“O país tem passado, lamentavelmente nos últimos anos, por uma crise ética muito grande, onde a corrupção tornou-se regra de comportamento, em detrimento da decência, que é o que tem que ser a regra”, disse o presidente do Tribunal de Contas do Estado de Sergipe, Clóvis Barbosa. Nesta sexta-feira, 25, o ex-ministro da Justiça e ex-advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, veio a Sergipe a convite do TCE para palestra “A crise ética entre os três poderes”. No evento, o jurista irá falar também sobre a corrupção. Clóvis Barbosa e José Eduardo foram entrevistados por George Magalhães, da Fan FM Aracaju.

Para Cardozo, a corrupção é um fator de exclusão social, que afeta a todos, e, principalmente, a camada mais pobre da população. Ele destacou a importância da Operação Lava a Jato, no combate à corrupção, mas ressaltou que não pode atropelar o estado de Direito, nem a Constituição Federal.

Fusão dos fundos – O radialista George Magalhães, aproveitando a participação do presidente do Tribunal de Contas do Estado de Sergipe (TCE), o questionou sobre o andamento das reformas tributária e trabalhista, além do polêmico projeto do Executivo que trata da fusão dos fundos de aposentadoria do servidor público do Estado.

Clóvis Barbosa respondeu que as mudanças e reformas são necessárias, mas precisam vir acompanhadas de amplos debates. “Um país que quer ser democrático e avançar no processo tem que discutir”, disse.

Empréstimo – Ainda em entrevista ao programa, Clóvis Barbosa explicou que os empréstimos recentes feitos ao Estado (R$ 12 milhões e posteriormente R$ 11,5 milhões) foi feito porque o TCE tinha recursos de custeio e investimento disponíveis em caixa.

Ele disse que esses valores são pagos quase que de imediato. “O de R$ 12 milhões foi pago 10 dias depois. Já o de R$ 11,5 milhões deve ser pago até o dia 30”, falou Clóvis Barbosa.

Por Célia Silva