Aracaju, 19 de abril de 2024
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EM NOTA, MST REPUDIA AÇÃO DA POLÍCIA E DO PODER JUDICIÁRIO

Em nota publicada nesta sexta-feira (19) o MST repudiou a “ação arbitraria da Polícia e do Poder Judiciário”, diante das ações contra o acampamento Fidel Castro, na fazenda Araçás, município de Gracco Cardoso. Segundo a nota, “As famílias foram surpreendidas no acampamento com a chegada de um oficial de Justiça, acompanhado por nove policiais civis, apresentando liminar de despejo para execução imediata, sem aviso prévio ou negociação”.

Segundo ainda a nota, “no processo de despejo foi efetivada a prisão de um acampado que reclamou da falta de comunicação prévia por parte da Justiça, e não aceitação de negociação por parte do oficial e policiais presentes, pois queria tempo para consultar um advogado, para dar chance de defesa das famílias. Logo no final da tarde esse acampado foi liberado”.

A nota na íntegra

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra em Sergipe vem a público repudiar a ação arbitrária da Polícia e o Poder Judiciário de Sergipe perante o ocorrido na Fazenda Araçás, na manhã do dia 18 de maio de 2017, por volta das 11 horas, no município de Graccho Cardoso, onde 30 famílias Sem Terra organizam o Acampamento Fidel Castro, criado em 22 de abril de 2017.

As famílias foram surpreendidas no acampamento com a chegada de um oficial de Justiça, acompanhado por nove policiais civis, apresentando liminar de despejo para execução imediata, sem aviso prévio ou negociação. Os acampados e acampadas foram despejados, de forma intimidadora, sem chance de defesa, seus barracos foram derrubados com um trator.

No processo de despejo foi efetivada a prisão de um acampado que reclamou da falta de comunicação prévia por parte da Justiça, e não aceitação de negociação por parte do oficial e policiais presentes, pois queria tempo para consultar um advogado, para dar chance de defesa das famílias. Logo no final da tarde esse acampado foi liberado.

O MST denuncia a repressão e violência no campo, através do avanço do modelo capitalista e potencializado pelo golpe que o Brasil está vivendo sobre os direitos da Classe Trabalhadora. Lembramos que atuamos de forma organizada para que a Reforma Agrária avance. Reivindicamos que a terra cumpra sua função social e que seja destinada para beneficiar as oito mil famílias acampadas em Sergipe.

Direção Estadual do MST

 

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