpe. Não admitimos que Jackson Barreto vá renegociar a dívida do estado vendendo o patrimônio do povo, não aceitamos que ele caia de joelho e aceite as imposições do governo federal”.

Professores que estão em greve geral, por tempo indeterminado, desde o dia 15, formaram uma multidão dentro da Caminhada pela Água, havendo dirigentes do SINDIPEMA e SINTESE. “Fora, Temer. Vaza, Jackson. É mais um dia em que a classe trabalhadora vem as ruas dialogar com os trabalhadores do comércio e dizer que precisamos trazer todos os trabalhadores pra rua. É tempo de golpe. Temos que ocupar as ruas. Se esta Reforma da Previdência passar vamos morrer sem nos aposentar”, dialogou a presidente do SINTESE, Ivonete Cruz, ao passar pelas ruas do Centro.

Presidente da CUT/SE, o professor Rubens Marques afirmou que a atuação do SINDISAN no combate à Privatização da DESO não começou agora. “Quando pouca gente imaginava que era possível que o governo quisesse privatizar a DESO, Sérgio passos já estava antenado. Quando o primeiro edital foi publicado, ele já puxou uma audiência pública. No tempo certo, o sindicato reagiu. Se não fosse isso, eu não sei se nós tínhamos fôlego. Jackson já começou a sentir o peso da reação não só dos trabalhadores da DESO, mas de Sergipe. Por conta de uma ação competente do SINDISAN”.

Em frente à Câmara de Vereadores, o presidente do SINDISAN, Sérgio Passos agradeceu o apoio dos vereadores. “Para privatizar a DESO é preciso que a Câmara de Vereadores autorize a concessão à iniciativa privada Isso resulta de um projeto de lei do ex-vereador e fundador da CUT Goisinho. Ontem tivemos um debate com os vereadores desta Legislatura. Estão todos contra a privatização da DESO. Foi um bom debate. Aviso à população que caso a DESO seja privatizada, já no primeiro mês, teremos um reajuste nas contas de 32%, porque será cobrado ICMS, PIS e COFINS”, acrescentou.

Dirigente do SINERGIA, Gilton Santos falou sobre os efeitos da privatização. “Quem sabe onde estão os R$ 580 milhões da venda da Energipe? Ninguém sabe. Então nós somos contra a privatização. O que significa privatização para a gente? Aumento nas contas, serviços mau prestados, trabalhadores sendo chicoteados todo dia, demissões… Nós tínhamos 1.400 funcionários quando a empresa foi privatizada, em 1998, hoje temos mais de 700 mil clientes de energia no estado de Sergipe, e em 2017 a empresa ainda tem menos de mil funcionários. Isso é o que representa o capital privado tomando conta do bem público do povo. O povo é massacrado”.

Foto assessoria

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