DIÓGENES BRAYNER – plenario@faxaju.com.br

A violência não preocupa apenas o País. Ela começa a destruir qualquer sentimento de ação ou reação do cidadão. O Estado não pode mais lamentar consequências desse mau que se alastra por todo o Brasil, diante de impotência – e até complacência – de um sistema que se tornou refém.

A violência está em todos os lugares: nas escolas, no lar, na igreja, nos relacionamentos amorosos, entre pais e filhos, na escola, na política, enfim, em todos os segmentos sociais.

Mas prolifera nas ruas e tem musculatura nas periferias, principalmente nas favelas, com a inundação de drogas que a própria sociedade consome. De alguma forma, muitos dos que clamam por segurança se inserem neste ciclo que alimenta a criminalidade. Não estaria na hora de se imaginar a liberação delas?

Nada no Brasil é mais organizado que o crime. A hierarquia funciona e todos atuam com foco no êxito. Estão conseguindo. Como se imaginar que um bandido a milhares de quilômetros de uma comunidade, comande com mão de ferro o tráfico no País. E o pior: a Polícia sabe onde está o traficante e seus comandados, mas não pode agir como se estivesse em uma guerra.

E o quê fazer? Fica difícil uma resposta convincente. As organizações criminosas contam com maior número de integrantes que a Segurança Pública. Estão muito bem equipadas e perderam o medo da Polícia. Até o contrário: o policial tem que evitar expor a profissão porque pode ser morto. Na maioria das vezes ele reside na comunidade que o ataca.

A situação não é mais de conversas, nem montagens de estratégias e nem de ações que exibam força bélica. Precisa de muito mais. Talvez um serviço de inteligência eficiente e o esquema de segurança capaz de sufocar comandos criminosos. Infelizmente, nesse momento, as quadrilhas levam vantagem sobre as tropas e quase sempre um militar se torna herói em uma vala de sete palmos de terra. Tudo muito triste…

PAES MENDONÇA E OS POLÍTICOS

Empresário João Carlos Paes Mendonça admite que o problema hoje seja a classe política que precisa mudar as velhas práticas.

Disse ao radialista André Barros que “a economia brasileira tem jeito”.

HÁ UMA RECLAMAÇÃO GERAL

Se um empresário do porte de José Carlos Paes Mendonça pede mudanças nas “velhas práticas políticas”, imaginem só o povo que não lhe chega aos pés?

De alguma forma, Paes Mendonça foi bem atendido por “velhas práticas”.

UM ROMPIMENTO ANUNCIADO

Balela essa declaração de rompimento agora em Itabaiana. O prefeito Valmir de Francisquinho e os Teles de Mendonça estavam rompidos já há tempo.

Valmir e Maria Mendonça sequer se enxergavam.

VALMIR AGORA FALA À VONTADE

O prefeito Valmir de Francisquinho agora fala à vontade e se acha traído em relação à votação na Câmara Municipal. Mas não está acuado…

Tanto que já admite candidatura do filho Thalisson Costa a deputado estadual.

SERÁ UMA AMEAÇA DE CONFRONTO?

O lançamento de Thalisson para a Assembleia Legislativa tem o objetivo de confrontar com Maria Mendonça, porque divide o voto do grupo em Itabaiana.

Luciano Bispo continua firme com seu bloco.

MOMENTO DE TENSÃO DA OPOSIÇÃO

A bancada da oposição na Assembleia teve momento de tensão para decidir sobre a votação a favor ou contra o empréstimo solicitado pelo Governo à Caixa.

Na manhã da sessão, a oposição se reuniu e não decidiu nada.

COBRANÇA DE RECUPERAR RODOVIAS

Todos os deputados da oposição foram pressionados por lideranças do interior para votar favorável ao empréstimo, em razão da dificuldade de tráfego em todo Estado.

Dos oito oposicionistas, quatro votaram a favor.

AGORA MOSTRAM PREOCUPAÇÃO

Atualmente, quem votou contra o empréstimo mostra preocupação, porque imagina que será cobrado nas eleições do próximo ano.

Nos bastidores, a oposição sofreu calada.

NECESSIDADE DE LANÇAR NOMES

Setores influentes do PT aplaudem a tática da Articulação de Esquerda em lançar nomes para formação de chapa majoritária. Isso movimenta o partido.

– Não podemos impedir que as bases se manifestem, disse um deles.

VAI DAR FORÇA A DIRIGENTES

A decisão da Articulação de Esquerda dará mais forças aos dirigentes petistas a iniciar conversas e, ao mesmo tempo, se sentirem fortalecidos para essa discussão.

– Afinal as bases estão se movimentando e nós aplaudimos, concluiu.

A ESQUERDA PRECISA SE UNIR

Uma dissidência no PSTU dividiu o partido e se criou o movimento ‘Mais’, que deve se unir ao Psol para disputar as eleições de 2018, inclusive com chapa majoritária.

A esquerda ainda não está discutindo sobre isso.

DISSIDÊNCIA PARA ABRIR PORTAS

A divisão dentro do PSTU ocorreu pelo sectarismo do partido em recusar abrir portas a outras legendas de esquerda, como o próprio Psol e o PCB.

Ao lado do Psol, o ‘Mais’ não criará obstáculo para se compor com o PSTU.

AUMENTO DE DESEMBARGADORES

A proposta do aumento do número de desembargadores para 15 (são 13) já está com o presidente da Corte, Cezario Siqueira. Há resistências à ampliação.

O projeto atende a anseios de juízes…

MENDONÇA UM POUCO INSTIGANTE

Mendonça Prado, um tanto instigante, pergunta como o senador Valadares (PSB) estará no mesmo palanque do líder de um Governo que ele vota contra?

O PPS tenta atrair o PSB para uma composição.

PARTIDO ESTÁ EM MOVIMENTO

Há uma movimentação no PPS como se as eleições fossem amanhã. As conversas fluem e há possibilidade de uma legenda de grande porte vir formar um bloco.

As conversas estão sendo levadas por João Fontes.

ACUSAÇÃO PODE ABRIR PROCESSO

Um deputado estadual ainda pensa seriamente em abrir processo contra radialista, por acusação de que ele teria recebido benefícios para votar favorável ao empréstimo.

Já tem em mãos gravação do programa.

SOBRE AUSÊNCIA DE LAÉRCIO

O deputado Laércio Oliveira (SD) não esteve na votação sobre a denuncia de Temer para não contrariar a sua classe, que apelou por sua posição favorável ao presidente.

Preferiu se ausentar para não votar com Temer.

VOTO A FAVOR DE TEMER REFLETE EM 2018

O Senador Valadares (PSB) admitiu ontem que o voto da Câmara a favor de Temer pode ser o início de um novo tempo para que o hoje nunca mais aconteça.

– Em 2018 o voto poderá mudar tudo, previu.

GOVERNADORES DISCUTEM VIOLÊNCIA

Jackson Barreto está em Rio Branco e, ao lado dos demais colegas do País, discutem a violência e a necessidade de maior vigilância nas fronteiras.

A tese é que drogas e armas entram por fronteiras desprotegidas.

Notas

Gleisi quer regulamentar mídia – Segundo O Antagonista, a senadora Gleisi Hoffmann (PT) ocupou a tribuna do Senado na manhã de ontem para dizer que ao bloco político dela vai voltar ao poder em 2018. A presidente nacional do PT destacou que, se isso ocorrer, “a grande mídia no País será passará por uma regulamentação”.

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Temer vai ficar fragilizado – Segundo analisa Matheus Leitão, do G1, com a rejeição da segunda denúncia contra Michel Temer, aliados do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), projetaram a Casa mais atuante a partir de agora, enquanto o presidente da República, para eles, ficará fragilizado.

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Promoção de diplomatas – MPF deu 45 dias para que seja modificado decreto que estabeleceu sigilo nas deliberações sobre a promoção de diplomatas. Para o procurador Felipe Fritz Braga, “o método é inconstitucional”. Sua recomendação foi encaminhada a Michel Temer por meio de Raquel Dodge.

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Rodrigo volta a se irritar – Rodrigo Maia voltou a se irritar com o Planalto na noite de quando soube da entrevista que Eliseu Padilha deu ao Poder360. O ministro afirmou que a maior parte dos ajustes que o governo encaminhará ao Congresso será por medidas provisórias. Maia havia cobrado o envio por projetos de lei.

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Temer agradece a médicos – Segundo a agência Reuters, Michel Temer agradeceu ontem aos médicos que o atenderam no Hospital do Exército, em Brasília, depois de sofrer uma obstrução urológica na véspera, e disse que voltou ao Planalto para trabalhar apesar de ter recebido recomendação para desacelerar.

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Pauta econômica tem prioridade – O presidente do Senado, Eunício Oliveira, diz que a Casa tem obrigação de ajudar o Brasil e seu desenvolvimento nas áreas econômica e social, independentemente do presidente que esteja governando. Para o senador, pauta econômica com foco na geração de emprego e renda deve ser prioridade.

Conversando

Jackson no Acre – O governador Jackson Barreto (PMDB) está no Acre onde se reúne com colegas de todo o País para discutir a questão de segurança nas fronteiras.

Temer não vai – O presidente da República, Michel Temer, participaria da reunião, mas, por recomendação, permanece de repouso.

Armas e drogas – O encontro dos governadores é para alertar sobre a violência em todo País e exigir maior segurança nas fronteiras por onde entram armas e drogas.

Jantar a Dória – Depois de receber o título de Cidadão Sergipano, o prefeito de São Paulo, João Dória, participou de jantar no apartamento do ex-senador Albano Franco.

Na base aliada – O deputado Gilmar Carvalho tende a disputar a reeleição por uma legenda que esteja inserida à base aliada do Governo.

Feijão com arroz – Mendonça Prado diz que candidatura do PPS não vai prometer nada novo. Salienta que é preciso fazer o “feijão com arroz”.

Antes da articulação – Jackson Barreto diz que é amigo do ex-presidente Lula muito antes da existência da tendência petista Articulação de Esquerda.

Sobre Belivaldo – Jackson Barreto destaca lealdade de Belivaldo Chagas e diz que não há um político que consiga falar mal do vice-governador.

Todos se parecem – Muito interessante a caravana de Lula por Minas. A impressão é que as pessoas presentes eram as mesmas que estavam no Nordeste.