O deputado Valadares Filho (PSB-SE), em pronunciamento feito nesta quinta-feira (1º-6), na Tribuna da Câmara, disse que no Estado de Sergipe, contrariando a tendência nacional, a violência cresceu; e registra 57,3 mortes violentas intencionais a cada grupo de 100 mil pessoas. “Com esses índices, Sergipe passa a ser o estado mais violento do Brasil”, lamentou o deputado. Ele destacou que os jornais desta semana trazem, novamente, a notícia de que Sergipe continua sendo o Estado mais violento do Brasil, cuja taxa de mortes violentas é o dobro da média nacional.
Valadares Filho disse que, para se ter uma ideia da gravidade da violência em Sergipe, basta olhar os índices de outros Estados. Ainda que nada de bom venha dessas tristes estatísticas, Santa Catarina, por exemplo, registra 14,3 mortes em cada 100 mil pessoas; já em São Paulo, a taxa é de 11,7 mortes a cada 100 mil pessoas; enquanto que o Estado de Sergipe, é de 57,3 mortes violentas intencionais a cada grupo de 100 mil pessoas. Os dados são Anuário Brasileiro de Segurança Pública, edição 2016.
Segundo informações do Anuário de Segurança Pública 2016, os estados em que as mortes crescem são aqueles que não têm, como é o caso de Sergipe, um programa, ou uma política de redução de homicídios. “Quando o governante prioriza o problema da violência, os resultados positivos são registrados, como mostram os dados do Anuário”.
Os estados que têm programas de redução de homicídios tiveram diminuição significativa no número de mortes violentas: Alagoas (-20,8%), Bahia (-0,9%), Ceará (-9,2%), Distrito Federal (-13%), Espírito Santo (-10,7%), Rio de Janeiro (-12,9%), e São Paulo (-11,4%).
“Como se pode observar, o que vem ocorrendo em Sergipe é a completa falta de compromisso dos atuais governantes com a segurança pública, com a vida dos sergipanos. Presenciamos uma inadimplência do Estado em relação à segurança da população”, disse.
Valadares Filho fez um apelo aos atuais governantes do Estado para se comprometerem com a segurança da população. O deputado sugeriu que se faça um pedido de socorro às instâncias federais; e que se promovam discussões e debates para encontrar uma solução para a grave situação da segurança em Sergipe. Ele se propôs a colaborar no que for possível. “Eu próprio me proponho a participar das discussões e dos encaminhamentos, dentro de minha esfera de atuação”, destacou.