Aracaju, 28 de março de 2024

Eleição no Brasil sem a presença Lula será uma farsa, diz secretário do PT

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O secretário nacional de Finanças do PT, Márcio Macêdo, defendeu, nesta terça-feira (6), em entrevistas à TV Atalaia e à rádio Aperipê, o direito do ex-presidente Lula disputar as próximas eleições. Para ele, “qualquer eleição que aconteça no Brasil sem a presença de Lula será uma farsa”.  O petista reafirmou ainda posição favorável à deposição de Michel Temer e à realização de eleições diretas. Sobre o quadro local, Márcio disser ser “natural” a participação do PT na chapa majoritária em 2018 e confirmou sua disposição em ser candidato a deputado federal.

“O PT não tem plano B. Só temos plano A, que é a candidatura de Lula. Vamos continuar denunciando este processo de tentar interditar Lula para a eleição de 2018. Este processo covarde é daqueles que perderam a eleição por quatro vezes seguidas e querem ganhar a eleição no tapetão. Lula lidera com folga em todas as pesquisas, enquanto os candidatos da elite não crescem. Aécio derreteu, os outros nomes não têm condição de enfrentar o ex-presidente, então qualquer eleição sem a presença de Lula é uma farsa. Não podemos permitir que isso aconteça. Vamos continuar resistindo e denunciando a tentativa de tirar Lula”, afirmou Márcio.

Ele ainda ressaltou que “não há nenhuma prova material contra o ex-presidente”. “Estamos caminhando para um regime de exceção, para uma ditadura, onde as instituições democráticas estão fragilizadas, onde qualquer cidadão pode ter um crime imputado a ele e sofrer condenação mesmo sendo inocente”, argumentou. Na avaliação de Márcio Macêdo, o recente pedido feito pelo Ministério Público Federal de prisão de Lula é “mais um factoide, tentando enfraquecê-lo e tirá-lo da disputa de 2018”.

“Temer é um moribundo”

Ao comentar o atual momento político do país, ele reforçou seu apoio ao Fora Temer. “Vivemos um momento delicado, uma crise institucional, política e econômica mais profunda no país desde a Ditadura. O presidente Temer perdeu as condições de se manter no cargo. 89% da população quer que Temer seja cassado. Ele só tem 3% de aprovação. Ele foi pego com a mão na botija. Não é palavra de uma delação. São gravações, áudios, vídeos dele e de aliados mandando comprar o silencio de Eduardo Cunha, pistoleiro intelectual responsável pela abertura do processo de impeachment que retirou uma presidente honesta do cargo. Um presidente que se envolve num lamaçal desse não tem condições políticas e éticas para continuar na presidência. Temer é um moribundo. Está prestes a cair”, afirmou.

Márcio destacou ainda que a saída para a crise atual é pela democracia. “As elites querem uma saída sem o povo, preferem que um Congresso que tem boa parte dos seus membros sob suspeita escolha um novo presidente. Mas a saída para esta crise é eleição direta com o povo”, salientou.  Neste sentido, ele antecipou que o PT decidiu, durante o 6º Congresso Nacional da sigla, que ocorreu na semana passada, que não participará de eleições indiretas. “Lula e o PT não participarão de eleições indiretas. Sem o povo, a gente não participa. Foi o que decidimos no nosso Congresso, que elegeu a senadora Gleisi Hoffmann, para presidir o PT. Fizemos um congresso muito forte com muito debate e muita unidade”, frisou.

Candidatura

Questionado tanto pelo apresentador Fábio Henrique (na TV Atalaia) quanto pelo radialista Jailton Santana (rádio Aperipê) sobre o seu futuro político, Márcio ponderou que, no momento que a legislação eleitoral permitir, ele disputará o mandato de deputado federal. O petista já foi representante de Sergipe na Câmara Federal entre 2011 e 2014. Sobre a posição no PT em 2018 no Estado, ele disse ser “justo” o desejo de Rogério Carvalho ser o nome do partido para a chapa majoritária. “Ele construiu isso”, lembrou. Quanto ao vice-governador Belivaldo Chagas concorrer ao governo, Márcio disse não ter veto ao nome dele. Ele ainda disse acreditar que o governador Jackson Barreto pleiteará uma das vagas do Senado.

Valter Lima

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