Sábado de formação na sede da Central Única dos Trabalhadores (CUT/SE), em Aracaju, reuniu 29 lideranças sindicais que participaram do 2º módulo do curso ‘Gestão Sindical – Aspectos Jurídicos, do Registro Sindical, da Organização Documental e de Contabilidade Sindical’.
A formação foi construída junto às lideranças presentes do SINDISAN (Urbanitários), SINDIPEMA (Professores), Grupo ATITUDE (Oposição Sindical – Saúde), SINTESE (Professores Rede Estadual), SINDACSEI (Agentes de Saúde – Itabaiana), SINDPASTORA (Servidores de Divina Pastora), SINDBRITO (Campo do Brito), SINDSOCORRO (Nossa Senhora do Socorro), SINDIAMPARO (Amparo do São Francisco), SINDSEME (Estância), SINDIJUS (Judiciário), SINDINUTRISE (Nutricionistas) e SINDOMESTICO (Trabalhadores Domésticos).
Alexandre Rollemberg, coordenador de Administração e Finanças do SINDIJUS, foi um dos palestrantes. “Fiz uma apresentação sobre Gestão financeira, focada na experiência do SINDIJUS, ressaltando a importância da transparência das finanças do sindicato. O SINDIJUS tem um portal de transparência na internet desde 2014. Cobramos transparência dos nossos gestores, do governo estadual e temos que fazer o mesmo: mostrar onde o recurso do sindicado está sendo aplicado. Isso aumenta a confiança dos sindicalizados e até conquista novas sindicalizações. Aqui na CUT realizamos um debate positivo e necessário para o movimento sindical”.
As professoras Elda Gois e Ana Luzia (SINTESE) reforçaram a importância de resguardar os documentos do sindicato. Dirigente do SINDOMÉSTICO, Quitéria Santos acompanhou as dicas durante a formação. “Sabemos que às vezes o sindicato acha que é dono do sindicato, se apropria dos documentos do sindicato, e isso tem que ficar no escritório. A formação foi excelente e eu participei dos dois módulos. Nas duas ocasiões o que tratamos é da vivencia do sindicato. Todo o nosso trabalho no dia-a-dia precisa ser registrado, documentado, fotografado, toda ação do sindicato é parte da história do sindicato, não pertence a nenhum dirigente, é patrimônio do sindicato e precisa estar disponível até para as futuras gerações”, concordou.
A professora Edinalva Mendes (SINTESE) explicou que o papel do sindicato é lutar, mobilizar, sem deixar de lado a organização da estrutura administrativa. “O curso se preocupou em despertar os sindicalistas para a questão de não podemos judicializar nossa luta, não podemos deixar tudo nas mãos do Judiciário, sabemos que a imparcialidade não existe. Nós ganhamos mais mobilizando os trabalhadores do que judicializando a luta. Temos muitos exemplos no dia-a-dia que reforçam esta compreensão”.
Secretário de Formação da CUT/SE e vice-presidente do SINTESE, Roberto Silva avaliou a importância da formação neste momento político. “Toda formação sindical é oportuna num momento em que o trabalhador brasileiro está perdendo direitos basilares e precisa se unir para agir contra a retirada de direitos. Está claro que a desinformação é uma das principais armas usadas para confundir a população brasileira, os trabalhadores, a juventude, neste momento decisivo em que o Congresso e o governo golpista querem acabar com a Previdência e com os direitos trabalhistas”.
Roberto Silva relatou que ao longo deste ano o curso de Gestão Sindical da CUT/SE tem contado com boa participação dos sindicatos filiados e com a presença de lideranças que entendem a seriedade do momento que o Brasil está passando. Ele informou que em dezembro a formação continua com o tema ‘Planejamento e Ação Sindical’.
Por Iracema Corso
Foto assessoria