Aracaju, 25 de abril de 2024
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Governo entrega alimentos a 500 beneficiários soropositivos

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Mensalmente, a Casa de Assistência Janaína Dutra recebe 500 cestas de alimentos para pacientes soropositivos em estado de insegurança alimentar e inscritos no Cadastro Único. A distribuição, que é um compromisso social do Governo de Sergipe assumido através da Secretaria de Estado da Inclusão Social, foi acompanhada, na manhã desta segunda-feira, 24, pelo secretário Zezinho Sobral, que esteve no local para conversar com os assistidos, além de conhecer a estrutura, o funcionamento e os cursos de qualificação profissionais oferecidos pela Casa.

Geovan Menezes é um dos 500 beneficiários que recebem os alimentos todo mês. Aos 52 anos, ele revela que está inscrito no programa há cinco anos e que os alimentos são fundamentais para os soropositivos. “É de uma importância enorme pra gente, e a cesta é ótima, pois tem alimentos de qualidade. Não falta comida; e às vezes até sobra. É, na verdade, o que socorre a maioria porque são pessoas que passam necessidade. Como é que a gente vai manter a saúde se não tiver comida? O alimento é a necessidade mais básica do ser humano”, disse o beneficiário.

A cesta é composta por 16 itens, entre os quais estão inclusos alimentos que ajudam a minimizar os efeitos dos coquetéis medicamentosos ingeridos pelos pacientes. Segundo a assistente social do programa DST/AIDS da Secretaria Estadual de Saúde (SES), Eliana Chagas, a alimentação é essencial para combater os efeitos colaterais e fortalecer o organismo. “Os antirretrovirais causam aumento no colesterol e fraqueza nos ossos. Então a cesta traz linhaça, para ajudar a controlar o colesterol e leite de soja para os ossos, por exemplo”, pontua.

Além de um pacote de leite de soja e 0,5 kg de linhaça, os usuários recebem 2 kg de arroz, 2 kg de feijão, 2 kg de açúcar, 1 kg de sal, 2 pacotes de farinha de milho, 2 pacotes de macarrão, 1 litro de óleo, dois pacotes de biscoito doce, 2 pacotes de café, 4 latas de sardinha, 1 pacote de leite em pó integral, 1 kg farinha de mandioca e 500 g de charque. “O nutricionista e os técnicos do Departamento de Segurança Alimentar e Nutricional da Seidh avaliam a qualidade e conferem a validade dos gêneros alimentícios oferecidos nas cestas”, conta Lucileide Rodrigues, diretora do DSAN.

Ainda segundo ela, para o portador do vírus receber a cesta é necessário passar pelos assistentes sociais do  Centro de Especialidades Médicas de Aracaju (Cemar), realizar uma entrevista e um cadastro. A partir de então, ele pode entrar para a lista de espera dos beneficiários da cesta. O secretário Zezinho Sobral ressaltou que todas as 500 cestas são distribuídas para pessoas que integram o Cadastro Único que precisam disso para a sua sobrevivência, e que existe a possibilidade de ampliar esse trabalho a outros grupos.

“É importantíssimo esse trabalho, desenvolvido em parceria com o Dr. Almir Santana junto à Casa Janaína Dutra, que tem um público cadastrado de soropositivos em situação de vulnerabilidade social. Além da complementação alimentar, existe a necessidade dos produtos que auxiliem no tratamento, minimizando os efeitos. E é uma ideia minha estender esse trabalho a instituições que assistem crianças com câncer beneficiárias do Bolsa Família, como o GACC, a Avosos, etc. Tem muita criança que faz tratamento de câncer e não se alimenta adequadamente.  É preciso ajudar essas crianças e suas famílias também”, finalizou.

ASN- Agência Sergipe de Notícias.

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