Aracaju, 19 de abril de 2024
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Infectologista do Huse faz um alerta: bactérias presentes no celular podem causar infecção

A tecnologia é um elemento que faz parte da vida das pessoas. O aparelho celular é uma das invenções de maior alcance e utilidade para a população. Mas, o que muita gente não sabe é que os aparelhos celulares carregam uma grande quantidade de fungos e bactérias por conta do uso constante e da falta de higienização do equipamento e, principalmente das mãos.

As mãos constituem a principal via de transmissão de microrganismos. No Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), a infectologista e coordenadora do Núcleo de Epidemiologia, Segurança do Paciente e Infecção Hospitalar (NESPIH/Huse), Iza Fraga Lobo, explica os riscos do manuseio do equipamentodurante a assistência prestada aos pacientes. Por esse motivo, todos os profissionais que trabalham em serviço de saúde ou mantém contato direto ou indireto com os pacientes devem higienizar as mãos.

“A parte do corpo mais contaminada é a mão, por isso é importante higienizar as mãos para controlar o risco de infecção hospitalar e impedir a transmissão de germes. Como o celular está nas mãos de todo o mundo e virou uma febre, muitas vezes a pessoa está atendendo um paciente e toca o celular ele atende. Existem estudos que comprovam essa realidade, se fizer uma cultura no celular o resultado será um monte de bactérias. A gente tem alertado quando vai fazer as visitas, não é só a higienização das mãos, muitas pessoas não atentam para esse risco”, explica.

As recomendações ainda não estão muito claras e cabe uma reflexão para quem frequenta e trabalha nas unidades críticas. A proteção dos aparelhos com papel filme transparente é muito importante, pois, facilita a higienização com álcool. O ideal e mais recomendado é que não leve o aparelho para essas unidades ou faça a higienização do mesmo depois da visita ou do manuseio de um paciente. O cuidado deve ser tomado porque tudo isso implica em contaminação.

A infectologista alerta que a higienização das mãos e do aparelho são fundamentais e devem ser adotado por todos, seja no trabalho ou no dia a dia. “Só tocar no celular antes e após a higienização das mãos para não contaminar, se você pega em um paciente, não lava as mãos e depois vai pegar no celular, vai ter o risco de contaminação, vira um veículo de germes multirresistentes. A lavagem das mãos é o primeiro passo, depois limpar o aparelho com frequência, usar capas lisas para facilitar a limpeza, usar papel filme transparente, essas são medidas que ajudam e previnem o risco de infecção”, informou.

Para a limpeza com álcool, algumas medidas devem ser adotadas para não prejudicar o aparelho como: desligue o aparelho, retire a capa traseira, com uma toalha limpa, algodão ou papel absorvente e um pouco de álcool (70%) passe na parte traseira e no local da bateria, se preferir ou tiver dificuldade em algumas partes difíceis de alcançar, utilize um cotonete. Para o restante do equipamento, utilize um pano com água e três gotas de detergente, aguarde 15 minutos para que o resíduo do álcool evapore, remonte o aparelho e ligue-o em seguida. (SES)

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