Aracaju, 29 de março de 2024

Polícia investiga morte misteriosa no Hospital Sírio-Libanês de SP há sete meses

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Uma morte misteriosa dentro do Sírio Libanês, um dos hospitais mais renomados do país, ainda não foi esclarecida depois de sete meses. Arnaldo Amar, de 68 anos, morreu de hemorragia depois que um cateter colocado no coração foi cerrado com uma faca. A CBN teve acesso às fotos do quarto onde ele estava internado. O sangue se espalhou pelo cômodo todo, desde o banheiro até a cama. Isso aconteceu no dia 20 de dezembro do ano passado, enquanto o homem tratava um problema nos rins.

A família do paciente aguarda até hoje um desfecho, que parece estar longe de chegar, como relata uma das filhas, a nutricionista Marcella Amar:

“Foram percalços que aconteceram em relação ao acesso de informações e de depoimentos. A medida que o tempo vai passando, fica cada vez mais difícil ter uma ideia clara do que realmente aconteceu, o que gera uma frustração muito grande. É como se fosse uma ferida que nunca fecha”, lamentou.

Conforme o inquérito policial, o Hospital Sírio Libânes não entregou as imagens das câmeras de segurança do dia em que o paciente morreu. A instituição explicou que os vídeos são apagados do sistema depois de 15 dias, apesar de a polícia tê-los solicitado informalmente horas depois da morte.

O boletim de ocorrência relata ainda que a equipe médica que estava de plantão demorou 40 minutos para descobrir a morte do idoso. O quarto onde Arnaldo Amar estava internado era quase em frente à bancada da enfermagem.

O descontentamento da família se estende também para as investigações. Como os filhos estavam no Rio de Janeiro, quem fez o B.O foi o policial militar que atendeu a ocorrência. O registro foi feito como “suicídio” porque um funcionário do hospital disse ao PM que era isso que havia acontecido. Depois, a Polícia Civil alterou o caráter da investigação para “morte suspeita”.

Até hoje, nenhuma testemunha prestou depoimento. O interrogatório de enfermeiros e médicos que estavam de plantão já foi desmarcado três vezes pelo hospital. O cancelamento mais recente foi nesta quinta-feira.

Em nota, o Sírio Libanês respondeu apenas que não comenta casos envolvendo pacientes.

CBN- Por Alana Ambrósio

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