Aracaju, 24 de abril de 2024
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MST comercializa 65 toneladas de alimentos na Feira da Reforma Agrária

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Foram 3 dias de feira, onde cerca de 150 famílias de trabalhadores rurais sem-terra comercializaram aproximadamente 65 toneladas diversificadas de alimentos originários de assentamentos e acampamentos de reforma agrária. O movimento apostou na feira como uma oportunidade para dialogar com a população sobre a importância da Reforma Agrária Popular e a produção de alimentos saudáveis.

Os consumidores da grande Aracaju tiveram a oportunidade de encontrar uma imensa variedade de frutas, verduras, hortaliças, fitoterápicos, artesanatos e também a culinária da terra, onde todos puderam degustar os sabores da culinária típica sergipana. Quem transitava pela feira também teve a oportunidade de conhecer a Tenda Paulo Freire, espaço de dialogo sobre as práticas integrativas em Saúde, além da massoterapia, benzeção, rodas de diálogos, reik, entre outras.

Além da comercialização de alimentos, durante as noites de feira, atrações culturais subiram ao palco para animar e abrilhantar as noites dos consumidores e feirantes. Foram eles; Ivan Siqueira, Café Sexy, Giló e Chiko Queiroga e Antônio Rogério, Lari Lima, Caducha, André Lucas, Banda Manifestação e Tatua, o mensageiro do forró.

Manoel Antônio, coordenador estadual do MST e do setor de produção, destacou a importância da divulgação da produção da Reforma Agrária e possibilidade de comercialização direta com o consumidor. “A feira teve como objetivo principal a divulgação da nossa produção e como organizamos o nosso sistema agrário, através de policultivos. Foi fundamental também essa possibilidade de venda da produção dos assentados diretamente para o consumidor”, explicou.

O Secretário de Estado da Agricultura, Esmeraldo Leal, parabenizou o movimento pela iniciativa e destacou a importância da Reforma Agrária para a agricultura sergipana. “A feira é um exemplo. Sabemos da força que a Reforma Agrária tem em Sergipe. Proporcionalmente Sergipe tem o maior número de famílias assentadas e acampadas no Brasil. Então aqui nós vemos a coisa mais importante da Reforma Agrária que é a luta por terra, por qualidade de vida, mas também pela produção. E a sociedade reconhece essa produção de alimentos como fundamental. Aqui está a riqueza do campo e é fundamental para a manutenção do movimento social e para mostrar a força da reforma agrária para a sociedade sergipana”, concluiu o secretário.

A Feira teve o caráter de mostrar a sociedade uma produção de alimentos que representa a luta pela reforma agrária, que é uma luta histórica do povo. Mostrando que é possível um outro tipo de produção e de projeto para o campo. O alimento saudável substitui o latifúndio e o agrotóxico do agronegócio.

Por Luiz Fernando

Foto assessoria

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