Nem o governo do Estado e muito menos o governador Jackson Barreto (PMDB) são alvos de qualquer investigação da Polícia Federal ou da Procuradoria da República. A coluna não vai fazer juízo de valor sobre a Operação de busca e apreensão desencadeada por agentes da PF na residência do ex-senador e atual secretário de Estado da Saúde, Almeida Lima (PMDB). Sabe-se apenas que é um desdobramento da Operação Satélites 2, que mira pessoas relacionadas a políticos que estão sendo investigados na Operação Lava Jato. Um dos principais alvos é o senador Renan Calheiros (PMDB/AL).

É preciso que alguém se pronuncie e revele o que especificamente foi retirado da casa do peemedebista e que suspeita recai sobre ele. Mas é evidente que “onde há fumaça, há fogo” e a PF não “visita” a residência de uma figura pública em vão. Mesmo que comprove sua inocência, existe algo fundamentado que coloca Almeida em suspeição. O próprio secretário evitaria muitas especulações se viesse a público e explicasse o que aconteceu, sobre o que ele está sendo investigado ou revelasse porque razões o relator da Operação Lava Jato determinou a “visita” em sua residência na Zona Sul de Aracaju.

Enquanto são muitas as interrogações em torno de Almeida Lima, eis que este colunista defende abertamente que o governador Jackson Barreto promova o seu afastamento imediato do comando da Secretaria de Estado da Saúde. O governo já enfrenta uma série de problemas do ponto de vista administrativo, existem inúmeras deficiência, sobretudo na Saúde, e o bom senso preceitua que a continuidade de Almeida no cargo, agora sob investigação da PF, traz uma associação para o governo de Sergipe que nada tem a ver com a Operação. Até porque o ex-senador e o atual secretário são a mesma pessoa.

É bom frisar também que, do ponto de vista político, o pré-candidato a governo de Jackson Barreto em 2018 será o seu vice atual, Belivaldo Chagas (PMDB), e este vai precisar de um bom marketing já visando o processo eleitoral do próximo ano. A continuidade de Almeida Lima na Secretaria de Saúde é um risco para o grupo político do governador. Se as investigações se ampliarem, mais adiante, e se o secretário continua recebendo “visitas indesejadas” em sua residência, estará criado um amplo desgaste para a gestão estadual, ou seja, sem querer, Almeida trará o desgaste e a exposição ruim para o governo de Sergipe.

E se esses fatos se consolidarem, o maior prejudicado para 2018 será Belivaldo Chagas que, muito em breve, deverá passar a responder pelo comando do Poder Executivo, caso Jackson decida mesmo disputar o Senado Federal. Dentro do governo, há defenda que JB e Belivaldo devem trabalhar em sintonia e harmonia, que um deve ajudar o outro, para que tenham sucesso na eleição do próximo ano. E se o governador pensa mesmo em lançar seu vice para a sua sucessão, qualquer investigação de amplitude nacional da Polícia Federal, mesmo que não se relacione com o governo, será prejudicial porque está colocando em suspeição uma “peça-chave” da administração.

E aí este colunista lembra-se da “Mulher de César” e sintetiza dizendo ao governador Jackson Barreto que não basta seu governo ser honesto, mas também precisa parecer honesto, ou seja, por mais que não se comprove nada contra Almeida Lima, sua permanência no comando da Secretaria de Saúde também coloca em suspeição seus atos a frente da Pasta, como gestor público. Que seja respeitado o direito ao contraditório, que o auxiliar se pronuncie e promova sua efetiva defesa para prova sua inocência e legitimidade. Até lá, a tão questionada e visada Saúde Estadual, necessita de alguém com experiência em gestão, da confiança do governador e, sobretudo, com uma imagem completamente limpa. Quem avisa…

Veja essa!

A pedido da Procuradoria-Geral da República foi deflagrada mais uma etapa da Operação Lava Jato perante o Supremo Tribunal Federal (STF). O objetivo das buscas e apreensões autorizadas pelo ministro Edson Fachin é coletar provas de crimes contra a administração pública, lavagem de dinheiro, corrupção, organização criminosa, entre outros, em investigações relacionadas a desvio de recursos na Transpetro.

E essa!

A partir de informações do acordo de colaboração de Sergio Machado, os mandados visam coletar documentos, equipamentos, mídias e arquivos eletrônicos, aparelhos de telefone, valores e objetos em endereços residenciais e comerciais em Alagoas, Rio Grande do Norte, Sergipe, São Paulo e no Distrito Federal. Os mandados de busca e apreensão são cumpridos pela Polícia Federal e membros do Ministério Público Federal.

Exclusiva!

O deputado estadual Róbson Viana (PEN) “cravou” a indicação de Ari Leite para comandar o Lacen (Laboratório Central de Saúde Pública). A posse está prevista para a próxima terça-feira (2). Amigo do governador, o deputado vai reconquistado seu espaço dentro do governo.

Câncer I

A presidente da AMO (Associação dos Amigos da Oncologia), Conceição Balbino, foi uma das expositoras no amplo debate sobre o câncer de mama na Assembleia Legislativa, promovido pela deputada estadual Goretti Reis (PMDB). Na oportunidade, ela revelou um dado extremamente preocupante: em 2016, 50% das pacientes diagnosticadas com o câncer de mama, já estavam em um quadro avançado da doença. “Não adianta ter medicamentos de ponta, se não temos condições de atender o básico”, relata.

Câncer II

Ao fazer seu relato no evento, Conceição disse que “a AMO tem 20 anos de história e a 20 anos que a gente vê essa realidade. Infelizmente as pessoas são diagnosticadas tardiamente. Muitas coisas avançaram no SUS, mas o diagnóstico precoce ainda é um problema. Para se ter uma ideia 50% das mulheres diagnosticadas em 2016 estavam com estágio avançado e 30% delas já apresentavam metástase, ou seja, o câncer já não estava localizado na mama, mas espalhado. E isso é grave!”.

Nada mudou

A paciente da AMO, Ana Paula Santana, foi ainda mais longe e externou um quadro de abandono do Estado. “Eu vim para este mesmo debate em 2015 e, de lá para cá, nada mudou! Falta priorização por parte do governo e os equipamentos quebram com frequência. Todos os deputados foram convidados para este debate, mas quase ninguém compareceu”.

Crítica

Em seguida, ela disse que é muito fácil para a classe política aparecer quando morre uma paciente de câncer. “Este é um sofrimento, uma realidade triste minha e de todas as outras pacientes, Não adianta ficar sumido o tempo inteiro e chegar na eleição querendo ser o ‘pai da criança’ ou só aparecer quando morre alguém”.

Oncologista

O oncologista Adolfo Scherr, apresentou números estimados bastante preocupantes sobre os registros da no Brasil e em Sergipe, ao longo de 2017. Ele explicou que, após dois anos do primeiro debate sobre o assunto em Sergipe, o tratamento oncológico não mudou muito. “A fila da radioterapia ainda é muito grande. As pessoas são operadas e precisam começar o tratamento com 40 dias ou dois meses depois da cirurgia. Acabam esperando de seis a oito meses para iniciarem o tratamento. Isso impacta na vida da pessoa”.

Estimativas

“Eu falo baseado nos dados de 2016, porque para 2017 temos apenas estimativas, mas a previsão é que surjam 58 mil novos casos de câncer de mama no Brasil e em torno de 450 aqui em Sergipe, que por ser um Estado pequeno, é um número significante. Sem contar que o número de mortes está aumentando nos últimos anos e estamos na casa dos 15 mil. Na década de 80 não chegava nem a 8 mil. Depois foi a 10 mil, depois a 12 mil e assim sucessivamente”, comentou Adolfo Scherr.

Laércio Oliveira

O deputado federal Laércio Oliveira participou do lançamento da Frente Parlamentar pela Administração essa semana. O evento contou com membros do Conselho Federal de Administração (CFA), dos conselhos regionais, além de deputados federais. O tema mais discutido na ocasião foi a importância de boa gestão pública no país. “A nossa profissão pode contribuir efetivamente para a transformação da sociedade brasileira, para transformar a sua gestão, pública ou privada, e mais racional, mais eficiente”, afirmou o parlamentar que é graduado em Administração.

Laranjeiras I

Em nota pública, a Prefeitura Municipal de Laranjeiras esclarece para a sociedade sergipana, em especial a Laranjeirense, que não são verdadeiros os boatos veiculados por setores da oposição de que falta transparência à gestão. “O problema é que a administração anterior deixou o Poder Executivo completamente sucateado e endividado, numa tentativa clara de prejudicar o início do mandato do prefeito Paulo Hagenbeck (DEM)”.

Laranjeiras II

Em seguida, na mesma nota, a gestão esclarece que “a Prefeitura informa ao povo de Laranjeiras que já entrou em contato com o Tribunal de Contas do Estado (TCE), onde ficou acordado que TODOS os dados referentes à administração municipal serão encaminhados agora em Maio, quando o sistema estiver plenamente reestabelecido e o levantamento dos dados e atualização das informações efetivamente concluídos”.

Autonomia

Por fim, a gestão municipal encerra a nota garantindo a autonomia do Legislativo. “A Prefeitura reitera o respeito à independência do Poder Legislativo e exalta a autonomia dos vereadores para continuarem exercendo a plenitude de seus mandatos, sem qualquer interferência do Poder Executivo”.

Orla Digital

O vereador de Aracaju, Thiaguinho Batalha (PMB), apresentou ao ministro do Turismo, Marx Beltrão, o projeto “Orla Digital”. O ministro parabenizou o vereador pela iniciativa e enalteceu o potencial turístico da capital sergipana. Ele lembrou que, além de possuir belas praias, a cidade possui uma das maiores festas juninas do país, o Forró Caju, e precisa estar antenada com o desenvolvimento tecnológico para melhor receber os turistas.

Thiaguinho Batalha

Segundo Thiaguinho, o projeto surgiu a partir da necessidade de se buscar um atrativo a mais para os turistas que visitam a Orla de Atalaia, Orla Por do Sol, Orlinha do Bairro Industrial e Praia Formosa. “A internet é hoje uma ferramenta indispensável para a vida das pessoas. Sabendo que existe acesso gratuito e de alta velocidade, as pessoas passarão a frequentar mais estes espaços”, garante.

CRÍTICAS E SUGESTÕES

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