DIÓGENES BRAYNER – plenario@faxaju.com.br
Para o cientista político Mutillo Aragão, a delação da Odebrecht atingiu vários partidos políticos, em especial PT, PMDB e PSDB. Envolveu, ainda, os principais nomes da corrida sucessória de 2018, como o ex-presidente Lula, o senador Aécio Neves, o ex-ministro José Serra e o governador Geraldo Alckmin.
Alvo de seis pedidos de investigação criminal enviados pelo ministro do Supremo STF Edson Fachin para a primeira instância, Lula reafirmou sua candidatura à Presidência no próximo ano.
No PSDB, os três ex-candidatos do partido ao Palácio do Planalto também enfrentam problemas. Fachin abriu cinco inquéritos contra Aécio Neves. José Serra foi acusado por um dos delatores de ter recebido R$ 4,5 milhões. Três delatores afirmaram à Procuradoria Geral da República que o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), usou o cunhado para pegar R$ 10,7 milhões da Odebrecht.
O PT continua altamente dependente de Lula. Fragilizado, pode diminuir ainda mais de tamanho nas próximas eleições. Nas eleições municipais de 2016, perdeu 60% do número de prefeituras conquistadas pelo partido, em comparação com 2012. Em 2014, a legenda já havia elegido 18% menos deputados federais na comparação com 2010.
Qualquer partido poderá, então, fazer outro questionamento à Corte: pode um réu concorrer à Presidência? O problema é que no PT não há outro nome com chances. Sem Lula, o partido pode ser forçado a apoiar candidato de legenda diferente.
Apesar dos reveses sofridos pelo PSDB, começa a surgir uma nova opção para a legenda: o prefeito de São Paulo, João Doria. Conforme avaliou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, não é possível antecipar quem será o candidato do partido em 2018 porque não se sabe quem ficará de pé até lá.
AGILIDADE NA OPERAÇÃO
Quando aconteceu a exoneração do delegado-geral Alessandro Vieira, e o pedido de demissão do João Baptista da SSP, a Operação Babel já tinha os resultados.
Os quais vazaram para a imprensa horas depois do ato.
POSIÇÃO DE JOÃO ELOY
Com as declarações do secretário João Eloy de que não permitiria informações à mídia de investigações em andamento, os resultados surgiram bem mais rápidos.
Os repórteres foram mais velozes que a decisão.
NADA QUE SURPREENDA
A participação de empresas privadas que atuam nos municípios e nos Estados jamais deixou de acontecer para ajudar campanhas eleitorais em todo o País.
Geralmente “presenteavam” os dois candidatos que polarizavam.
COMO SE EXPLICAR
Claro que todos os citados e diretamente envolvidos na Operação Babel terão que se explicar sobre tudo que foi divulgado. A opinião pública quer respostas.
Mesmo que o uso do Caixa dois tenha sido banalizado em todos os pleitos.
SAÍDA DE DANIELLA
A coluna antecipou quarta-feira boatos de que a delegada Daniella Garcia pediria para sair do Deotap, em solidariedade a João Baptista e Alessandro Vieira.
A informação é que ela deixa o Deotap na segunda-feira.
SERÁ MESMO CANDIDATA?
Há manifestações em favor da permanência de Daniella na Deotap. Músicos inclusive lhe fizeram um rap, o que a populariza. Ela caiu nas graças do povo.
Será que vai topar disputar vaga na Assembleia?
MESMA AGILIDADE
O deputado Capitão Samuel diz que o secretário de Segurança, João Eloy, precisa também fortalecer a delegacia responsável por homicídios,
– E dotá-la de meios para ter a mesma agilidade da Deotap em seus inquéritos.
MESMA INDEPENDÊNCIA
Capitão Samuel aplaude a Deotap e a perícia de Sergipe pela agilidade na investigação e finalização do inquérito sobre o lixo em Aracaju.
Acrescenta que a Polícia Civil fará operações com independência.
PASSA POR CATETERISMO
O empresário José Antônio, da empresa Torre, continua interno no Hospital de Cirurgia. Ele se submeteu a um cateterismo na quinta-feira pela manhã.
Continuava de pressão alta de 19 por 11.
PRISÃO DOMICILIAR
Há um pedido de prisão domiciliar para José Antônio, com uso de tornozeleiras, que ainda falta uma decisão do juiz da causa.
O MPE já se manifestou contra.
A DISCUSSÃO POLÍTICA
A defesa de Antônio admite que quando a causa está no campo jurídico, as discussões são dentro de um contexto baseado na lei e no Direito.
Mas quando entra na política, a discussão é emocional.
EDVALDO AINDA ANALISA
O prefeito Edvaldo Nogueira reconhece que tramita processo que envolve a Prefeitura e a questão do lixo, mas diz que “quanto a mim não tem nada”.
– Na conclusão apenas citam meu nome, disse.
MOSTRA TRANQUILIDADE
Edvaldo Nogueira revela absoluta tranquilidade, “porque todo mundo sabe e conhece da minha ética e transparência com a coisa pública”.
Espero que a justiça seja feita…
SOLUÇÃO PARA BANCADA
Eduardo Amorim (PSDB) sugeriu que para por um fim ao problema de coordenação da bancada de Sergipe, poderia se utilizar o formato da Comissão do Orçamento.
Um ano seria um deputado federal, no outro um senador,
TUDO INDEPENDENTE
A rotatividade seria independente de influências e manteria o sistema bicameral que se põe na coordenação da bancada de Sergipe em Brasília.
Lembrou que formalmente o coordenador é o senador Valadares.
UM PROBLEMA SÉRIO
Na próxima semana a bancada de Sergipe tem que se reunir para resolver o problema do contingenciamento, por parte do Governo Federal, de verbas para o Estado.
Foram contingenciados os R$ 124 mi para Aracaju e R$ 100 mi para a Codevasf.
PESQUISAS NO INTERIOR
Prefeitos da oposição realizam pesquisas nos municípios para o candidato a Governo pela oposição. Usam nomes de André Moura e Eduardo Amorim.
Os dois são os preferidos na mesma proporção em qualquer cenário.
PSDB PROMOVE REUNIÃO
A Executiva do PSDB vai realizar reunião na próxima semana para encaminhamentos e posições em relação ao Governo. Há insatisfações.
Tem tucano que defende rompimento com Temer.
Notas
Diálogo com Correios – O deputado federal Valadares Filho (PSB) defendeu ontem em audiência pública na Cindra a ampliação do diálogo entre os dirigentes dos Correios e os servidores, a fim de encontrar formas alternativas para dar a empresa mais competitividade para superar a crise financeira.
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Pode fazer delação – Palocci sinalizou ao juiz Sérgio Moro que pode municiar a Lava-Jato com informações, capazes de “dar mais um ano de trabalho”. Depois de afirmar que sabia da existência de caixa 2, mas que nunca operou ou organizou pagamentos, o ex-ministro disse ao juiz que, quando ele quiser, pode apresentar as informações.
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Brasil não é ‘paiseco’ – Ao discursar ontem, no Itamaraty, nas comemorações do Dia do Diplomata, o presidente Michel Temer lembrou aos formandos do curso do Instituto Rio Branco que caberá a eles mostrar ao mundo que o Brasil é um país de oportunidades e de “renovado vigor”. E que não é um “paiseco”.
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Triplex era de Lula – Em relato devastador para ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o empreiteiro Léo Pinheiro, da OAS, afirmou categoricamente ontem, que ‘o apartamento era do presidente Lula’. O executivo se referia ao tríplex 164-A do Condomínio do Edifício Solaris, no Guarujá, litoral de São Paulo.
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Destruição de provas – Segundo o ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro, em depoimento ao juiz Sérgio Moro, ontem, o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva, lhe orientou a “destruir documentos durante a Lava-Jato” O empreiteiro também atribuiu ao petista a propriedade de um tríplex no Guarujá.
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Aumento da gasolina – Petrobras anunciou ontem aumento de preços de gasolina e diesel em refinarias. Os novos valores começam a valer a partir de hoje. Segundo comunicado enviado ao mercado ontem noite, a estatal decidiu aumentar o preço do diesel nas refinarias em 4,3%, em média, e da gasolina em 2,2% média.
Conversando
Bem interessante – todas as emissoras de rádio de Aracaju, nos programas matinais, deram os indiciamentos da Operação Babel como “exclusivas”.
Preferiu palestra – Edvaldo Nogueira não mudou sua rotina e ontem, pela manhã, foi a uma palestra do presidente da CEF, Gilberto Occhi.
Chega de picuinha – Edvaldo Nogueira diz que os problemas da cidade e a crise se vencem com trabalho. “Precisamos nos unir pelo bem da cidade. Chega de picuinha”.
Operação Babel – Enquanto Edvaldo Nogueira estava nas palestras, as redes sociais e a imprensa divulgavam o seu nome na chamada Operação Babel.
Jackson Barreto – Gostaria de dizer que o Estado de Sergipe não teria como realizar tantas obras se não fosse por Gilberto Occhi e a Caixa.
O Antagonista – “O Senado não tem o direito de destruir instituições para proteger senadores investigados por corrupção”.
De Marcio Rocha – No final das contas, o ex-vereador Agamenon Sobral estava certo… A sujeira é pior que o próprio lixo.
Lula lembra – Em entrevista a George Magalhães, o ex-presidente Lula lembrou sua relação de amizade com Marcelo Déda, José Eduardo Dutra e Marcio Macedo.
Idiota da Aldeia – Clovis Silveira lembra frase de Humberto Eco: “o drama da internet é que ela promoveu o idiota da aldeia a portador da verdade!”