Aracaju, 12 de maio de 2024
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SITUAÇÃO X OPOSIÇÃO: QUAL O PLACAR?

DIÓGENES BRAYNERplenario@faxaju.com.br

O papel da situação e oposição é naturalmente antagônico. É coisa que não se discute na política e em qualquer outro segmento científico. Um Governo sem oposição é ruim para o povo. A sociedade fica sem voz. Mas o exagero também é uma estupidez. E o que se faz em nome do povo, às vezes se torna em ação de interesse pessoal.

Na Democracia é assim. Aliás, mesmo os Governos totalitários falam que praticam a Democracia, baseados na tese de que “todo poder emana do povo”. Aliás, em 1964, no golpe militar, foi permitida a criação do MDB como partido de oposição, exatamente para camuflar a ditadura. A ideia saiu da cabeça do general Golbery que, apesar de tudo, cometia genialidades na estratégia e articulação política.

Deixa lá a ditadura no inferno em que se encontra.

A tese de que a oposição está posta para fiscalizar atos e absurdos do Governo, que tem a caneta, foi se tornando uma ‘batalha pela tomada do Poder’. E se aplica a teoria da tentativa de desqualificar qualquer trabalho, mesmo que beneficie o povo, inclusive eleitores de quem está fora dos Palácios e pretende assumi-los. Em outras palavras: opositor torna-se adversário político quase eterno.

E acontecem coisas interessantes. Se o Governo busca recursos para construção de obras, os adversários tentam por o dedo na liberação, para que o gestor não construa e valorize a administração. A ação de qualquer governante que beneficie a população tem o veto da oposição, mesmo sabendo que serve à sociedade e é bom para todos ou para segmentos sociais. À oposição não interessa o que for melhor para o cidadão, mas o que for pior para a situação. Assim sempre será, em qualquer lugar do mundo.

Infelizmente, o interesse político supera a necessidade coletiva e cria dificuldade para a população, geralmente a mais carente. É assim, inclusive para aqueles que estão no Poder hoje e se tornem oposição amanhã. A prática será a mesma…

QUESTÃO POLÍTICA

A aprovação da fusão dos fundos ainda tem muito que se conversar, para convencer os indecisos da base aliada a votar. Virou questão política…

… e de exigência de atendimento de interesses.

FACILITAR VIDA

Setores da oposição admitem que votar na fusão dos fundos da previdência é “facilitar a vida do governador Jackson Barreto”

A oposição sabe que o pagamento do aposentado em dia é ruim para ela.

CAPITÃO SAMUEL

O deputado Capitão Samuel, operado de cistos nas cordas vocais, não pode falar até a próxima segunda-feira, mas seu atestado vai até amanhã.

O Capitão vai à sessão da Alese e depois ao médico para avaliação.

É UM DETALHE

Após o Governo apresentar, através de emenda do Capitão Samuel, R$ 150 milhões de garantia ao Fundo Previdenciário, o projeto de lei deve ser aprovado.

Na contabilidade de alguns deputados, a situação já conta com 14 votos.

MILITARES ACEITAM

Após garantia oferecida pelo Governo ao Fundo Previdenciário, os militares passaram a concordar com o deputado Capitão Samuel na unificação dos fundos.

Virão mais benefício à família militar e à segurança pública.

CONSULTORIA TÉCNICA

Orientado pelo tio, Adelson Barreto (PR), o deputado Tijói Barreto (PR) contratou consultoria para orientá-lo sobre a votação que une fundos da previdência em Sergipe.

Diz que sua posição será independente.

COM GUALBERTO

Deputado estadual Francisco Gualberto (PT) ganha apoio do prefeito de São Cristóvão, Marcos Santana (PMDB), para sua reeleição em 2018.

As conversas já foram fechadas. Gualberto é do município.

ENTRETANTO, A BARRA…

Francisco Gualberto, entretanto, perdeu o apoio do prefeito da Barra dos Coqueiros, Airton Martins (PMDB), que vai votar no irmão, Adeilton Martins (PMDB).

Adeilton já vem trabalhando com apoio do prefeito.

DESAPONTA DEPUTADOS

A candidatura de Adeilton, com o apoio do irmão prefeito, desaponta lideranças da Barra dos Coqueiros que sempre foram votadas no município.

Inclusive porque já havia acordo para com outros candidatos.

APENAS REMENDO

O senador Eduardo Amorim (PSDB) esteve o dia todo no Congresso, ontem, e não viu o mínimo interesse para aprovação da reforma política, que ele chama de “remendo”.

Acha que isso é decepcionante para alguns e para o povo.

DÓRIA CONFIRMADO

Está confirmada a vinda do prefeito de São Paulo, João Dória (PSDB), a Aracaju, para palestra, no TCE, sobre “Políticas de Combate às Drogas”. Será em setembro.

Dória é convidado do presidente da Corte, Clóvis Barbosa.

OUTRA PALESTRA

João Dória fará uma outra palestra para empresários, sob o tema “Situação Política e Financeira do País”, nesse momento de crise.

Várias entidades também solicitaram palestras a Dória, mas não havia tempo.

CLÓVIS COM DÓRIA

O conselheiro Clovis Barbosa e o presidente do TCM de São Paulo, Roberto Braguim, vão ao prefeito João Dória na próxima segunda-feira.

Tentam trazer acervos de Aracaju que estão na biblioteca da São Paulo.

SOBRE O SENADO

A notícia de que Jackson Barreto não seria candidato ao Senado serviu de ‘piada’ de mau gosto para aliados: “ninguém tira mais isso de sua cabeça”, disse um deles.

– Isso é o que espalha o pessoal do PT, disse outro.

ADELSON E A REFORMA

O deputado Adelson Barreto (PR) admite que “se a gente não fizer o dever de casa, a Justiça faz por a gente, infelizmente”. Refere-se à reforma política.

– Ela é incerta, está muito lenta e não se tem interesse, diz.

QUER O DISTRITÃO

Adelson Barreto avisa que defende o Distritão, mesmo que não seja da vontade da legenda, porque o povo tem que fazer valer o seu voto.

Insiste que a votação está muito morosa e lamenta isso.

AGRESSÃO À REGIÃO

A propaganda da Renault mais recente agride os nordestinos com extremo mau gosto e xenofobia. Começa dizendo: “os nordestinos são preguiçosos”.

A propaganda foi retirada do ar imediatamente.

DE ÚLTIMA HORA

Chega informação de que houve conversa na base do Governo em que se “lavou roupa suja”. A entrevista do genro de Almeida Lima teria prejudicado.

No final saindo contabilizando os 13 votos à frente.

Notas

Relatório Reservado – O presidente Michel Temer poderá decretar o estado de calamidade pública em âmbito financeiro. A medida está sendo discutida com seus principais assessores e lideranças da base aliada e deve ser a carta na manga para o cenário de não aprovação da reforma da Previdência.

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Colocar obstáculo – À espera de nova denúncia da PGR, o presidente Temer afirmou que há tentativas de abater o ânimo do país com uma “agenda negativa”. Segundo ele, “quer colocar obstáculos ao nosso trabalho, semear a desordem nas instituições, mas tenho a força necessária para resistir”, afirmou o presidente.

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Dois orçamentos – O Antagonista apurou que o governo está preparando dois orçamentos: um com meta antiga de R$ 129 bi e outro com meta nova de R$ 159 bi – que precisa ser aprovada. Trata-se de estratégia para aprovação da LDO de 2018 no prazo constitucional, mesmo que Congresso não queira votar projeto do novo déficit.

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Delegado Borguez – Justiça de São Paulo afasta, a pedido do Ministério Público, delegado Douglas Borguez, da Delegacia Sede de Bertioga, litoral paulista. Segundo denúncia, ele beneficiava conhecidos em troca de favores e até deixou de prender um amigo e marcar churrasco com participação do homem procurado pela Justiça.

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Fetiche no bigode – Segundo Poder 360 Graus, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), reagiu nesta 3ª feira às acusações apresentadas contra ele pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Disse que o PGR deve ter “fetiche” com seu bigode. Janot denunciou o senador três vezes em sete dias.

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Reforma em risco – A reforma política e de criação de um fundo público para financiar campanhas eleitorais corre risco de não ser votada na Câmara. Mesmo depois de várias reuniões, lideranças dos partidos da Câmara não entraram em consenso sobre nenhuma das propostas de reforma política que tramitam na Casa.

Conversando

Menos sexo – Pesquisa revela que geração smartphone, bebe menos álcool, menos sexo e não está preparada para a vida adulta.

Ranço antigo – Está difícil celebrar a paz entre os deputados Francisco Gualberto e Ana Lúcia (ambos do PT). O ranço entre os dois é antigo.

Novos cursos – Eduardo Amorim solicitou a abertura de três novos cursos – Ciência da Computação, Mecânica e licenciatura em Biologia – para o IFS Estância.

Jandira Fegalli – É fácil pro Governo achacar o trabalhador, difícil é cumprir o artigo 153 da Constituição que exige a taxação de grandes fortunas no Brasil.

Poder de bandido – Sargento Edgard constata que tem poder de polícia e poder de bandido. É esse segundo poder que está imperando no Brasil.

Mais transparência – Alessandro Vieira vê que muita coisa boa tem sido mantida após sua saída da SSP. Mas pede mais transparência no combate à corrupção.

Sem condições – Clovis Silveira diz que fim da coligação, partidos como PSD, SD, PR, e PRB não terão condições de eleger deputado federal em 2018.

O quanto ama – Prefeito de Lagarto, Valmir Monteiro, diz que hoje sabe o quanto André Moura (PSC) ama e quer o bem de Sergipe.

Reforma não sai – Vinha dizendo isso aqui. Agora a possibilidade da reforma política não sair é real. Os parlamentares querem reformar por quê?

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