A luta e a mobilização dos servidores públicos de Moita Bonita geraram bons resultados. O fruto colhido foi o avanço nas negociações com a gestão municipal, concretizado na proposta de atualização do salário base dos servidores para R$ 937, que corresponde ao valor do salário mínimo nacional de 2017.
A proposta foi apresentada pelo procurador do município na reunião da última terça-feira, 17/10, com dirigentes do Sindicato de Servidores Públicos de Moita Bonita (SINDMOITA), da Federação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (FETAM/CUT) e dirigentes do SINTESE (professores).
O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT/SE), professor Rubens Marques, acompanha a luta do sindicato desde o início. “O que provocou a vitória nesta audiência com representantes da Prefeitura foram as duas grandes mobilizações. Através de atos públicos o SINDMOITA e o SINTESE colocaram os servidores na rua para pressionar. A luta gerou resultado e chegou a mudar o cenário das negociações salariais em Moita Bonita”, avaliou.
O dirigente da FETAM João Fonseca pesquisou os dados do município no site da transparência e avaliou que não havia motivo para a gestão negar a atualização salarial que não é feita desde 2014. “Pela proposta que o procurador apresentou, o gestor vai encaminhar para a Câmara de Vereadores um projeto de lei revisando os salários base dos servidores para o valor do salário mínimo nacional, correspondente a R$ 937. Também foi firmado o compromisso de efetuar nova revisão salarial em 2018 para que os servidores públicos de Moita Bonita não voltem a receber salário inferior ao mínimo, como já ocorre há três anos. Orientamos os companheiros do sindicato para que se mantenham atentos e fiscalizem o cumprimento do acordo. O projeto de lei para concretizar a atualização salarial precisa ser enviado para a Câmara de Vereadores e aprovado o quanto antes, pois já estamos no fim do ano”, alertou.
A presidente do SINDMOITA, Genalva de Jesus, vai apresentar a proposta para os servidores públicos do município na tarde desta quarta-feira, dia 18 de outubro. “Nem todas as categorias profissionais foram contempladas pela proposta, então imagino que a atualização salarial deve ser aprovada em assembleia e a luta deve seguir para assegurar o direito de todos os trabalhadores. O que ficou claro é que sem luta, a gente não tinha conseguido avançar”.
Por Iracema Corso
Foto assessoria