Aracaju, 6 de maio de 2024
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Bebê nasce com 450 gramas, dribla a morte e sai da MNSL com dois quilos

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O nome não poderia ser diferente. Vitória! De prénome Karoline, a garota é mais uma vencedora que ganha a vida na Maternidade Nossa Senhora de Lourdes. Ela, a menina, que nasceu no dia 28 de junho, com 450 gs, medindo apenas 27 cm, aos seis meses de gestação de sua mãe, Adja Dantas Queiroz dos Anjos, recebeu alta na tarde desta quarta-feira, 11. A pequena Karoline Vitoria, que  passou 32 dias em uma incubadora da MNSL, pioneira no Estado de Sergipe em alto risco, dependeu de aparelhos para sobreviver e, quatro meses depois, sai para conhecer o mundo, já com 2 quilos.

Karoline Vitoria, que nasceu prematura, com  24 semanas, está entre as menores dos recém-nascidos da Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (MNSL). A mãe foi assistida pelo neonatologista Lúcio Novais, com problemas na placenta. “A criança não estava se desenvolvendo então optamos pela cesárea. Atualmente muito mais prematuros estão terminando seu desenvolvimento fora do útero com sucesso”, disse o médico.

“Toda equipe se envolve, mais nem tanto para não interferir no raciocínio. A gente cria sempre vínculo, mais tentamos não deixar a emoção influenciar a ponto de interferir no raciocínio. A saída do bebê é um fôlego a mais, faz a gente se empenhar em trabalhar, sempre lutando por uma vida, nosso trabalho é esse’ disse Lúcio Novais.

Segundo a diretora Técnica da MNSL, Roseane Lima Santos Porto, a chance de um bebê prematuro sobreviver hoje é bem maior. “Com os avanços tecnológicos da Neonatologia, as chances de um prematuro sobreviver com seqüelas mínimas, é extenso. Hoje a MNSL, caminha junto com essas inovações tecnológica, e essa alta vem coroar o esforço de toda uma equipe multiprofissional de médicos, enfermeiros, psicólogos, terapeuta ocupacional, uma equipe completa que dá suporte e assistência aos prematuros e possibilita cada vez mais tirar os bebês com idade gestacionais menores’, disse a médica.

FAMÍLIA

Adja dos Anjos explicou que o apoio da família é fundamental para a melhora do prematuro, isso porque é a família quem dá força, suporte físico e emocional. Sempre por perto, são eles que ajudam. Comentou, ainda, que no caso dos bebês prematuros, os pais participam do desenvolvimento da criança dentro da UTI. “Estou há um mês na maternidade, no Método Canguru (modelo de assistência ao recém-nascido prematuro e sua família). Aqui estou sendo assistida pelos pediatras Alex Santana e Paulo José”, relatou Adja, informando que passou dois meses e oito dias sem amamentar e, devido a isso, não tem leite suficiente para alimentar Karoline, que esta tomando 30 mg de chuca.

A Gerente da UTIN, Monique Daniela Cabral, explicou que uma gestação normal e completa dura nove meses ou 40 semanas e são consideradas  prematuras as  crianças que nascem antes de completar 37 semanas, e não estão completamente formadas. Ela disse, ainda, que o ideal é que o bebê se formasse dentro do útero. Segundo ela, os prematuros chegam a ficar três a quatro meses internados e que, normalmente vão pra casa quando atingem 2 kg. Informou também que as mães de bebês prematuros que entram na unidade, precisam de apoio. Falou ainda da importância da tecnologia para o melhor desenvolvimento do trabalho e destacou a importância de adequar as instalações para que faça o mesmo apelo do útero, ou seja, manejo não farmacológico da dor, diminuição do ruído e iluminação incisiva no bebe são pontos de grande importância.

Canguru

Além dos serviços oferecidos na Unidade Neonatal aos bebês prematuros ou de baixo peso, a equipe multiprofissional promove um maior contato entre mãe e o bebê através do método Canguru, um modelo de assistência ao recém-nascido prematuro e sua família, internado na Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal, voltado para o cuidado humanizado que reúne estratégias de intervenção biopsicossocial. “O método canguru, é usado para deixar o bebê prematuro em contato com a pele da mãe sentindo o calor, a respiração.  Todas as estatísticas demonstram que o método canguru é eficiente’, disse a Gerente da UTIN, Monique Daniela.

Fonte e foto SES

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