Aracaju, 25 de abril de 2024
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REAÇÃO IMEDIATA PELO VOTO CONTRA

DIÓGENES BRAYNERplenario@faxaju.com.br

O voto contrário do senador Eduardo Amorim (PSDB) ao texto da Reforma Trabalhista, na Comissão de Assuntos Sociais (CAS), pode revelar mudanças na estrutura política da qual participa em Sergipe. Aliado ao Governo Temer desde sua posse, Amorim adota uma posição de oposição ao Planalto, diante das reformas que ele considera prejudiciais aos trabalhadores. Não dá para se condenar a posição política de nenhum parlamentar, dentro de uma perspectiva que seja favorável à sociedade.

Eduardo agiu com a sua consciência e jamais escondeu que faria isso durante todo o tempo em que o processo da reforma tramitava no Congresso. Optou por essa posição e assume as responsabilidades e consequências dos seus atos. Aliás, bem expostas através das redes sociais, dividida entre elogios e críticas ao senador, que ontem se mostrava aliviado – livre, leve e solto – pelo voto que admitiu consciente e sem remorso.

Em Sergipe, politicamente, o seu grupo se dividiu. Aliados próximos lhe fizeram críticas diretas nas redes sociais. Uma delas o acusava de obedecer às ordens da sua mulher, que é procuradora da Justiça do Trabalho. Alguém chegou a dizer que Amorim dera um “tiro no pé” e que o seu gesto geraria desconforto ao Estado. Em retaliação, o Governo Temer não atenderia mais aos seus pleitos e o isolaria da bancada governista.

Eduardo Amorim demonstra que é isso que deseja. Acha que o seu partido deve desembarcar urgente do Governo, em razão do turbulento momento pelo qual passa o Planalto, estremecido em suas bases pelas acusações diretas ao presidente e que ainda não foram respondidas de forma convincente. O senador, entretanto, sofrerá de imediato uma reação em razão do seu voto: a demissão de indicados seus para ocupar cargos federais em Sergipe, o que deve gerar mal estar em seu grupo no Estado.

REINALDO NO FACEBOOK

Reinaldo Moura expõe no Facebook o que saiu nas redes sociais sobre o voto de Eduardo Amorim. Foram opiniões como ‘Amorim traiu André’.

E mais: “Amorim se livra de André”; “Amorim votou para atender a esposa” etc.

ABAIXO A OPINIÃO PESSOAL

Para Reinaldo, Amorim é maior, casado, vacinado, formado e tem direito de votar como quiser. O voto dele, certo ou errado, tem que ser respeitado.

– O motivo só quem sabe é ele. Eu penso assim.

VOTO DIVIDE O GRUPO

Está claro que o voto de Eduardo Amorim (PSDB) contra a Reforma Trabalhista divide o grupo de oposição que ele lidera, inclusive de correligionários.

Não há mais espaço para André e Amorim no mesmo bloco.

COMUNICADO AO LÍDER

Eduardo Amorim comunicou ao líder do Governo, Romero Jucá (PMDB), que votaria contra a Reforma Trabalhista e disse-lhe que não recuaria.

– Não me peça, que eu não mundo o voto, avisou Amorim.

DESMENTE INTERFERÊNCIA

Eduardo Amorim nega que tenha atendido a exigência da mulher, que é procuradora do Trabalho. Disse que também não atendeu a pedidos de amigos empresários.

Inclusive o do seu irmão Edvan Amorim.

AMORIM FICOU SURPRESO

O senador Eduardo Amorim disse que ficou “surpreso com a surpresa do Governo” em relação ao seu voto. Disse que sua posição fora anunciada com antecedência.

Apesar do voto contra, Amorim diz que a reforma Trabalhista passa no plenário.

CONVERSAS NO “JABÁ”

O Bar Jabá, na Beira Mar, é ponto de encontro para papo político. Terça-feira, grupo do PSB dizia que iria fazer um trabalho para que Eduardo Amorim disputasse o Governo.

Com isso, haveria melhor condição para a reeleição de Valadares (PSB).

CCJ APROVA O RECALL

A CCJ do Senado aprovou, ontem, proposta do senador Valadares (PSB) que cria a possibilidade de revogação (recall) do mandato de presidente da República.

Exemplo: na situação atual de Michel Temer já caberia o recall do mandato.

RETIRAR CARGOS TUCANOS

O voto de Eduardo Amorim contra a reforma trabalhista chega a Planalto, que culpa a derrota do relatório ao PSDB, diz Andréia Sady na Globo News.

Aliados de Temer cobram dele a retirada de cargos dos tucanos

POVO NÃO QUER VOTAR

Um aliado próximo do governador Jackson Barreto concluiu que o povo não quer votar nos políticos, porque há “uma fadiga em relação à atuação da maioria deles”.

– O povo vai adotar medidas que podem surpreender, disse.

QUESTÃO DOS SALÁRIOS

O aliado lembrou ainda que os servidores públicos não têm aumento há quatro anos: “é certo que Governo não pode conceder, mas ao servidor não interessa isso”.

Mostrou-se extremamente preocupado com o atual momento…

SOBRE HOSPITAL DO CÂNCER

Durante homenagem ao diretor do Hospital do Câncer de Barretos, Henrique Prata, o governador Jackson Barreto e o senador Eduardo Amorim conversaram muito.

O assunto foi a construção do Hospital do Câncer em Sergipe.

SOBRE SUA VIABILIDADE

Jackson perguntou a Amorim se o Hospital do Câncer era viável para Sergipe ou se seria melhor reestruturar a área de oncologia do Huse.

Eduardo assegurou que o Hospital do Câncer é importante para o Estado.

SUGESTÃO DE PARCERIA

Depois de sugerir parceria com o hospital de Barretos, Amorim explicou que todos os leitos cadastrado no Hospital do Câncer serão pagos pelo Ministério da Saúde.

– Dissera ao governador que o HC só daria despesas…

CONVERSA PRODUTIVA

Eduardo Amorim e Jackson Barreto tiveram conversa longa e produtiva: “nos tratamos como cidadãos que desejam o bem para o Estado, com muito respeito”, disse.

– Nessas horas as divergências políticas não podem interferir.

SEM NENHUM PROBLEMA

Governador Jackson Barreto disse ontem que não tem nenhum problema em conversar com o senador Eduardo Amorim sobre questões administrativas do Estado.

– Do mesmo jeito que faço com o deputado André Moura.

SEM CHANCE DE CONVERSA

Jackson Barreto voltou a afirmar que só não terá conversa com o senador Antônio Carlos Valadares (PSB) por divergências inconciliáveis.

Valadares e Jackson não cabem em uma mesma sala.

ENTREVISTA EM ITABAIANA

O entrevistado de hoje na Itabaiana FM será o governador Jackson Barreto. Será recebido na emissora por José Carlos Machado e Carlos Eloy.

Estará também o prefeito Valmir de Francisquinho.

Notas

Mini-reforma política – Presidentes de sete partidos fecharam ontem um pacto para aprovar, em regime de esforço concentrado, uma mini reforma política que prevê a criação do fundo de financiamento da campanha de 2018 e a PEC que institui cláusulas de barreira e fim das coligações proporcionais.

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Fundo para campanha – A mini-reforma política proposta pelos sete partidos mostra que com uma estimativa inicial de R$ 3,5 bilhões, o fundo de financiamento da campanha de 2018 terá como parâmetro 50% dos gastos globais da eleição de 2014 para presidente da República, governador, senador e deputados.

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Pesquisa revela prisão – Levantamento nacional realizado pela Paraná Pesquisas revela que 71,4% dos brasileiros acreditam que o juiz Sérgio Moro vai condenar o ex-presidente Lula no caso do tríplex. Apenas 24,4% esperam absolvição do petista. Para 35,9% dos entrevistados, há algum tipo de perseguição e 3% não souberam opinar.

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Operação calicute – Relatório da PF, dirigido ao juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Criminal Federal, aponta supostas ligações do atual governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, com um dos réus da Operação Calicute, Luiz Carlos Bezerra. Bezerra é identificado como pessoa que fazia o manejo de valores, realizando pagamentos.

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JBS não vende subsidiária – O juiz Ricardo Soares Leite, da 10ª Vara Federal de Brasília, proibiu a empresa JBS de vender subsidiárias na Argentina, no Paraguai e no Uruguai para unidades naqueles países controladas pela Minerva, segunda maior companhia de carne bovina do Brasil.

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Janot alerta para risco – Rodrigo Janot alerta para o risco de o STF não validar a homologação da delação da JBS. A mensagem que se passará, segundo ele, é: “O Ministério Público ao acordar pode, mas não muito. Promete, mas não sabe se poderá cumprir. Como é que fica a questão da segurança jurídica?”

Conversando

Sargento Edgard – Esse Joesley Batista é um bandido, sem defender Temer, pois acredito no seu envolvimento. A JBS ficou milionária nos governos Lula.

Terá impacto – Ana Lucia diz que a Justiça Federal já está sofrendo as consequências da MP 95, imagine o impacto para as áreas sociais estratégicas.

Mais chuvas – Ontem foi um dia de pouca chuva em Aracaju, mas a previsão é de que o São João e o São Pedro será abaixo de muita água.

Entregue cargos – Eduardo Amorim diz que defende que PSDB entregue todos os cargos a Temer e que Aécio deixe a direção do partido.

Sobre inelegíveis – Valadares (PSB) pede designação de relator para PEC que inclui parentes de ministro ou conselheiro de Tribunal de Contas entre as pessoas inelegíveis.

São Pedro quente – Capela fará o São Pedro mais movimentado de Sergipe, com a presença de bandas e artistas nacionais, entre eles Bell Marques.

Contra fechamento – Gustinho Ribeiro, diante do possível fechamento da 8ª Vara da Justiça Federal de Lagarto, se posiciona contrário à medida.

Susta festejos – Através de ação do MP, Justiça suspende festejos juninos que seria realizado no município de Itaporanga D’Ajuda.

Não compactua – A vereadora Emilia Corrêa disse que “nunca irei compactuar com qualquer forma de mentira na Câmara Municipal”.

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